Alforria para a Princesa Leia
Disney está aposentando todo merchandising envolvendo a cena na qual Leia é escrava.
Ou pelo menos é o que afirmou o quadrinista da Marvel, J. Scott Campbell. O rumor surgiu após a Disney, distribuidora da franquia, vetar a fabricação de uma boneca que retratava a personagem em seu famoso biquíni dourado de escrava usado em “O Retorno do Jedi” (1983).
A roupa se tornou um ícone na cultura pop e um dos elementos mais emblemáticos da saga. Ele aparece só em duas cenas do sexto episódio, mas, como disse a revista americana Wired, “sem dúvida a imagem de Carrie Fisher em um traje de banho dourado ficou marcada no subconsciente suado de uma geração de garotos chegando na puberdade durante a primavera de 1983”.
A notícia do veto saiu pouco mais de uma semana após Carrie Fisher vir a público aconselhar a nova protagonista, Daisy Ridley, a não ceder a pressões e “continuar lutando contra a roupa de escrava”, claramente incomodada com a sexualização exagerada do figurino.
Campbell revelou alguns detalhes da mudança, em resposta à uma fã no Facebook:
“Daisy Ridley não terá que lutar contra nada. A Disney já está a caminho de limpar o figurino de escrava de todos os produtos futuros. Você NÃO vai mais ver nenhum dos próximos merchandisings com a roupa de escrava. Confie em mim.”
Além disso, ele ainda afirma que o veto se estende para outros setores da marca, afetando também as revistas em quadrinhos que se originaram do filme.
“Eu escutei de duas fontes. Nós na Marvel nem podemos mais desenhar a Leia em uma pose sexy, quem dirá no dito figurino! Também tivemos uma estátua 3D retirada de fabricação em uma grande manufatura, porque não haverá mais merchandising da LS (Leia Escrava).”
A notícia não agradou os fãs e causou um temor geral pelo futuro da distribuição de produtos clássicos, como pôsteres nos quais o, agora, infame biquíni aparece.
O motivo de tal mudança ainda não está claro. Há quem diga que seria a Disney tentando diminuir a hiperssexualização de uma linha de produtos que também seria voltada para crianças; outros acreditam que ela apenas quer desvencilhar seu nome de algo que remeta à escravidão. Até a publicação dessa postagem, nenhuma das empresas envolvidas havia se pronunciado oficialmente.
A sequência “O Despertar da Força” estreia no Brasil em dezembro e tem gerado muitas polêmicas nos últimos meses, sofrendo até mesmo uma ameaça de boicote que foi logo abafado por suas tendências machistas e racistas. O filme é estrelado por Daisy Ridley e John Boyega e ainda contará com participações de atores da trilogia clássica. Assista ao trailer:
