Confiança em Deus em meio às lutas

“Com a minha voz clamo ao Senhor, e ele do seu santo monte me responde. Deito-me e pego no sono; acordo, porque o Senhor me sustenta. […] Do Senhor é a salvação, e sobre o teu povo, a tua bênção”. (Salmos 3.4–5,8)

Nas últimas semanas temos visto notícias de guerras (como na Síria), assassinatos (como a repercussão da vereadora assassinada, no Rio) e conflitos (como a greve dos professores em São Paulo, contra a reforma da previdência). Considerando acontecimentos dessa natureza, é inevitável perceber que essa realidade não está distante de nós. Ainda que não estejamos diretamente envolvidos nesses fatos, a verdade é que enfrentamos frequentemente lutas e conflitos. Talvez seja na vida familiar, profissional, acadêmica ou eclesiástica; ou por se sentir traído por alguém em quem confiava; ou, estar frustrado e desanimado com as injustiças do mundo em que vivemos. O que mais te aflige?

O salmo 3 fala sobre um momento difícil na vida do rei Davi, em que o número dos que o traíram só aumentava (v. 1), precisou fugir do próprio filho Absalão, a situação de Israel se complicava e, aparentemente, talvez nem mesmo Deus poderia desejar salvá-lo (v. 2; 2Sm 15.26). Que situação angustiante, de perder o sono! Não para Davi!

Quando angustiados ou preocupados, precisamos primeiramente lembrar quem é nosso Deus, que estamos seguros porque é ele quem nos preserva e deve ser o motivo da nossa alegria, não as circunstâncias em que vivemos (v. 3). Além disso, podemos e devemos recorrer a Deus em oração, sabendo que nos responde (v. 4), e isso pelas Escrituras. Este é o caminho para desfrutarmos paz, em meio a adversidade, além de disposição e coragem para os desafios que Deus coloca diante de nós (v. 5–6). É assim que nossa confiança em Deus é alimentada, de modo que dependamos cada vez mais dele, em toda e qualquer situação (v.7).

Todas as circunstâncias vividas por Davi o fizeram concluir que “do SENHOR é a salvação, e sobre o seu povo, a tua bênção” (v. 8). É verdade que Deus, em sua providência, se importa e intervém em nossas lutas e angústias cotidianas, concedendo paz e orientação sobre o que devemos fazer. Mas, acima de tudo, os momentos difíceis devem fazer com que compreendamos mais a salvação que Deus nos concedeu em Cristo, à medida que perseveramos de modo a glorificá-lo. As lutas devem ser motivo de exultação, não aflição (1Pe 1.6–9). Confie e recorra ao seu provedor e salvador, através da oração e das Escrituras, sempre!