Notícias sobre os escritores

Algumas notícias sobre escritores e suas obras, é uma breve seleção.

"San Zinum"
GAZETA ESCRITORES
8 min readJun 27, 2019

--

Photo by Anastasia Dulgier

José Saramago

Gari veste farda para defender TCC sobre ‘invisibilidade’

Intitulado “Trabalho, desigualdade social na contemporaneidade: reflexões sobre a invisibilidade dos agentes de limpeza pública (garis)”, o TCC de Ednilson Pontes começou a ser pensado a partir do contato que ele teve com a tese do psicólogo Fernando Braga Costa, que desenvolveu um estudo de psicologia social com garis. Orgulhoso do trabalho com 48 laudas, ele afirma ter levantado uma discussão importante nos contextos social e educacional. “Tudo o que eu lia naquela tese, que depois foi transformada em livro, era como se ele estivesse falando para mim. O autor falava do constrangimento que os garis passam, da invisibilidade social e é tudo isso que nós sofremos. É como se houvesse uma cegueira social impedindo que as pessoas nos enxerguem”, disse.

Por apontar o termo “cegueira social”, um dos autores utilizados pelo estudante foi o português José Saramago, autor do livro conhecido em todo mundo, “Ensaio sobre a Cegueira”. Além dele, foram usados como referenciais de pesquisa historiadores como Ricardo Antunes e Janaína Amado, que pesquisam sobre trabalho, classe operária, sindicalismo, conflitos sociais, entre outros. “A área de concentração nos deu oportunidade de abordar esses temas que são importantes para entendermos que cenário social é esse que vivemos. Na pesquisa que desenvolvemos está, além do estudante, um gari falando do que os garis sofrem diariamente”, destacou.

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/gari-veste-farda-para-defender-tcc-sobre-invisibilidade/

— — -

Jorge Amado

Jorge Amado e Marighella são temas de encontro na Capital

Joselia Aguiar e Mário Magalhães têm encontro marcado em São Paulo, sábado, na biblioteca do Sesc Avenida Paulista (Av.Paulista, 119), a partir das 15h. Os escritores aproveitam para debater com o público sobre as biografias que lançaram.

Ela assina a que leva o nome de um dos maiores escritores brasileiros, o baiano Jorge Amado (1912–2001), responsável por obras como Capitães de Areia. Já Mário é o responsável por colocar nas prateleiras Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo, que conta a história de Carlos Marighella (1911–1969), político e um dos principais nomes da luta armada contra a ditadura militar.”

— — — — — — — — — — — — — — — — —

Stephen King

Filho dele vai escrever gibis de terror.

Joe Hill, filho de Stephen King, é mais conhecido pelos seus livros, como NOS4A2, que recentemente ganhou uma série de TV, mas ele também fez seu nome nos quadrinhos e agora vai escrever uma nova obra para a DC.e

De acordo com a EW, Hill voltará para as HQs supervisionando um novo selo de terror de quadrinhos na DC, intitulada Hill House Comics, que funciona sob o selo mais geral Black Label.Steph”

https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/quadrinhos/2019/06/filho-de-stephen-king-vai-escrever-hqs-de-terror-para-a-dc

— — —

Como Stephen King foi convencido a apoiar sequência de O Iluminado… –

“Stephen King não é um fã de O Iluminado. Dirigido por Stanley Kubrick, o clássico de 1980 adapta os acontecimentos sobrenaturais narrados do romance homônimo de King com um viés mais dúbio, psicológico e secular que, para o escritor norte-americano, traíram sua visão. Em resposta, o autor não só escreveu e produziu uma minissérie de TV (fraquíssima), como também lançou uma sequência para o livro original em que ativamente refuta todas as mudanças levadas às telas de cinema: Doutor Sono. “Eu sempre pensei que a maior diferença entre a minha perspectiva e a de Kubrick era essa: no meu romance, a história termina em fogo, e no filme dele, em gelo”, critica King no documentário A Nigh..”. — Veja mais em https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2019/06/26/como-stephen-king-foi-convencido-a-apoiar-sequencia-de-o-iluminado.htm?cmpid=copiaecolang

— — — — — — — — — — — — —

Ken Follet

Escritores britânicos promovem digressão europeia contra o ‘Brexit’

“Os escritores britânicos Ken Follett, Lee Child, Jojo Moyes e Kate Mosse iniciam em novembro uma digressão europeia para expressarem “preocupação” face aos acontecimentos políticos no Reino Unido e a sua rejeição ao “Brexit”

Os quatro autores, que vão passar por Madrid, Milão, Berlim e Paris, revelaram na terça-feira os seus planos em Londres à imprensa estrangeira e expressaram desconforto com o “atual debate político” e com a saída do país da União Europeia, com a qual não concordam.

“Fazemos isso porque estamos preocupados, sentimo-nos envergonhados, angustiados com os recentes acontecimentos políticos no nosso país nos últimos três anos”, disse Ken Follett, autor de “Os Pilares da Terra” e cujos livros foram traduzidos em mais de 37 idiomas.

Follet acrescentou que, com o “Brexit”, o Reino Unido tem dado a “impressão” a outros países do continente europeu de que os britânicos “não gostam dos outros europeus e de que não querem fazer parte da Europa”, um facto que embaraça os autores por várias razões, sublinhou.

“Primeiro, porque somos parte, herdeiros de uma tremendamente rica tradição da literatura europeia”, disse Follet, citando como exemplo desses tesouros a peça “Don Quixote”, do espanhol Miguel de Cervantes, assim como o italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa ou o francês Victor Hugo.”

