Como a Jornada de um Líder ajudou a despertar a minha habilidade de liderança
Criar algo é muito difícil, mas criar algo fora da sua zona de conforto é muito mais.
Porém, quando você começa e vê o projeto tomando forma, ah! É libertador.
Eu, financeiro de uma agência de marketing digital, recebi o desafio de criar um projeto do zero, para ser implementado internamente. O projeto era desafiador e completamente fora do que eu julgava estar ao meu alcance. Eu estudei, e estudei muito para fazer ele sair do papel. E no fim — ou talvez começo de tudo — ele saiu, e eu me senti a pessoa mais feliz.
No decorrer do caminho tive várias frustrações. Seja com as coisas saindo do meu controle ou com simples alterações que eu relutava em fazer, mas que eram necessárias.
Mudanças de datas, ciclos, agendas lotadas. Mas a minha jornada precisava daqueles obstáculos para evoluir e acontecer. Falando em jornada, batizei o curso de Jornada de um Líder. Além da sua construção ter sido, de fato, uma jornada, era realmente uma jornada para quem iria aprender tudo que eu dediquei tempo para construir.
Todo mundo sabe a importância da liderança corporativa, mas poucos são os que aplicam no seu dia a dia. Uma vez escutei uma frase que eu levei para a vida: “nós somos líderes, líderes em tudo que fazemos, não precisamos liderar pessoas para sermos líderes”. E isso é a mais pura verdade. Eu fui (estou) sendo líder desse projeto. Sou líder no meu dia a dia em cada tomada de decisão, e também sou líder da minha vida, minhas escolhas.
Confesso que sou o tipo de pessoa que fica olhando para o papel e caneta por horas até as ideias virem na minha mente, eu não escrevo absolutamente nada. Mas quando tudo começa a tomar forma, às vezes me atropelo nas minhas próprias ideias, de tanta energia que vem. Com esse texto não está sendo diferente!
Como eu disse no início, estudei muito para esse projeto sair do papel e nos meus muitos estudos fiz inúmeras anotações, estas foram de grande ajuda para organizar a minha mente e também as etapas do próprio projeto, que eu chamo de ciclos.
Como na vida, os ciclos são um caminho, devemos passar por eles para então entender o contexto do todo. A jornada possui quatro deles, e são esses quatro que dão total sentido a experiência.
Primeiro ciclo: Autodisciplina e responsabilidade.
Um bom líder precisa de autodisciplina para gerenciar sua equipe e muita responsabilidade em tudo que faz e fala. Ação e reação, sabe?
A autodisciplina em uma boa liderança é o que você faz como organização e não como pessoa. Tomar decisões que beneficiem o time ou a empresa ao invés de si mesmo ou de um indivíduo específico. É pensar no coletivo, e sabemos que para isso precisa de muita autodisciplina.
Já a responsabilidade está diretamente ligada a aprender com as suas próprias ações, sejam elas boas ou ruins.
Segundo ciclo: Escuta ativa e comunicação.
Escutar é muito difícil e também muito importante. Estamos em um mundo onde queremos ter voz e falar é a forma de nos impor. Mas uma liderança precisa estar aberta a escutar o tempo todo, para entender o que o outro precisa.
E, após isso, a comunicação acontece por si só. Saber o que falar para o seu liderado logo após escutá-lo é uma das peças principais na autodisciplina.
Terceiro ciclo: Gestão de tempo.
Uma liderança eficiente analisa os seus liderados e sabe exatamente os pontos fortes de cada um. Sabendo seus pontos fortes, você tem uma equipe muito mais eficaz e também trabalhando de forma contínua e alinhada.
Quarto ciclo: Aprendizado ao longo da vida.
Nunca podemos achar que sabemos de tudo ou até mesmo que não somos capazes de aprender algo. Cada indivíduo tem a sua peculiaridade e também a sua forma diferenciada de demonstrar a sua eficiência. É por conta disso que no quarto e último ciclo, falamos sobre liderança humanizada.
Existem muitos tipos de líderes, mas sabemos que no geral os líderes podem seguir dois caminhos. Ser um líder técnico, aquele que lê muito bem sua equipe, sabe o potencial de cada um e sabe como ensinar um júnior a trilhar o caminho para um dia ser um sênior. E o líder humanizado, aquele que prioriza as pessoas ao invés de processos, tem mais empatia com o próximo e é uma alavanca de crescimento.
E a ideia do curso é, nessa grande jornada, ensinar o que é ser os dois e seguir os dois caminhos da melhor forma possível.
Foi um desafio muito grande dar vida a esse projeto. Mas está sendo maravilhoso ver as pessoas dando importância para algo que eu desenvolvi. É por isso que sair da sua zona de conforto é muito fundamental para o crescimento.
Finalizo meu texto com a frase que eu citei lá no início: “nós somos líderes, líderes em tudo que fazemos, não precisamos liderar pessoas para sermos líderes”.
E aí? Vai ser o líder da sua própria vida?