Histórico mínimo da fotografia em minha vida

Dayse Cardoso
Graphia de Luz
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2 min readNov 15, 2020
Auto retrato por Dayse Cardoso

A primeira vez em que tive uma máquina fotográfica nas mãos foi aos 11 anos. Era uma máquina de meu avô (uma Kodac 177x/ instamatic) com a qual se obtinha, na revelação, fotos quadradas. Era um trabalho da sétima série e eu fotografava ruínas de um convento e seu entorno na região do Santiago do Iguape pertencente ao município de Cachoeira no Estado da Bahia.

Lembro que procurava escolher um fragmento onde fosse possível mostrar o máximo daquela realidade que estava sendo vista por mim. O ato de enquadrar é uma eleição do que vai ser mostrado de uma imagem. Numa escolha algo é descartado e nessa situação o que era eleito por mim tinha a obrigação de ser uma espécie de síntese de um lugar. Às vezes eu tinha vontade de dobrar a imagem para caber tudo no quadrado do visor da câmera, até o vento, os cheiros, os sons…

Mais tarde, com estudos de desenho de observação e sombreamento, entendi melhor como as formas são desenhadas pela trajetória luminosa e vi poesia na maciez sinuosa ou aspereza reveladas pelo toque da luz direta ou difusa, dourada ou estourada.

Aprendi os mecanismos de camera dslr com uma Pentax emprestada. A maior parte do meu trabalho em película foi desenvolvida numa câmera dsrl Canon EOS 3000 com lente zoom 35–80 e, na era digital, tive uma Canon d3100 e passei para a Nikon D7100 e geralmente uso a lente com zoom 18–105 e a fixa queridinha de 50mm.

A fotografia de dança e de espetáculos em geral ficou mais forte em minha vida quando ainda na Universidade de Dança na UFBA e, principalmente, quando trabalhei como fotógrafa da Escola de Dança da Funceb (Fundação Cultural do Estado da Bahia) onde registrei espetáculos em Salvador e me encantei por este tema. Fiquei lá de 2010 a 2015.

De 2015 a 2016 trabalhei como fotógrafa na Assessoria de Comunicação (ASCOM) da Fundac — Fundação da Criança e do Adolescente. Em 2017 retornei à Funceb onde trabalhei na ASCOM de lá e em 2019 retornei à Fundac.

Digitalizar meus negativos é um projeto assim como organizar meu portfólio que não queime meu filme.

Tento manter estes dois flickr’s atualizados:

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Dayse Cardoso
Graphia de Luz

Yoguini, reikiana, fotógrafa, mãe, investigadora em dança e palhaçaria e se arrisca em escrever.