Pesquisador do GEPES/UPF participa de diálogo sobre educação e sustentabilidade planetária
A Escola Presidente Getúlio Dornelles Vargas, da rede municipal de ensino de Carazinho, recebeu o mestrando em Educação e integrante do GEPES/UPF, Junior Centenaro, para um debate com os educadores, sobre a relação entre educação básica e sustentabilidade planetária. A atividade integra a proposta temática da Secretaria Municipal de Educação do município que tem a “sustentabilidade” como um dos eixos para a formação dos professores durante o ano letivo de 2018.
A atividade teve como base o vídeo A história das coisas, de Annie Leonard, que mostra a lógica perversa do consumismo e a insustentabilidade do sistema atual de extração, produção, distribuição, consumo e tratamento do lixo. O vídeo demonstra que o sistema está em crise, porque é linear, e não é possível gerir um sistema linear num planeta com recursos finitos. Discutiu-se que a educação formal é um espaço primordial para discutir e colocar em questão a ideia de progresso ilimitado, que tem levado os ecossistemas a danos irreparáveis.
Nesse sentido, os educadores puderam expressar seus entendimentos prévios com relação a alguns conceitos básicos utilizados corriqueiramente, como “meio ambiente”, “natureza”, “ecologia”. A partir de algumas contribuições do pensamento de Fritjof Capra e Leonardo Boff, buscou-se aprofundar esses conceitos, seus alcances e limites. Ter uma boa compreensão das terminologias ligadas a questão ambiental é de suma importância, para que os educadores possam oferecer aos educandos um olhar complexo e profundo da crise ecológica.
Ao abordar a questão do lixo, foram analisadas algumas citações de Bauman, da obra Vidas Desperdiçadas, em que o sociólogo discute as várias dimensões inerentes a produção excessiva de lixo, que é uma característica da sociedade de consumo. Diante de um cenário ambiental bastante preocupante o debate foi encerrado com uma reflexão sobre a necessidade de esperançar, que significa uma esperança propositiva e construtiva de um futuro sustentável, contra uma tendência do esperar, que gera imobilidade e passividade diante da crise ambiental
