Defesa de dissertação é feita por integrante do GEPES/UPF

Bianca Possel
GEPES / UPF
Published in
4 min readAug 2, 2018

Na manhã do dia 1º de agosto de 2018, Alexandre Hahn, estudante do mestrado em Educação da Universidade de Passo Fundo e integrante do GEPES/UPF defendeu seu trabalho intitulado “A relevância da experiência e seu papel formativo: acontecimento, criatividade e continuidade interativa” (Ficou interessado? O resumo da dissertação está no final desse artigo).

Sua dissertação teve a orientação do Professor Doutor Altair Favero da Linha de Políticas Educacionais do PPPGedu. A banca avaliadora dessa manhã contou com a presença da Professora Doutora Elisete Medianeira Tomazetti (UFSM), Professora Doutora Carina Tonieto (UPF) e Professor Doutor Cláudio Almir Dalbosco.

Parabéns Alexandre Hahn pela bela apresentação e pela aprovação da banca!

Confira algumas fotos da apresentação:

RESUMO

Esta pesquisa problematiza o conceito de experiência a fim de mostrar a sua relevância para os processos escolares voltados à formação humana integral. Investigamos em que medida o conceito de experiência contribui para fomentar uma formação voltada à vida como acontecimento de sentido e de um viver autêntico. Entendendo que a abertura do sujeito à experiência é a melhor forma de aprender, procuramos responder: Em que consiste o papel formativo de uma experiência relevante no espaço escolar? A partir das obras e ideias de Jorge Larrosa (2016), Fayga Ostrower (2014) e John Dewey (1979), realizamos um trabalho de análise conceitual sobre as seguintes categorias: experiência, criatividade, interação e continuidade. A escolha por estas categorias se justifica pela relação direta com a realização e a existência humana. A palavra experiência se deve ao seu aspecto de ligação com o acontecimento humano, como se demonstrará não há melhor palavra para descrever o que é um acontecimento relevante na vida dos sujeitos. A experiência é entendida aqui como aquilo que nos acontece, que nos toca, que pode com um determinado impacto vivencial (positivo) criar e fomentar sentidos de aprendizado. Através da experiência discernimos sobre aquilo que pode trazer sentido à existência humana. Em relação a criatividade, sua escolha é dada pela possibilidade de uma orientação prática em um acontecimento. Tomando este conceito para além de suas compreensões corriqueiras, demonstraremos que o ato de criar não é uma atividade avançada do intelecto humano, mas algo próprio e possível a qualquer ser humano. A criatividade se refere ao mesmo tempo a uma característica e uma necessidade humana, a tomamos a partir disto como uma possibilidade de adaptação criteriosa ao viver. Sobre as categorias continuidade e interação, se demonstra (com John Dewey) que existe uma imprescindível necessidade de que ambas participem de uma experiência, a fim de que o aprendizado conseguido em um acontecimento relevante gere crescimento intelectual e permita que as próximas experiências extraiam o máximo do seu potencial. No desenvolver da dissertação, respectivamente, nos dois primeiros capítulos, fazemos uma análise concisa e profunda do termo experiência a partir de ensaios de Larrosa (2016) e do termo criatividade a partir de Ostrower (2014). No último capítulo, realizamos uma espécie de encontro conceitual entre as perspectivas teóricas de Dewey (1979) e os autores anteriormente trabalhados. Demonstramos que os autores se somam de maneira razóavel, propiciando um entendimento mais claro sobre a orientação na experiência. Destacamos que a ação na experiência nunca seria de fato orientada se não houver pensamento reflexivo sobre a ação. Conclui-se que através do cultivo de experiências formativas no espaço escolar, o sujeito pode entender e transformar a própria vida de maneira mais profunda que outras ações formativas. Um aprendizado de uma relevância impagável. Mas, para tanto, precisamos interrogar quais são os percalços que impedem a experiência de acontecer no chão da escola. A metodologia que orienta a pesquisa é de caráter bibliográfico e guia-se por procedimentos investigativos comuns a hermenêutica filosófica.

Palavras-chave: Experiência. Criatividade. Continuidade. Interação. Formação.

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Bianca Possel
GEPES / UPF

Mestranda em Educação pela Universidade de Passo Fundo, graduada em Filosofia e colaboradora do GEPES-UPF