Patrycia Rodriguez
Guia RJ 2018
Published in
4 min readJun 22, 2018

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Tarcísio Motta (Governo estadual)PSOL — RJ

Coligação: PCB

ATIVIDADE POLÍTICA

Tarcísio Motta é formado em história pela UFF (Universidade Federal Fluminense) e, em 1999, tornou-se professor da rede pública. Começou sua trajetória política na sua cidade natal, em Petrópolis, militando na Pastoral da Juventude. É professor licenciado do Colégio Pedro II e integra as comissões permanentes de Educação e de Cultura.

Preside a Comissão Especial de Carnaval e integrou a CPI dos Ônibus, pela qual denunciou uma série de irregularidades entre empresários e o poder público.

Em 2006, ingressou na direção estadual do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio), onde ocupou posições diretivas até 2012. Integrou o Núcleo de Organização Socialista, composto por militantes da Baixada Fluminense. Em 2014, foi candidato a governador do Rio de Janeiro, também pelo PSOL, e ficou em quinto lugar na eleição.

Atualmente é vereador do Rio de Janeiro e lançou sua pré-candidatura ao governo do Rio de Janeiro.

POSICIONAMENTO e PLATAFORMA POLÌTICA

Tarcísio Motta é defensor dos direitos humanos, direitos individuais e educação. Recentemente, em nota, o partido de Tarcísio posicionou-se contrário à Intervenção no Rio e à Reforma da Previdência e classificou a ideia como “um retrocesso autoritário que trará graves consequências para a democracia e para os direitos humanos da população mais vulnerável”.

Em ato realizado no lançamento da sua pré-candidatura, no dia 7 de junho de 2018, Motta disse que pretende lutar pelas classes mais oprimidas, pela diversidade de mulheres, de gays, de lésbicas, de bissexuais e de transsexuais. Recentemente, seu partido publicou uma nota em que declarou total apoio à greve dos petroleiros e dos caminhoneiros; a favor da campanha “Fora Temer” e de eleições democráticas livres.

O partido também se posicionou contra a política de desonerações que favorece os interesses das grandes empresas de transportes e às propostas de intervenção militar.

Nas eleições de 2014, como candidato ao governo do Rio, Motta defendeu uma Reforma Tributária no estado. Segundo ele, a isenção fiscal e os empréstimos cedidos aos grandes empresários se convertem na geração de pouquíssimos empregos. “Nossa campanha tem quatro pilares básico: a promoção da vida acima do capital, a auditoria da dívida pública, a revisão de isenções fiscais e o planejamento participativo. A capacidade tributária do estado precisa ser reorientada para gerar economia, emprego, renda e direitos”, afirmou.

Motta não é a favor da redução da maioridade penal. Para ele, a medida não resolverá o problema de violência e criminalidade e pode significar o aumento da violência, ao contrário do que muitos pensam.

Sobre a segurança, o candidato se pronunciou que, como governador, não terá o poder de desmilitarizar a PM, porém, para ele, a política de segurança não pode ser apenas de confronto.

NUVEM DE PALAVRAS

Aparições na Mídia e Escândalos

O candidato tem aparecido muito na mídia para se posicionar e dar declarações sobre o Caso Marielle, sua amiga e companheira de partido. O parlamentar prestou depoimento de três horas sobre o caso, falando a respeito da rotina parlamentar de Marielle. Além disso, seu partido, em 2018 posicionou-se contra a prisão do ex-presidente Lula, considerando que o líder está sendo perseguido pela Justiça.

Muito combativo e presente na Alerj, seu nome nunca foi vinculado a escândalos de corrupção.

FAKE NEWS

Na pesquisa, não foram encontradas fakes news do político Tarcísio Motta. Seu partido iniciou recentemente mobilização para coletar provas e denunciar pessoas que têm usado as redes sociais para compartilhar informações falsas e difamar a vereadora Marielle Franco, sua companheira de partido, que foi assassinada. Com isso, o partido recebeu mais de 11 mil denúncias. A intenção do PSOL foi de identificar os autores das difamações para denunciar à polícia.

RELAÇÕES

O candidato afirmou que o PSOL se diferenciará de outros partidos na eleição para o governo do Rio porque não “fará alianças pragmáticas para obter apoio ou ganhar tempo na TV”. De olho eleitorado feminino, Tarcísio Motta quer ter como vice em sua chapa uma mulher negra “com representatividade”. O partido estuda nomes como o de Talíria Petrone (PSOL), vereadora mais votada de Niterói.

Tarcísio declarou que seu partido tem a tarefa primordial de enfrentar o avanço conservador e a forma de fazer política do PMDB e seus aliados. “Combater esse cenário é a tarefa do PSOL para as eleições de 2018: apresentar uma alternativa aos velhos e novos ‘Cabrais’ (uma referência ao ex-governador Sérgio Cabral, seu rival), com um programa que garanta direitos e amplie a participação popular, atualizando nossas experiências de 2012, 2014 e 2016”.

Em sua última eleição, como candidato à vereador, a maior parte das doações de sua campanha foram feitas por pessoas físicas, logo depois pelo partido político e em seguida, por recursos próprios. Seus maiores doadores foram: Direção Municipal/Comissão Provisória; o próprio candidato; Luís Paulo Sutil Cairo, Ian Cordeiro Buscário, Aleusis Santos Cordeiro, Allan Amaral Paes de Mesentier e outros. Sendo recebido no total de doações o valor de R$ 56.537,19.

Para as eleições de outubro de 2018, seu partido reafirmou aliança com o PCB (Partido Comunista Brasileiro). O diálogo entre os dois partidos já vinha ocorrendo e, em fevereiro deste ano, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, se reuniu com o secretário-geral do PCB, Edmilson Costa, para debater a conjuntura do país, a resistência da esquerda aos ataques do governo de Michel Temer e a luta conjunta contra a reforma da Previdência.

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