Foto em preto e branco e duas pessoas olham para tela de um computador. Uma delas aponta para a tela

Gestão do time de Produto: 3 coisas que você precisa saber

Marca Empregadora Grupo OLX
Grupo OLX Tech
6 min readMar 30, 2022

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Por mais incrível que seja a gestão de um time de Produto, sempre existirá espaço para desenvolvimento, não é mesmo? Saber (e acreditar) nisso é o primeiro passo para que a gente continue avançando.

No entanto, sabemos que tirar as mudanças do plano das ideias pode ser muito desafiador. Ainda mais trabalhando de casa, né? Por isso, hoje vamos compartilhar 3 técnicas para ajudar você e sua equipe a azeitar os processos da área de Produto, economizar nos erros e, claro, entregar resultados inovadores!

Encontrar as métricas de produto requer colaboração

Temos à nossa disposição milhares de métricas de Produto, mas poucas delas serão relevantes para o seu projeto. Por isso, é importante unir o time para debater a qualidade da experiência da pessoa usuária, além das metas de Produto.

Para acompanhar a qualidade da experiência, recomendamos o método HEART:

  • Felicidade: valores percebidos pelas pessoas que utilizam o produto;
  • Engajamento: o nível de envolvimento entre cliente e produto. Ele pode ser mensurado pela frequência, intensidade ou profundidade de interação durante um período de tempo;
  • Adoção: gente nova no pedaço;
  • Retenção: gente que estendeu a estadia;
  • Sucesso da tarefa: quanto tempo foi necessário para concluir uma tarefa? Qual a porcentagem de tarefas concluídas? E a taxa de erro?

Mas calma! Não é preciso definir métricas em todas essas categorias. Usem esse outro método, Metas-Sinais-Métricas (MSM), que explicamos abaixo, para que vocês consigam filtrar as hipóteses que fizerem mais sentido no contexto em que vocês estão.

Metas

Primeiro, determinem os principais objetivos que vocês almejam. Nessa hora, pode ser que aconteçam algumas divergências de opinião. Isso é natural. Por outro lado, esse processo é justamente uma oportunidade para unificar as metas da equipe.

Sinais

Em seguida, construam um termômetro com base na pergunta: quais sinais do comportamento das nossas pessoas usuárias conseguimos diagnosticar o desempenho dos nossos objetivos?

Por exemplo, um sinal de engajamento para o YouTube pode ser a quantidade de tempo que as pessoas passam assistindo um vídeo.

Métricas

Após escolher os sinais, é possível transformá-los nas métricas que seu time de Produto deverá priorizar, ou, até mesmo, usar para um teste A/B. No exemplo de engajamento do YouTube, podemos converter “quanto tempo as pessoas passam assistindo vídeos” em “o número médio de minutos gastos assistindo vídeos por pessoa em um dia”.

Lembre-se que o método Metas-Sinais-Métricas deve priorizar naturalmente as métricas. Portanto, é fundamental escolher aquelas que realmente vão impactar a UX e ajudar vocês a decidirem os próximos passos.

É bastante coisa, né? A boa notícia é que dá pra cruzar todo esse fluxo em um diagrama super prático que vai facilitar a sua vida:

Tabela Heart X MSM

2. A programação em pares é um divisor de águas

A programação em pares ou pair programming é vital para uma equipe de Produto e vai muito além de codar em boa companhia. Ela fomenta a troca de conhecimento, dobra a atenção e também a criatividade no momento de desenvolver novas abordagens ou de resolver problemas. Inclusive, fazemos bastante por aqui! :)

Entenda como essa técnica funciona na prática de acordo com dois modelos que trouxemos abaixo:

  • Motorista e Navegador: motorista é a pessoa que fica no volante, ou seja, no teclado. Seu foco é escrever os códigos e atentar-se aos detalhes práticos. Já a pessoa navegadora é mais observadora. Ela se dedica à estratégia do projeto, explora oportunidades e previne falhas.
  • Ping pong: essa técnica serve como uma luva no TDD (desenvolvimento orientado a testes). Sendo que o “ping” representa a pessoa que escreve um teste com falha e o “pong” caracteriza aquela que escreve a implementa a aprovação deste teste. No teste seguinte, os papéis se invertem. Por isso o nome “ping pong”;
  • Você e sua equipe de Produto também podem criar uma dinâmica que combina mais com os seus projetos. Aqui não existe certo ou errado!

