Soneto da Aurora
Published in
Aug 25, 2022
Não queria eu ter machucado quem a tanto machuquei.
Queria eu sentir os prantos que em teu coração deixei.
Quero eu acalentar os medos de seu apego.
Poder derreter os invernos perseverantes em seu peito.
Mas não pense que sorrindo eu fico por aí.
Como um pássaro em avante no horizonte sem fim.
Saiu cantarolando as minhas melancolias.
E é em março que inicio a minha sinfonia.
Do harmonioso poema que te componho agora.
Para talvez nos libertar ao renascer da aurora.
Deste nosso intenso amor já vivido.
E não se esqueça das estações da vida pois
Em algum verão há de surgir uma nova poesia.
Descrevendo a ressurreição que nosso amor terá um dia.