Um conjunto de startups na Tailândia está trabalhando em apps de celular que possam ajudar no contato entre pacientes e psicólogos ou psiquiatras. No país, o estigma para doenças mentais é imenso, algo também comum noutras partes do mundo. Assim, muitos dos que precisam não procuram tratamento. Além disso, há falta de médicos.
O conjunto de apps sendo colocados no mercado inclui, num estágio inicial, o uso de inteligência artificial para fazer um diagnóstico preliminar que, embora não definitivo, pode dar a quem busca ajuda uma pista do que tem. Como muitos dos pacientes mais aflitos transitam de jovens profissionais a pessoas de meia idade, a intimidade com tecnologia é alta. Outros apps, a partir do diagnóstico, permitem encontrar um profissional de saúde que caiba no orçamento e esteja próximo. É permitido usar um pseudônimo e as primeiras consultas podem ser virtuais.
As startups estão sendo impulsionadas por um programa de Estado, o Tailândia 4.0. Embora a ênfase inicial esteja na saúde mental, deve se espalhar por outras áreas da medicina. É onde entra o problema da falta de médicos. Apps de diagnóstico inicial, ao menos esta é a esperança do governo, podem resolver dois problemas. Em primeiro lugar, driblam as possibilidades de encontrar informação de má qualidade online. E, em segundo, fazem a triagem e encaminham pacientes para a consulta apenas quando necessário, e com a prioridade devida. É um modelo que pode vir a se espalhar.
