Diante de um problema você se torna vítima ou protagonista?
O objetivo deste artigo é provocar a reflexão de qual comportamento você está assumindo diante de uma situação ou problema.
Crenças, culturas e convivências nos moldam e nos conduzem muitas vezes para caminhos indesejados. É o que acontece na maioria das vezes ao depararmos com um problema, pois acabamos assumindo o papel de vítima sem percebermos.
Antes de tudo, vamos nos aprofundar um pouco mais sobre o contexto…
Diante dos desafios e problemas que a vida nos apresenta, como seres humanos temos duas opções, nos tornar vítima ou protagonista do fato ocorrido.
Vítima: Se coloca no banco do passageiro, evita a culpa e geralmente alega inocência. Acredita fielmente que não tem nada a ver com o problema, não reconhecendo que contribuiu para a criação dele ou que pode ajudar na resolução.
Protagonista: Quer assumir sua parcela de responsabilidade, pois isso o coloca no banco do motorista. Sua autoestima é fundada em dar o seu melhor, expressar o seus valores e aprender a ser cada vez mais capaz. Geralmente quer ser parte da solução e para isso precisa se ver e compreender que faz parte do problema, como um todo.
Ainda como crianças expressamos o nosso lado de vítima sem percebermos, para exemplificar isso podemos analisar a situação de um brinquedo quebrado, diante da situação a criança geralmente comenta que o brinquedo quebrou, mas dificilmente comenta que foi ela quem quebrou o brinquedo, ou seja não assume o seu protagonismo na situação ocorrida.
Pequenas situações como as citadas acima moldam o nosso mindset para nos comportarmos como vitimas nas diversas situações do dia a dia, felizmente isso pode ser revertido por meio de um conjunto de ações e posicionamentos do nosso dia a dia.
De Vítima para Protagonista
Mudar de vítima para protagonista é algo possível e que exige exclusivamente de você! O que é um bom sinal, pois teoricamente tens total autonomia para que isso aconteça.
Um bom começo é mudar forma de explicar os eventos e situações que ocorrem no dia a dia, reconsiderando a sua forma de falar e pensar, veja alguns exemplo:
Ao invés de dizer: Me atrasei por causa do trânsito.
Diga: Eu não tinha me preparado para um trânsito tão ruim.
Ao invés de dizer: Me atrasei por conta da reunião anterior.
Diga: Eu fiquei até mais tarde na reunião anterior.
Ao invés de dizer: Eu não tenho tempo para estudar ou fazer um curso.
Diga: Eu não priorizei os estudos.
Ao invés de dizer: Eu não tenho tempo para cuidar de mim.
Diga: Eu não priorizei a minha saúde ou o meu bem estar.
E ainda, para cada situação abaixo temos a vítima dizendo que não está no comando, enquanto o protagonista diz: eu tomo a decisão.
Como encarar um problema com a perspectiva do protagonista?
Diante de um problema, abandone a narrativa de vítima e produza uma narrativa do protagonista, estimulando o seu mindset, fazendo as perguntas abaixo:
- Qual é o desafio que este problema está te proporcionando?
- Como você contribuiu (fazendo ou não fazendo algo) para criar essa situação?
- O que é realmente importante para você?
- O que você pode fazer para resolvê-lo?
- O que você pode apreender com essa experiência?
É muito fácil cairmos no papel de vítima em problemas do dia a dia. Porém na maioria deles, a única forma de soluciona-lo é encarando a situação e sendo o protagonista.
É muito comum e conveniente falar que um fator externo ou outra pessoa é a responsável pelo ocorrido, até mesmo porque, durante a nossa educação temos poucos momentos dos quais podemos nos analisar como pessoas e responsáveis pela nossas ações. Aprendemos sobre muita coisa durante o nosso período de educação: matemática, geografia, história, português, mas nada ou muito pouco sobre como nos conhecermos melhor como pessoas e sobre os comportamentos sociais, o que é uma pena!
Dica: Em vez de focar no evento ocorrido,” gerando desculpas”, assuma que não previu as possibilidades.
Assumir o protagonismo pode fazer toda a diferença, principalmente na forma de se expressar e encarar as coisas. Mas é um exercício diário, assim como todo aprendizado, no início é mais custoso e requer maior dedicação, mas com o tempo se incorpora no seu DNA, fazendo parte da sua rotina e forma de pensar.
Para finalizar uma frase do John Kennedy, que achei bem oportuna para esse artigo:
Referências:
- Livro: Liderança & Propósito de Fred Kofman