— — —

Photo by Simson Petrol

Fernando Pessoa

VINICIUS CASTRO DÁ MÚSICA À PROSA DE FERNANDO PESSOA

No Brasil começou por musicar o poema “A Criança que ri na Rua” de Fernando Pessoa para um EP de Taiana Machado (2010) e, ainda no país irmão, mas já em 2012, transformou o “Soneto XXV” de Pablo Neruda em música. Levado pela vida até Nova Iorque, em 2017 levou a poesia de Patrick Philips até às alcovas de Broken Machine Project e, agora sediado em Lisboa, propõe-se fazer o mesmo com a prosa de Pessoa através do projecto “Estúdio Quintinha Apresenta”.

Surgido de um convite do curador Carlos Pitella (Brown University, Dept. of Portuguese & Brazilian Studies), “Estúdio Quintinha Apresenta” convidará, mensalmente, um(a) diferente cantor(a) para interpretar poemas/textos musicados por Vinicius Castro no seu estúdio/apartamento de Campolide. As três primeiras sessões deste novo projecto do compositor brasileiro são, como referimos anteriormente, dedicadas à prosa de Fernando Pessoa e terão um como foco principal trechos do “Teatro Estático” e do “Livro do Desassossego”.

O primeiro convidado desta série é Bruno Xavier, actor e cantor actualmente em cartaz no Teatro Politeama no musical “Severa” de La Féria, que interpreta o tema “Penso, às vezes”, canção feita a partir do texto do “Livro do Desassossego” e que soa assim:

— — — — — — — — — — — — — — — — — —

João Guimarães Rosa

“Matraga não é Matraga, não é nada. Matraga é Esteves, Augusto Esteves, filho do Coronel Afonsão Esteves, das Pindaíbas e do Saco-da-Embira (…)”. Assim começa “A hora e vez de Augusto Matraga”, um dos melhores contos da literatura brasileira, escrito pelo médico de formação e diplomata por opção João Guimarães Rosa (1908/1967). A história é a última de “Sagarana”, volume publicado em 1946, que reúne nove contos longos e livro de estreia do prosador mineiro. Conta a trajetória de Nhô Augusto, coronel violento e arruinado, sujeito intempestivo que, num instante, vê sua vida desmoronar: abandonado pela mulher e filha; espancado por seus ex-capangas a quem devia salários; a mando de um rival marcado com ferro em brasa como gado; lançado num precipício, Augusto é dado por morto. Mas milagrosamente sobrevive e, cuidado por um casal de velhos pobres e caridosos, tem nova chance. Muda de cidade, de região e, principalmente, modifica sua maneira de viver. De prepotente, arruaceiro e irresponsável, passa a ajudar a todos, sempre prestativo e solícito. Encontra por duas vezes Joãozinho Bem Bem, chefe cruel de um temido bando de cangaceiros, e os dois criam amizade aparentemente sólida e duradoura. No último desses encontros, aparece para Matraga a oportunidade de evitar uma terrível injustiça e o agora convertido Augusto assume o papel de anjo salvador. O conto ganhou adaptações para o cinema e para o teatro. Na telona, a versão, de 1965, foi dirigida por Roberto Santos, coautor do roteiro ao lado de Gianfrancesco Guarnieri, e estrelada por Leonardo Villar. No teatro, a montagem, de 1986, contou com duas lendas da dramaturgia brasileira: o diretor Antunes Filho (morto em maio último, aos 89anos) convidou o ator Raul Cortez (1932/2006) para viver o herói.

No texto original, a história é narrada na prosa recheada de regionalismos, neologismos e invenções linguísticas de toda ordem, bem ao sabor de Guimarães Rosa. Por seu enredo dinâmico e pelo carismático protagonista, o conto serve também como bom começo para quem quiser se aventurar pelo universo desse escritor tão talentoso e citado quanto desconhecido por tantos que o consideram “ilegível”. Nada mais falso. Rosa é um dos maiores prosadores da língua portuguesa, um talento singular que merece ser lido e relido. Fica a sugestão para descobri-lo ou retomá-lo pelo seu Augusto Matraga.

FERNANDO PELLEGRINI BANDINI é professor de Literatura no Ensino Médio

— — — — — — — — — — — — — — -

Jorge Luis Borges

CCBB traz ‘O Imortal’, monólogo baseado em Jorge Luis Borges

— — — —

Clarice Lispector

“Feira Literária de Bonito terá Negra Li e homenagem às mulheres

Evento acontece entre os dias 3 e 6 de julho com tema “Literatura: Substantiva e Feminina.

Mulheres protagonizam Feira Literária de Bonito 2019. Na 5ª edição, a Flib será realizada de 3 a 6 de julho, na Praça da Liberdade, com o tema “Literatura: Substantiva e Feminina” que vai contemplar a literatura feita por mulheres. Em nível nacional, a escritoras Cinthia Moscovich, Cidinha da Silva e Eliane Potiguara fazem parte da programação e a cantora Negra Li solta a voz, no dia 6 de julho.

O tema escolhido tem a proposta de dar voz e verbo a uma produção intensa e, ainda, pouco conhecida. “Com a exceção de grandes nomes como Cecília Meireles, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Teles, Carolina de Jesus e Cora Coralina, poucas são as autoras acolhidas pelo grande público”, diz a professora Maria Adélia Menegazzo.

O projeto pretende reunir nos três dias — 3 a 6 de julho — de evento cultural 6 mil pessoas entre estudantes, professores, público em geral. A programação será das 9h às 22h. A entrada é gratuita.

Confira a programação completa clicando aqui.”

Ei! Chegou até aqui ! Ajude a divulgar (e responder) a pesquisa:

OBRIGADO

--

--

"San Zinum"
GAZETA ESCRITORES

https://tinyurl.com/yb44oc27 Pequenos contos. Autor do livro "Solo Raso", em breve lançarei um satélite com textos de autores independentes.