Quando meu primeiro namoro acabou, eu desenhei um quadrinho
Texto e Arte: Marcos Candido
A pele especialmente pálida condescendia com a péssima estima pessoal. Media por volta de 1,75, não muito mais alta que eu. Os cabelos eram negros e corridos; mais tarde tornou-se mais curto, com mechas louras. Tinha uma voz tremula que tornava-se grave para ficar “fofinho”, como dizíamos, ou quando sentia-se insegura, triste.
Namoramos durante um ano. Éramos bens jovens, isso é verdade. Sempre fui péssimo desenhista, mas quando até o ar parecia rarefeito, tomei umas canetas e umas noites insones para desenhar o quadrinho abaixo. É pedante, mas até que bonitinho. Chama-se “Fevereiro”, feito em 2013.
PARTE II
Era bem ruim, eu esqueci de dizer.