Precisamos falar sobre S.H.I.E.L.D.!

Gabriel Duarte
Geek Buster
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2 min readNov 9, 2015
A estreia foi recheada de cenas de ação ambiciosas.

Em 2015, Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. (ABC) chegou ao seu terceiro ano e, finalmente, parece ter achado seu caminho.

Mesmo que bem construída até então, a série parecia perdida entre o mundo das HQs e sua própria história, tendo dificuldade em se firmar como um produto da Marvel, apesar dos diversos paralelos traçados com os filmes. Seu maior atrativo aparentava ser, de fato, a boa química entre os personagens.

Foi só depois de uma segunda temporada reveladora e uma finale conturbada que os roteiristas enfim traçaram um objetivo claro para sua escrita, o que antes parecia não existir. S.H.I.E.L.D. retornou tão segura de si que já assumiu vários riscos, algo extremamente incomum durante seus outros dois anos de duração. Exemplo disso foi a introdução do primeiro personagem abertamente gay do Universo Cinemático da Marvel — fazendo história dentro da companhia — além da total quebra narrativa já no quinto episódio, sendo considerado por muitos um dos melhores da série.

O episódio “4,722 Hours” foi inovador e até rendeu o reconhecimento de “performer da semana” para Elizabeth Henstridge (Jemma Simmons) concedido pelo site TVLine, especializado em séries.

Não houve grande aumento na audiência, mas ela segue constante desde a estreia. Essa maior segurança não parece ter passado despercebida aos olhos dos próprios produtores executivos que estão investindo mais nesse terceiro ano. Prova disso é a notável melhora nos efeitos especiais que estão chegando a um nível cinematográfico.

Não é claro o que atrapalhou o desenvolvimento até agora, mas uma parcela da culpa é da burocracia autoral da própria Marvel. A primeira temporada foi produzida de maneira apressada e com um acesso bem restrito ao uso dos personagens da marca, incluindo a protagonista Skye (Chloe Bennet), que não pôde ter sua história desenvolvida propriamente, nem usar sua identidade real — Daisy Johnson — até metade do segundo ano. Isso falhou em criar uma base sólida para o programa.

Apesar disso, uma coisa é certa: a corrida atrás do prejuízo parece estar gerando bons frutos e, ao que tudo indica, podemos esperar a presença da série na TV por mais alguns anos. Se você quiser acompanhar, as duas primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix, enquanto o canal Sony estreia essa nova temporada ainda nesse mês de novembro.

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Gabriel Duarte
Geek Buster

Estudante de jornalismo, entupido em café e provavelmente procrastinando