Operação aérea 3 em 1 no canavial

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4 min readNov 12, 2020

Para otimizar o investimento em sensoriamento remoto, usinas devem incorporar uma nova estratégia de uso das aeronaves nas suas operações agrícolas

Para quem faz, há décadas, as contas de custos de produção, o sensoriamento remoto do canavial muitas vezes parece apenas uma despesa a mais. Sem uma estratégia adequada, que vislumbre as economias possíveis graças a um melhor conhecimento do que acontece em cada talhão, cada vez que um drone sobrevoa a plantação pode-se ter a impressão de que o dinheiro da usina é quem está batendo asas. Olhando com atenção, no entanto, pode-se claramente perceber os ganhos possíveis com o investimento em sistemas de monitoramento e processamento das informações capturadas com eles. Problemas recorrentes, como falha de plantio, perdas em função de infestações com daninhas ou pisoteio de plantas pelas colhedoras, podem ser eficientemente controlados graças a novas soluções tecnológicas, gerando redução de custos e ganhos de produtividade que compensam cada centavo aplicado neles.

Um exemplo claro acontece justamente nos voos de drones. Sobrevoar uma grande área plantada demanda investimento. O investimento pode variar entre R$ 5 e R$ 30 reais por hectare (dependendo da quantidade de produtos usados no sensoriamento) e, para a realização de várias operações de sensoriamento, para se obter diferentes informações, muitas vezes talhões são monitorados mais de uma vez por safra.

“Uma forma de otimizar esse investimento é adotar uma estratégia 3 em 1 na análise dos canaviais”, afirma Leandro Pessente, líder comercial no Brasil da agtech suíça Gamaya, especializada em soluções de agricultura digital com base em sensoriamento remoto. “Isso significa utilizar um único voo, no momento certo, para colher os dados necessários para se obter diagnósticos e tomar decisões em ações que vão do replantio de áreas ao planejamento das colheitas, passando pelo manejo de pragas durante todo o ciclo de desenvolvimento da cana”.

Com a orientação de uma equipe técnica formada por engenheiros especializados e com capacidade de análise das informações, as usinas podem, assim, incluir o sensoriamento remoto como um processo novo e relevante, integrado às várias atividades de sua área operacional agrícola. Assim, um dos pontos fundamentais da estratégia 3 em 1 é realizar os voos sobre 100% dos canaviais, cobrindo totalmente os talhões de cada propriedade. Com isso, o gestor poderá ter uma visão ampla do estado do canavial e planejar as ações pontuais com mais assertividade.

Além disso, a estratégia só terá efetividade se a operação de sobrevoo ocorrer no momento certo. Ela deve ocorrer entre 65 e 110 dias após o plantio, pois é a fase em que são permitidas melhores observações de diferentes fatores relevantes para a gestão agrícola.

Com as plantas ainda na fase inicial de desenvolvimento, drones voando com as especificações corretas podem auxiliar na correção de problemas que vão ser relevantes para todo o restante do ciclo da cultura. Nesse período, sistemas de análise de imagens como os das soluções CANEFIT, da Gamaya, são capazes de identificar e mensurar com precisão as falhas ocorridas no plantio, indicando a viabilidade da realização de uma operação de replantio ou então a economia de insumos no manejo nas áreas em que a cana não brotou.

Todas as informações coletadas podem ser acessadas remotamente e com uso de aparelhos móveis — smartphones, tablets e notebooks. Estudos apontam que, em mil hectares plantados, 6% de falhas representam perdas de R$ 2 milhões ao longo de cinco anos do ciclo produtivo da cana. Uma vez realizado um replantio, cada real investido pode trazer retorno de mais três vezes com produtividade.

O estágio inicial é o momento ideal também para que as imagens captadas sejam utilizadas para a verificação das linhas reais de plantio, que servirão para a elaboração de mapas precisos para serem utilizados na colheita mecanizada. Quando essa operação é feita tendo como base as linhas de projeto de plantio, e não as linhas reais, há maior incidência de pisoteio de plantas pelas máquinas — e isso se reflete em perdas nos ciclos seguintes, podendo trazer prejuízos de produtividade superiores a 10% por anos seguintes. Com a reconstituição das linhas de colheita de precisão, o piloto automático das colhedoras minimizará essas perdas, trazendo mais acurácia à operação.

Imagens capturadas no mesmo voo também servirão, com o uso de soluções digitais baseadas em inteligência artificial, para a detecção de plantas daninhas. Com isso, as operações de pulverização também podem ser planejadas de modo mais eficiente, promovendo racionalização no uso de defensivos, que representam um dos maiores custos para os produtores no manejo agrícola. O uso de sistemas de detecção automática de daninhas, como os das soluções CANEFIT, permitem reduzir em mais de 35% o consumo de agroquímicos.

Os voos devem seguir as devidas especificações para cumprir os objetivos desejados. “É importante que eles decolem orientados a buscar imagens nítidas e sigam padrões rígidos de voo, propícios à elaboração de shapes das fazendas com precisão”, afirma Pessente. “Executando a estratégia 3 em 1, verifica-se que o custo dos voos e do processamento das imagens é, na verdade, muito baixo se comparado aos ganhos de produção e à redução das perdas obtidos com ela”, conclui.

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Para saber mais sobre as soluções GAMAYA para sensoriamento remoto com o uso de drones, entre contanto conosco através do email brasil@gamaya.com.

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