Uma breve jornada de dados — Level 0

Teo Calvo
Gamers Club - Escuro Baixo (de 🏡)
3 min readAug 19, 2022

Lia sempre teve interesse por vídeo games, aquele estilo de adolescente que matava aula para ir na Lan House jogar Counter Strike 1.6 e War Craft III com seus colegas. Embora não tivesse muito claro se um dia conseguiria fazer disso seu trabalho, sempre estava atenta a vagas que envolviam jogos. Tinha o hábito de entrar nas páginas vagas de emprego das empresas de games como Valve e Blizzard para entender quais requisitos eram necessários, até mesmo leu algumas vezes o Handbook da Valve.

Durante sua formação acadêmica, buscou desenvolver habilidades que tais vagas pediam, como programação e consultas em bancos de dados relacionais. Com isso, manteve foco em terminar a graduação e poder se lançar ao mercado de trabalho para ganhar seus anos de experiência, ainda que não seja na área de jogos eletrônicos.

Durante seus primeiros anos no mercado de trabalho pôde aprender como as empresas funcionam, os diferentes departamentos e áreas. Claro, absorveu muita coisa sobre tecnologia, embora seu papel fosse mais na área analítica. Ela é muito curiosa e gosta de entender como as coisas funcionam, mesmo que não tenha um impacto direto no seu dia a dia. Essas atitudes permitiram que ela se tornasse uma Cientista de Dados com diferentes habilidades técnicas, sabendo navegar em diferentes contextos.

Em determinado momento, Lia não se enxergava mais atuando em grandes empresas. Estava cansada das burocracias e falta de agilidade, bem como, constantes disputas por poder entre seus pares. Sabia que aquilo não era seu espaço. Tinha anseio em aplicar seus conhecimentos em algo que tivesse mais a ver com seus valores e sonhos.

Nesta mesma época, a Gamers Club(GC) estava buscando uma pessoa para assumir a área de Dados. Como se fosse uma coincidência, Lia tinha os requisitos necessários para atuar nessa posição.

“Uma vaga em uma empresa de games? Na área de dados? Em uma posição de liderança? Com trabalho remoto? Não poderia ser melhor!”- Pensou!

Resolveu participar do processo seletivo, passando por duas entrevistas (uma com o time de People e outra com o gestor na vaga). O grande desafio era o case, basicamente responder duas perguntas:

  • Qual seria a sua estratégia para trabalhar com os dados da GC no curto, médio e longo prazo? (considerando inúmeros microsserviços de aplicações)
  • Qual seria o time necessário para encarar esse desafio?

Lia definitivamente não era Engenheira de Dados. Mas se preparou estudando o que podia, montando o material para apresentação. Mesmo sem conhecer todos os serviços de backend da GC, desenhou uma arquitetura que poderia ser integrada com diferentes tecnologias de banco de dados, criando um ambiente analítico.

Sua estratégia ao construir suas ideias (slide a slide) foi focar naquilo que domina e deixar claro quais pontos ainda precisariam ser estudados e aperfeiçoados. Sugeriu o que deveria ser feito nos primeiros seis meses, como também nos meses subsequentes do primeiro ano. Isso deu visibilidade para os avaliadores a partir de qual momento começariam a extrair valor para negócio. Deixou bem claro quais possibilidades a mais que a plataforma de dados poderia fornecer, como uma visão mais completa das atividades dos jogadores da GC.

A imagem abaixo é um dos slides de sua apresentação do case.

Embora a proposta de construção da plataforma utilizasse Azure, a GC tem sua infraestrutura na AWS. Assim, haveria necessidade de encontrar os serviços correspondentes do outro cloud provider. Os avaliadores entenderam o racional de Lia e se atentaram à sua linha de raciocínio, assim, acabou conseguindo o trabalho! Lia se torna Head of Data na GC.

Vamos acompanhar a jornada de Lia dentro da GC nos próximos capítulos…

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