Planejamento estratégico: como a definição e acompanhamento de metas direcionam o sucesso das entregas de times técnicos

Juliana Stein
gb.tech
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3 min readJan 25, 2024

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Blocos de madeira com desenhos (lâmpada de ideia, lupa de pesquisa, gráfico de tendência, grupo de três pessoas, dardo no alvo e bandeira no topo da montanha) empilhados sobre papéis com gráficos coloridos e imagem de um notebook com a tela aberta ao fundo. Foto de Khaosai Wongnatthakan em iStock.

Quando mergulhamos no mundo da tecnologia, os horizontes se expandem exponencialmente e novidades, muitas delas disruptivas, não param de surgir a todo o momento.

Contudo, diante desse cenário de infinitas possibilidades e na tentativa de acompanhar a velocidade desses movimentos, há grandes chances dos mais diversos times serem consumidos por atividades rotineiras e a entrega das iniciativas estratégicas previstas para o ano, por vezes, acabam não se concretizando.

Por este motivo, no Grupo Boticário, temos dado papel de destaque em nossas agendas ao planejamento estratégico e acompanhamento de metas — mesmo em áreas muito técnicas — pois são bases primordiais para o sucesso das entregas.

Este processo tem evoluído progressivamente ano após ano, através da adoção do planejamento estratégico como importante pilar na agenda, garantindo mais alinhamento e participação dos times. Abaixo, segue um destaque das principais ações que temos explorado:

Definição de indicadores de desempenho: é de suma importância a construção, entre líder e liderados, de iniciativas realistas — porém desafiadoras — que serão executadas ao longo do ano. Esse trabalho em conjunto traz senso de pertencimento e visibilidade para onde as energias de cada área precisam ser direcionadas;

Formalização do método: é um passo importante, estabelecer e acordar as regras para acompanhamento e organização do processo, por exemplo, qual o papel da liderança e de cada membro da equipe, metodologia para a coleta e análise de dados, frequência de revisão e acompanhamento, relatórios, entre outros;

Agenda específica com toda a liderança: os gestores apresentam as metas propostas de seus respectivos times para o próximo ano, assim, todos os líderes tem visibilidade do que está sendo almejado e priorizado na estratégia da área. Este momento é crucial para o alinhamento e união de esforços, pois há trocas de boas práticas, benchmarking interno, sugestões diversas e comprometimento dos times quanto a corresponsabilidade nas entregas estabelecidas;

Implementação de ferramenta para acompanhamento do progresso: a adoção de uma ferramenta que automatize o processo e seja de fácil acessibilidade e manuseio tende a proporcionar uma boa experiência aos usuários, aumentando inclusive o engajamento dos times na atualização da evolução das iniciativas, pois garante visibilidade e funcionalidades úteis, como por exemplo, “semáforo do status”, gráficos de desempenho, indicadores de tendência e sinalização de metas em risco de não execução;

Acompanhamento de metas: o processo de monitoramento das iniciativas é peça fundamental na execução do planejamento. É necessário rotina e cadência, pois isto possibilitará a identificação de bloqueios, atrasos e falhas na execução, propiciando tempo hábil para realizar ajustes e a chance de redirecionar os esforços para ações mais efetivas. Esta flexibilidade precisa existir, para que ajustes e mudanças de rota sejam realizadas em acordo com as demais lideranças, considerando novos cenários de priorização e desafios;

Revisões mensais: a frequência de atualização e revisão do progresso previamente acordado traz clara visibilidade e garante que todos estejam cientes de suas responsabilidades. No fim das contas, significa que estamos avaliando se o plano está sendo seguido, se há necessidade de ajustes e priorizações e quais conquistas já podem ser celebradas ao longo do ano para impulsionarmos os times a superar os desafios e adversidades.

E como conseguimos avaliar se o planejamento de fato funcionou?

É possível fazer isto através de um rito de apuração com o fechamento e avaliação dos resultados alcançados no ciclo. Este passo é de suma importância, pois através de estatísticas será possível avaliar o desempenho dos times, entender se o planejamento de recursos foi adequado (pessoas, tempo, orçamento, etc.), refletir se as metas foram bem ponderadas versus a demanda das atividades rotineiras, se estabelecemos iniciativas alcançáveis porém desafiadoras, se houve muitas mudanças de rotas e por qual motivo. Tudo isso servirá de insumos para aperfeiçoar a construção e o planejamento das metas do próximo ciclo, tendo em mente que a melhoria contínua faz parte de todo este processo.

Portanto, refletir, definir e planejar claramente nossas ambições é fundamental para o atingimento de resultados de qualquer time, por mais técnico que ele seja. Além disso, como grande aprendizado, entendemos que o planejamento estratégico e monitoramento de metas precisa contar primordialmente com o engajamento da liderança, garantindo que esta prática faça parte da rotina de cada área. Esse movimento traz um forte senso de pertencimento dos times, que juntos têm trabalhado cada vez mais direcionados na construção da tecnologia para o futuro da beleza.

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Juliana Stein
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