Por Cadu Belo
O voto no Brasil ganhou o devido peso e importância no final da Ditadura Militar no fim da década de 80 do século passado. O período de 25 anos manchou a história do Brasil e abriu feridas que ainda permanecem na mente de muitos cidadãos que vivenciaram esse período e resistiram ao autoritarismo militar.
As eleições presidenciais de 2022 configuram o exercício democrático da cidadania através do voto secreto e universal. Confirmam a solidez das instituições democráticas embora as mesmas venham sofrendo ataques por alguns grupos políticos que não conseguem provar as falas alegações a respeito de supostas fraudes no sistema de votação eletrônico.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “cidadania efetiva deve alcançar a todos, e isso requer medidas que promovam a acessibilidade das pessoas a tudo aquilo que as tornam cidadãs”.
As pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência podem solicitar a Justiça Eleitoral condições específicas para atender suas necessidades no local de votação e também podem requerer a transferência do local de votação para uma seção com acessibilidade.
Diante dessa perspectiva acompanhamos a fonoaudióloga e terapeuta Reiki, Izabel Aboud de Niterói em sua seção de votação no colégio estadual Mullulo da Veiga, na zona norte da cidade.
Segundo Izabel a cidade de Niterói conta com uma boa acessibilidade para cadeirantes na maioria das escolas públicas, porém, afirma que essa melhoria na acessibilidade vem acontecendo nos últimos anos. Antes a escola em que funciona a seção eleitoral tinha degraus na entrada.
Percebemos que o transporte público na rua do colégio é constante. O ponto de ônibus localiza-se quase na porta da escola e, nessa eleição, a cidade de Niterói possibilitou a todos o acesso gratuito ao transporte público. A rua é plana e asfaltada e, as seções eleitorais atendem os bairros Engenhoca e Barreto, ambos na zona norte. A população dos dois bairros é de aproximadamente 39.000 habitantes de acordo com o senso de 2010.
Os colaboradores do Tribunal Regional Eleitoral estavam de prontidão no portão principal da escola e permitiram o acesso de Izabel com carro próprio. Dentro do pátio do colégio orientaram a mesma sobre a seção especial onde deveria votar e prontificaram-se a ajudar na locomoção. Garantiram também que alguém da família ou amigo pudesse entrar com a mesma, caso ela precisa de alguma ajuda.
Izabel Aboud conseguiu votar em poucos minutos haja visto que os colaboradores da Justiça Eleitoral organizaram filas com prioridade para idosos, pessoas com mobilidade reduzida, pessoas com deficiência e pessoas com crianças de colo. Sobre os colaboradores Izabel afirma “eles são sempre muito bacana, eles ao sempre mil, ajudam, são sempre muito solícitos”
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