Como a Guava se tornou a empresa na qual eu queria trabalhar

Paula Vaz
Goiabada
Published in
6 min readJul 27, 2020

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… e por que continua sendo.

A primeira experiência profissional é algo que amedronta qualquer estudante. Sair do espaço acadêmico e se perceber no mundo real — carregado de todas as suas incertezas, prazos limitantes, cobranças, relacionamento com clientes e colegas, entre muitas outras coisas — é de deixar qualquer profissional iniciante preocupada e ansiosa. A faculdade não nos treina para isso, e nem seria possível, pois a natureza intrínseca dessas atividades está na experimentação da vida real no mercado de trabalho.

Estou trabalhando como Desenvolvedora Júnior na Guava há apenas 6 meses e já é possível perceber que não eram errôneas as expectativas criadas acerca desse estúdio de software recifense. Reuni nesse texto (que talvez pareça mais uma grande reflexão) alguns desses pontos divididos em dois momentos: antes de eu virar uma guava e depois que iniciei minha jornada na empresa.

Antes de me tornar uma guava

Eu conheci a Guava em maio de 2019, através do convite de um amigo para apresentar um projeto que eu faço parte no evento interno chamado "Dia da Goiabada". O que era para ser só uma palestra curta de 20 minutos, virou uma tarde inteira na qual pude observar diversas características que me fizeram ter um olhar especial e atento por uma empresa pela primeira vez. E foi assim que a Guava se tornou um dos lugares mais desejados por mim em Recife.

Dia da Goiabada (2019)

Multidisciplinaridade levada a sério

Hoje em dia, muito se fala sobre multidisciplinaridade e sua importância, e essa foi justamente uma das coisas que primeiro me chamou atenção nas discussões que presenciei entre o time. Foi muito inspirador perceber que existia na prática, e não apenas no discurso, o trabalho multidisciplinar (e o melhor: perto de mim). Vi desenvolvedores falando de design, designers falando de código, todo mundo falando de gerenciamento de projetos e discutindo assuntos de interesse geral com propriedade. Mas esse é o assunto do próximo ponto.

Horizontalidade nas discussões

Durante a tarde inteira, eu sequer consegui diferenciar os cargos e a relação hierárquica entre as pessoas, assim como também não conseguia distinguir quem eram os donos da empresa porque eles passaram a tarde toda simplesmente como guavos, dando voz e espaço para todos falarem no mesmo tom (inclusive sobre assuntos sérios e decisivos para a empresa), e garantindo que todas as ideias fossem ouvidas, não importa se estavam vindo de alguém júnior ou sênior.

Dia da Goiabada (2019)

Bom humor e respeito

Eu não poderia deixar de citar sobre o bom humor, as piadas (sempre respeitosas), os memes e o clima incrivelmente tranquilo e leve que pude sentir entre as pessoas.

Todos esses pontos anteriores reunidos me chamaram muito a atenção e despertaram meu interesse para participar de um processo seletivo no futuro. Coisa que fiz seis meses depois e nos leva ao próximo ponto.

Processo seletivo amigável

É fácil (até mesmo provável) se sentir insuficiente durante um processo seletivo, especialmente quando se é júnior, pois existe a sensação de que não somos boas em nada ainda, que a quantidade de coisas para aprender é grande demais, dentre muitos outros sentimentos dolorosos. Comigo não era diferente em nada, eu me sentia exatamente assim, e não apenas por ainda ser estudante e ter pouca experiência profissional, mas também porque toda a experiência que eu tinha antes da Guava era com desenvolvimento iOS, então o pensamento “que diabos eu tô indo fazer numa empresa de Web?” era bastante frequente.

Mas (e ainda bem) segui o processo, passei na primeira entrevista, aprendi por conta própria o básico de VueJS para fazer o desafio técnico, passei na segunda entrevista e quando dei por mim estava no meu e-mail uma proposta para ser Desenvolvedora Júnior na Guava e eu, que para 2019 só queria terminar o ano estagiando, terminei contratada.

