Cobertura das Eleições 2022- Quarta Zona Eleitoral

Depois de 1821 dias, quatro anos e uma pandemia, o eleitor brasileiro retorna às urnas para escolher seus representantes em novo ciclo eleitoral. Para participar deste processo, Nelson Leão Teixeira, de 61 anos, viajou de Paraíba do Sul, onde mora no interior do estado do RJ, até a capital, onde votou na décima sétima zona eleitoral. Relatou muitas filas no local onde vota, o que não foi um problema devido sua preferência na fila não acabou sendo prejudicada por isso. Todavia o verdadeiro motivo que ameaçou sua ida para votar não foi a distância ou a lotação, e sim a falta de cuidado geral com o coronavírus. Por ser mais velho, casado com uma outra pessoa com mais de 60 anos e morar afastado da capital em uma zona rural, sempre se incomoda com o descuido da maioria. Acabou não sendo um empecilho, mas um motivo de indignação. Ele relatou não ter visto mais de cinco pessoas usando a proteção necessária.

O acesso para ele não foi uma questão. Veio de ônibus de Copacabana, que é onde mora quando vem para o rio, e não havia problemas para os que têm necessidades especiais. A mesma percepção que os eleitores do local de votação mais perto de lá tiveram. O CIEP do Humaitá, que integra a quarta zona eleitoral, também foi acometido pelos mesmos aspectos. Preferências foram cumpridas, filas mais longas que nas eleições anteriores e pouca proteção contra o vírus. O que ocorreu de diferente, como sempre ocorre, é a atenção e a estrutura do colégio. Muitas seções se localizam no andar térreo e as poucas que ficam nos superiores são acessadas por rampas, não por escadas.

O CIEP sempre foi um problema para quem vai até lá de carro, pois se localiza numa via movimentada e com um estacionamento pequeno, que passa longe de comportar todos. Entretanto, já fazem mais de 10 anos que instalaram um ponto de ônibus em frente, com bancos, caso alguém precise sentar na espera. Um benefício de lá é a segurança para uma eleição livre, como a maioria da Zona Sul da cidade. Em suma, a organização é digna de elogios, atende os que precisam na maioria dos aspectos. Mesmo com grandes filas, o eleitor foi bem recebido lá e na outra seção mais próxima, o Colégio Pedro II.

Todos esses fatores refletem a abstenção, pouco abaixo da média nacional, que ocorreu neste primeiro turno. A quarta zona eleitoral teve 31.984 abstenções, de 121.744 eleitores registrados. Foram 1.805 faltas a menos que nas últimas eleições presidenciais, porém a zona contava 2.489 eleitores a mais. Se comparados com os dados nacionais, o resultado não é tão positivo. Este ano, 32.765.540 milhões de pessoas não participaram da eleição, o que equivale a 20,9% dos eleitores. Considerando que em 2018, 29.941.265 (20,3%) também não votaram, não tivemos uma diferença extraordinária. Essa diferença está na comparação do pleito nacional com a quarta zona eleitoral, que teve por volta de 25% de abstenções. Os números poderiam ser piores, considerando a pandemia e o clima tenso estabelecido no país.

Todos os dados deste texto foram colhidos no TSE e no TRE, onde você pode colher mais informações sobre essa e outras eleições passadas. Também pode se informar sobre notícias falsas e segurança das urnas no site e nas redes do TSE. Para trocar ou tirar seu título, deve esperar o prazo abrir e ir na sede do TRE.

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