Direitos versus privilégios

Basicamente, “direitos” são coisas que você tem em virtude do seu nascimento, como indivíduo único, livre e soberano. É o direito de viver em paz (contanto que deixe os outros viverem em paz), o da livre expressão e o da propriedade.

Quando tiver dúvidas sobre se algo é um direito natural, pense se todos nós podemos usufruir desse mesmo direito, ao mesmo tempo, da mesma maneira, sem ser obrigado.

Por exemplo: você pode achar que tem direito à moradia. Mas se para você ter essa moradia alguém teve sua propriedade espoliada ou foi coercitivamente obrigado a fornecê-la para você, isso não é um direito.

Como resumiu bem o Lawrence Reed: “Ao dizer que você tem o direito de usufruir bens e serviços gratuitamente, você está necessariamente dizendo que terceiros têm a obrigação de fornecer (ou financiar) tais coisas a você.”

Da próxima vez que você pensar “Eu tenho tal direito!”, pergunte a si mesmo: “De quem é a obrigação?”

Então, sempre que um suposto direito reivindicado por alguém impõe uma obrigação a outra pessoa (sem que tenha sido consensual), este suposto direito é, na realidade, um privilégio.

Seria saudável que as pessoas compreendessem os conceitos por trás de cada uma das palavras para, então, entender a evolução que o nosso tempo impõe. E, assim, usufruir de sua liberdade e assumir a sua responsabilidade como indivíduos maduros e independentes.