Programa Desenvolve e o início no mundo Tech

Vista de um par de programadores por um vidro com reflexos | Foto de charlesdeluvio na Unsplash

Sobre o programa desenvolve

Acreditamos que a TI é impulsionadora do desenvolvimento. Acreditamos que a inovação é a única saída em um mundo cuja constante é a mudança. Acreditamos que o futuro depende da inclusão. De todos. De todas. Por isso, o Grupo Boticário manifesta o compromisso com a redução da lacuna de gênero e de raça na área de tecnologia no Brasil, formando pessoas em situação de vulnerabilidade para a entrada em um mercado no qual a oferta de vagas é muito superior ao número de candidatos. Por isso, lançamos o Desenvolve, o nosso programa de formação e inclusão em tecnologia, que nasceu em 2021 e já se tornou uma das fortalezas do gb.tech!

Podemos fazer um comparativo da primeira edição do Desenvolve com a edição de 2022, e notar a proporção que vem tomando, saindo de 8.316 inscrições para 21.332 no ano seguinte, além de ampliar o público alvo com foco em uma maior diversidade dentro do mundo tech. Fora isso, a ampliação das trilhas de formação e do número de vagas também mostra a força que o programa vem ganhando.

Imagem com os dados obtidos da edição do Programa Desenvolve edição 2021

Imagem com os dados obtidos da edição do Programa Desenvolve edição 2022

“Acreditamos que o programa Desenvolve pode ser um dos maiores veículos de fechamento do gap de profissionais em tecnologia do Brasil.”

-Programa Desenvolve, Grupo Boticário.

Agora que você já conhece um pouquinho do programa…

Iniciaremos uma série de artigos sobre a experiência dos desenvolvedores que iniciaram na carreira através do Desenvolve.

Quem sou eu

Sou Letícia de Andrade e fui uma das selecionadas para integrar a primeira edição do Desenvolve em 2021. Mas antes de começar a contar como estou, quero dar uma introdução de onde estava…

Nascida no Mato Grosso, morei em alguns estados como Rio Grande do Norte e Bahia, onde me formei em Ciências Contábeis em 2017. Logo após concluir o curso, me deparei com uma grande dificuldade em conseguir emprego na área, então optei por tentar outro caminho e me mudei para o sítio dos meus pais. Lá ainda não tínhamos nada, então começamos a criar tudo do zero, desde o galinheiro, plantações, chiqueiro e tanque de peixes.

Imagem pescando em um tanque de peixe no sítio em Tapiraí-SP

Apesar de estar em um ambiente bem isolado, sem sinal de telefone e com dificuldade para ter acesso a internet, foi nesse ambiente que me apaixonei por programação. Em uma das visitas do meu irmão ele deixou um arquivo que continha, além de filmes, Python e um PDF ensinando a fazer uma calculadora.

Esse momento abriu uma nova porta pra mim, e descobri o começo de uma nova paixão. Não perdi tempo e mandei mensagem para alguns amigos que atuavam na área, e eles me deram diversas dicas do que estudar.

Algumas dicas para você…

Como o começo de qualquer nova experiência pode ser confuso, separei algumas dicas que funcionaram muito bem para mim:

— É difícil decidir o que estudar sem saber exatamente como as coisas funcionam, então dê uma olhada em vídeos sobre FullStack, Backend e Frontend. Veja na prática um pouco sobre frontend e backend e veja com qual você se identificou mais para começar a estudar. Frontend brilhou para mim, foi amor a primeira vista!

— Comece um curso e termine esse curso!!

— Depois de assistir o curso inteiro e finalizá-lo, veja os temas que anotou para entender melhor. Caso seja necessário, revisite o curso agora que entende melhor sobre o que teve dúvida durante a aula.

— Caso não tenha amigos desenvolvedores, pesquise no LinkedIn por pessoas da área e peça dicas e mais informações. Vai te surpreender a quantidade de devs que dão dicas maravilhosas para o começo da sua carreira.

Foi através dessas dicas e pesquisas que descobri os cursos que davam bolsas de estudos. Aproveitei ao máximo as propagandas das minhas redes sociais, para que as minhas pesquisas, sempre no tema “Mulheres na programação, bolsas para frontend”, ficassem totalmente voltadas para o que eu estava procurando. Então utilizei esse benefício das redes sociais para consumir tudo de programação, até os memes eram sobre isso!

Depois que descobri que havia vários caminhos para alcançar meu objetivo, pesquisei por bolsas de estudos para mulheres na programação, e o Desenvolve, do Grupo Boticário, apareceu para mim. Pesquisei mais sobre as opções e decidi arriscar e tentar uma das vagas na Kenzie Academy Brasil, uma das escolas da primeira edição do programa.

Fui avaliada com um desafio de raciocínio lógico e uma entrevista com um representante da Kenzie. O resultado veio apenas alguns dias depois, dizendo que fui uma das escolhidas para estudar na escola de programação em ritmo de aprendizado intensificado. Foi uma sensação incrível de realização que me deu um gás imenso para focar nos estudos.

Nesse período, eu não tinha uma jornada de trabalho em paralelo, então consegui me dedicar exclusivamente aos estudos das 9 horas às 20 horas. Após os estudos eu concluía meu dia com a produção de pizzas e geleias artesanais no sítio.

Alguns facilitadores para mim nesse processo foram entender sobre o SCRUM, pedir ajuda quando estivesse presa em um problema há mais de 2 horas e reler meu código em voz alta (teoria do Rubber Duck Debugging). Além disso, praticava raciocínio lógico em plataformas como o codewars e exercícios de repetição, como, por exemplo, criar várias funções de “Adição, subtração, multiplicação..” sem copiar e colar, sempre reescrevendo toda a estrutura. Isso fez com que eu desse um salto no aprendizado.

Logo após aprender os conceitos básicos, comecei a colocar tudo em prática através dos projetos desenvolvidos pela própria Kenzie, que poderiam ser utilizados no portfólio com javascript puro, usando métodos nativos para, depois de criar maturidade com a base, iniciarmos a utilização de libs (bibliotecas) e aplicações com React.

Imagem que registra o momento em que recebi o Reconhecimento pela essência Brilho no Olho.

Hoje sou desenvolvedora Júnior no Grupo Boticário, faço parte do time Loja Digital, e apesar de ter entrado no mundo tech em 2021, além dos conhecimentos aqui já abordados, tenho conhecimento técnico (hard skills) em React, Redux Toolkit, Cypress, Typescript, Styled-Components, WebSocket, consumo de diversas libs. Isso porque o aprendizado não para no programa Desenvolve, vai muito além. Entrar no Grupo Boticário foi uma consequência e uma continuação de todo esse estudo e aprendizado constante.

Se você gostou desse texto e tem interesse em conhecer mais histórias de pessoas do programa Desenvolve, fique de olho em nosso Medium e acompanhe as próximas publicações! Não se esqueça, claro, de acompanhar o site do programa Desenvolve para a abertura de novas inscrições.