Você pode ser criativo, mas é realmente inclusivo? Vamos solucionar juntos!

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5 min readNov 8, 2021

Acessibilidade: uma tendência necessária 💥

Que a inclusão é fundamental a gente já sabe, mas a acessibilidade vem ganhando cada vez mais destaque como um diferencial comercial. Muitos podem pensar que essa é uma oportunidade de nicho, mas não cometa esse erro você também. Segundo o IBGE, 25% da população brasileira possui alguma deficiência. Esse é, definitivamente, um mercado muito grande para ser considerado apenas um nicho. Além disso, um propósito inclusivo conquista ainda mais pessoas. Isto é, de acordo com um estudo da IBM, 70% dos compradores levam em conta os ideais das marcas. E tem mais, na pesquisa, o propósito superou o custo e a conveniência, sendo o fator principal de decisão. Então, que tal aproveitar essa oportunidade e ainda garantir que todas as pessoas tenham suas demandas atendidas?

Com a pandemia, as compras pelo e-commerce cresceram muito, tornando a necessidade de sites acessíveis ainda mais urgente. Todavia, atualmente, apenas 1% das páginas web são realmente inclusivas. Por isso, uma boa forma de começar é analisando a acessibilidade da sua página, o site DEQUE faz esse teste gratuitamente, apontando as melhorias necessárias. Além disso, escutar PCDs é sempre uma boa opção.

A Microsoft, por exemplo, criou uma plataforma para desenvolvedores enviarem seus jogos para pessoas com deficiência jogarem e avaliarem a experiência, pontuando pontos altos e melhorias. Já a Etisalat desenvolveu uma extensão web focada em pessoas com autismo. Através do mecanismo as pessoas podem mudar cores, fontes, bloquear anúncios e remover imagens de fundo, tudo que estiver confundindo ou poluindo a experiência, pode ser editado.

Enquanto isso, no design de produto, a Rexona saiu na frente e lançou o primeiro desodorante acessível, ele tem fechamento com imã, embalagem fácil de segurar e possui refil. Aqui no Brasil, a Maggi criou um livro de receitas para cegos, ele conta com texturas, braile e botões sonoros, tudo para deixar a experiência mais completa e sensorial. Até mesmo o luxuoso mercado de viagens espaciais está investindo em acessibilidade, a missão AstroAcess reuniu 12 pessoas com deficiência para uma experiência sem gravidade, eles tem o objetivo de enviar pelo menos um deles ao espaço nos próximos anos.

Já no mundo da moda, segundo o Coherent Market Insights, o mercado de roupas adaptáveis e inclusivas têm alto potencial de crescimento, partindo de 278,9 bilhões de dólares (dado de 2017) para 400 bilhões de dólares até 2026. A modelo e empresária Samanta Bullock, criadora da marca SB Shop, focada em moda confortável e luxuosa para PCDs, pontua que é necessário incluir pessoas com deficiência em todo o sistema de moda, da criação ao marketing e modelos. E aí? Vamos entrar neste mercado?

Impressão 3D: infinitas possibilidades 🔎

Mesmo com a pandemia, o mercado de impressão 3D cresceu 20% em em 2020. E, as estimativas dos próximos anos são ainda mais promissoras. De acordo com o 3D Hubs, o lucro envolvendo estes produtos pode dobrar até 2026. Nesse sentido, diversas soluções sustentáveis, inclusivas e personalizáveis vem surgindo. Um exemplo muito interessante foi a criação da startup Fix it, trata-se de uma tala para fraturas ortopédicas. Feito de plástico termomoldável e biodegradável, o produto é higienizável, respirável e à prova d’água. Outro destaque nesse ramo é a Pixed, criada no Peru, a empresa desenvolve próteses 3D com valores acessíveis, auxiliando na inclusão de pessoas com deficiência.