Pairing à distância

Trabalho remoto não é desculpa para fugir da programação em pares, viu? Muitos softwares de videoconferência oferecem a possibilidade de acessar a máquina de outras pessoas durante uma chamada.

Existem também ferramentas de código aberto com controle remoto, como o jitsi. Se a banda larga tá curta, busque alternativas como ssh com tmux, ou a extensão Live Share para Visual Studio Code.

3. Regras sobre envio e revisão de Pull Requests

Errar é humano. Programar também. Logo, não deixe o seu time de Produto subestimar as revisões de código. Talvez essa mudança de mentalidade demore um pouco, mas trouxemos algumas regrinhas que vão te ajudar nessa empreitada.

O primeiro passo de uma code review é contextualizar cada pull request:

  • Qual a função do PR?
  • Qual seu propósito no projeto?
  • Quais mudanças de alto nível foram feitas no código?
  • Que outras informações a pessoa revisora deve estar ciente?

Se for possível, é interessante pedir para pelo menos uma pessoa de outro time revisar. Dessa forma, as entregas entre squads acabam sendo mais uniformes e consistentes. Ah, não envie nenhum código que não seja usado no mesmo PR, a menos que ele seja destinado a uma API pública.

O segundo passo é a revisão propriamente dita. E aqui, a ótica de quem está revisando muda tudo! Essa pessoa deve “cuidar” do código como se fosse sua criadora. É claro que profissionais diferentes buscarão diferentes aspectos do mesmo código. Contudo, é importante se certificar de que:

  • O pull request cumpre sua tarefa;
  • O PR tamanho é gerenciável;
  • Não traz uma complexidade desnecessária;
  • Os testes estão passando;
  • Não há código inutilizado, morto ou duplicado;
  • O sistema continua funcionando normalmente.

Caso a revisão volte com muitas alterações, proponha uma sessão de programação em dupla para o seu time. Assim a correção será bem mais rápida e detalhada.

Hm…Nessa etapa também é interessante observar se algum erro que costuma acontecer frequentemente. Daí vale questionar o processo da galera para trazer melhorias. O contrário também pode acontecer: uma sugestão legal de automatização que pode facilitar os processos daqui para frente.

4. Pessoas e interações acima de processos e ferramentas
Além de ser um dos mandamentos do Manifesto Ágil, essa frase sintetiza o papel de todas as pessoas que ocupam um cargo de gestão. Agora, mais do que nunca, sabemos a importância do nosso instinto social que já era falado por Mahatma Gandhi no século passado.

Não há internet, videochamada ou outra tecnologia que substitua o olho no olho, a empatia, o simples ato de escutar ativamente o outro. Portanto, ouça a sua equipe, faça reuniões individuais, pergunte como essas pessoas realmente estão. Reserve uma meia horinha de vez em quando só para unir todo mundo, jogar conversa fora e descontrair.

Inclusive, o nosso Gestor de Engenharia de Software, o Marcelo Firmino, criou um ritual que se chama “Café da Tarde”. A cada semana, ele e sua equipe fazem uma videochamada para trocar uma ideia sem compromisso. Assim como era na hora do café lá na cozinha do escritório, sabe?

Fake it until you make it — vulgo, uma hora vai!

Olha, sendo bem transparentes, no começo talvez seja necessário lembrar o pessoal sobre essas atividades, até que uma hora tudo fluirá intuitivamente. Mesmo que não o tempo todo. Isso é impossível, pois trabalhamos num ramo completamente imprevisível e #correria. Mas uma hora vai… E vai muito além do esperado!

Bom, se você chegou até aqui, já deve ter percebido que o nosso foco está na aprendizagem contínua e rápida, em um ambiente seguro, descontraído e humano onde é tudo sobre gente.

É por isso que aqui na OLX Brasil você encontra espaço para levar a sua carreira #AoInfinitoeAlém em uma jornada incrível e segura. Vamos juntes?

Clique aqui pra dar uma olhadinha nas nossas vagas!

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