A tecnologia é sempre o meio para chegarmos a um objetivo. Eu sempre gostei de resolver problemas, de trabalhar com times diversos, de me sentir à vontade para me expressar, ser eu mesma e colocar o que sou/acredito no fruto do meu trabalho, e ainda no processo seletivo da Guava eu pude notar que esse espaço poderia me proporcionar este pertencimento. Adentrar nesse novo mundo de desenvolvimento web não pareceu mais tão difícil a partir daí.

Depois de me tornar uma guava

Integração do time

Ao chegar na Guava me deparei com um time composto por pessoas extremamente integradas e funcionando no mesmo fluxo, o que permitiu que em poucos dias eu já estivesse me sentindo integrada à equipe pela receptividade que tive desde o dia 1. O bom humor e o respeito são pilares do relacionamento interpessoal na Guava e foi fácil me adequar a isso e me sentir pertencente em tão pouco tempo.

Apoio no aprendizado

A Guava me contratou tendo consciência da minha pouca experiência e me acompanha em todo o processo de aprendizado, desde o mais básico, com:

  • Mentoria exclusiva com profissionais experientes que sabem como direcionar meu aprendizado;
  • Sessões de pair programming;
  • Liberdade para, mesmo de olhos fechados, escolher alguém para tirar minhas dúvidas e saber que esta pessoa estará disposta a ajudar;
  • Revisões práticas aos meus Pull Requests, sempre explicando onde e por que eu errei, o que me ajuda a não cometer o mesmo erro da próxima vez;
  • Oportunidade para eu mesma fazer revisões nos códigos de colegas.

Respeito à minha singularidade

É importante ressaltar junto ao ponto anterior que se trata também de um ambiente no qual eu me sinto à vontade para aproveitar o curso do meu processo individual de crescimento e aprendizado, inclusive com abertura para dizer que preciso de mais tempo, que gostaria de mudar o foco, o que gosto ou não de fazer sabendo que, na medida do possível, isso vai ser adequado à estratégia da empresa.

Espaço para fazer diferente

Na Guava eu faço muitas outras coisas além de programar. Tenho oportunidade de participar do Mulheres de T.I. em Recife, de organizar eventos para reunir comunidades, como fizemos com o Programa de Comadres, de escrever, experimentar criar um pouco de design e social media, participar (e propor) discussões sobre assuntos relevantes nos clubes de leitura, criar projetos internos ou mesmo externos, como o Bora Se Ajudar. Para uma pessoa inquieta como eu, que gosta de estar envolvida em muito mais do que apenas código, esse é o espaço ideal.

Programa de Comadres (2020)

Qualidade em tudo que faz

É transformador, especialmente pra alguém no início da carreira, estar numa empresa que entrega resultados primorosos. Este é produto do trabalho de profissionais excelentes, e, enquanto júnior, é reconfortante poder confiar nas pessoas com as quais eu aprendo diariamente. Na Guava, tenho colegas que não abrem mão de trabalho bem feito, tiram minhas dúvidas para que eu também faça certo e, ao mesmo tempo, comemoram comigo as minhas pequenas ou grandes vitórias.

“Trabalhamos para viver, não o contrário”

Não é o tamanho da empresa que define o quão boa ela será para você trabalhar, mas sim o que, como empresa, ela acredita e prega em seus valores. No meu primeiro dia, li um documento com os valores da Guava e um deles é este: “trabalhamos para viver, não o contrário”. Na Guava nós trabalhamos, somos responsáveis e atentos ao nosso compromisso, mas não vemos overworking como algo positivo. Temos nosso espaço para se divertir, rir dos nossos próprios erros, e esta qualidade de vida é mais importante que qualquer frufru que a empresa possa te oferecer.

Eu não poderia concordar mais com um texto antigo de Artur Montenegro aqui no blog da Guava. O seu primeiro emprego será, sim, o mais difícil, mas esse caminho não precisa ser doloroso se você se sente segura para contar com as pessoas ao seu redor, como eu me sinto fazendo parte da Guava.

Ser júnior, sendo uma guava, é maravilhoso.

Dia da Goiabada (2019)

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