É hora!

Vida vs. Trabalho é um pensamento ultrapassado

Vulpi
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3 min readAug 2, 2016

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É hora de parar com esse conceito

Com a recente discussão sobre a CLT e aposentadoria e os ajustes que querem fazer no sistema, muito vem se discutindo sobre carga de trabalho, tempo de trabalho e a relação disso com a vida de uma pessoa fora do escritório.

Muito mudou, sim, mas alguns conceitos — na maioria dos mercados mais rígidos e conservadores — ainda continuam enraizados lááá no século XIX, que foi quando o governo americano resolveu adotar medidas para reduzir a carga de trabalho de “até terminar” para 10h por dia.

Tem muito pouco tempo que as empresas começaram a permitir (muitas vezes ‘forçada’ pelo governo) horários flexíveis, despensas por maternidade e outros tantos direitos. Conquistados muito mais pela luta dos trabalhadores e sindicatos que pelos empresários. Porém há empresas que hoje já pensam completamente diferente e entendem que um funcionário feliz é um funcionário produtivo e um asset essencial para a empresa.

Aí que o conceito de balancear, ou de colocar em dois lados separados do corner, Vida vs Trabalho entra em parafuso. Se você colocar aí o velho ensinamento de que “você deve trabalhar com o que ama para não ter que trabalhar” e pronto, temos um bando de gente perdida.

Já passou da hora de parar de separar Vida e Trabalho. Seu trabalho é parte da sua vida, não há como dissociar um do outro. Ao invés de focar em ter o bastante de diversão em relação à quantidade de projetos finalizados, preste atenção no seu corpo. Ou preste atenção no que as pessoas da sua equipe dizem sem falar nada.

Tente introduzir um novo conceito, que não separa vida de trabalho. Se a pessoa faz aquilo que ela tem a capacidade de fazer, ela precisa de incentivo para se divertir e aproveitar seu tempo enquanto faz aquilo. Pressionar, tentar adaptar algo à força não dá certo.

Se você tem uma equipe para gerenciar, ou só seu próprio corpo, você sabe o quanto cada um aguenta. Não existe uma forma de onde saíram todas as pessoas, elas não são iguais, não importa o quão seu guia de conduta tente os fazer assim. Com a gente é a mesma coisa. Seu corpo te avisa quando você está trabalhando demais. Normalmente isso acaba em “trabalhando errado”.

Ele também avisa quando você está enrolando. Fica sempre aquele sentimento de estar correndo na linha do trem e o barulho da locomotiva cada vez mais perto de você.

Entender as pessoas que trabalham ao seu lado, assim como a você mesmo, minimiza a chance de erro e até mesmo de ficar infeliz fazendo qualquer coisa que seja. (Quase) Ninguém é infeliz sendo produtivo.

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Inteligência em processos de contratação de desenvolvedores.