Enquanto isso, na moda, a estilista Iris Van Herpen vem utilizando a tecnologia 3D no mercado de luxo, criando designs super inovadores. Mas fora da Alta-costura, a impressão de itens de moda também vem ganhando espaço, ainda que mais lentamente. A marca Black Purpurin de Florianópolis desenvolve acessórios cheios de estilo com bioplástico reciclável. Dentre os produtos destacam-se bolsas, máscaras com filtro e tênis. Ainda no setor de acessórios, a marca paulistana Copan se inspira na arquitetura da cidade para criar jóias 3D modernas e minimalistas. Finalmente, a israelita Danit Peleg trabalha com roupas 3D feitas sob demanda e personalizáveis, os itens podem ser enviados para o mundo todo, inclusive para o Brasil. E aí? O que você pensa sobre as impressões 3D?

Influencers: um mercado que não para de crescer 📈

Segundo o Business Insider Intelligence é estimado que até 2022 o investimento em influenciadores digitais chegue em valores entre 5 e 10 bilhões de dólares no mundo todo. Apesar de tratar-se de um mercado que cresce cada vez mais, para ter sucesso no seu investimento, é fundamental estar atento a algumas mudanças. Atualmente, o influenciador mais interessante não é o com mais seguidores, mas sim, aquele que conta com um público bem nichado e engajado. Para além disso, propósito é uma palavra-chave para os consumidores, sobretudo a Gen Z, eles querem seguir pessoas reais e que tem algo a dizer.

Com isso em mente, vale a pena conhecer influenciadores PCDs que fazem um trabalho essencial nas redes sociais. Confira alguns deles aqui.

Ficou interessado em investir em uma ação com influenciadores? Vem conhecer a Contentic, empresa especializada em criar ações com influencers para marcas como a sua.

💻 Momento LinkedIn

De acordo com a lei, empresas com mais de 100 colaboradores precisam ter uma cota de PCDs na equipe. Porém, não é só por isso que você deve contratar pessoas com deficiência, pelo contrário, a inclusão pode trazer diversos benefícios para o seu negócio. Como já falamos, na hora de pensar as pautas de acessibilidade, tornar seu produto mais inclusivo, seu site mais acessível ou seu marketing mais representativo, é fundamental ter pessoas diversas. E, quem melhor para saber as demandas PCDs que as próprias pessoas com deficiência? Além disso, essa é uma chance para o RH aprender a adaptar seu processo seletivo e estimular a cooperação da equipe. Ademais, ser de fato inclusiva, auxilia na imagem da empresa e ajuda a conquistar mais consumidores tanto PCDs quanto outros.

A consultoria Talento Incluir é uma iniciativa super legal na área. Sim, eles também ajudam PCDs a encontrar emprego, mas seu foco principal é buscar soluções para empresas que desejam agregar ao seu time pessoas com deficiência de forma produtiva e sustentável. Com sua iniciativa, Carolina Ignarra já gerou empregos para mais de 7 mil PCDs. Vale a pena conferir.

👀 Falando em LinkedIn, o CEO da FFWD, Fernando Werner compartilhou uma reflexão muito interessante sobre os diferenciais de equipes de alto desempenho. Vem conferir!

🍿 Pega a pipoca!

Em meio ao boom dos realities shows de casamento, você já ouviu falar do Amor no Espectro? A série documental da Netflix mostra, ao longo de suas duas temporadas, os desafios e alegrias de jovens autistas em busca de amor. Que tal dar um play?

💡 Se liga na ideia!

A Decathlon do Canadá resolveu trabalhar o ícone da cadeira de rodas, conhecido internacionalmente como símbolo de acessibilidade, de uma maneira totalmente diferente. Isto é, o pictograma costuma ser apresentado de forma passiva sem nenhuma ação. Porém, a empresa, em parceria com a agência Rethink, criou designs ativos, onde o indivíduo aparece realizando diversos esportes, como arco e flecha, por exemplo. Curtiu? O pack de ícones pode ser baixado aqui. Vale a pena conferir!

E aí? Ficou interessado em buscar soluções mais inclusivas? Inspirações é o que não falta! Aproveite essa oportunidade e se jogue.

Até a próxima!

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