Uma Nova Frequência - Dia 2

Dia 2 — O Poder dos Sonhos

Gustavo Tanaka
Gustavo Tanaka
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4 min readMar 7, 2016

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Escrito ouvindo Kevin Kern — The Enchanted Garden

Obs. Continuação do Dia 1

https://medium.com/@gutanaka/uma-nova-frequ%C3%AAncia-6fba3ab9a43

Eu acordei atordoado. Meio zonzo. O sonho foi intenso. Eu sei que vi muita coisa. Sei que visitei lugares diferentes e sei que conversei com pessoas que me mostraram um caminho.

Estava claro para mim. Mas eu acordei. E em menos de 6 segundos esse sonho se dissipou.

Aquilo que parecia nítido logo desapareceu. E eu não conseguia me lembrar de nada. Tudo virou apenas um sentimento de que alguma coisa aconteceu.

O que acontece quando sonhamos?

Nós acessamos novas frequências. Sonhos não são pensamentos aleatórios.

Eu acho incrível como uma coisa que fazemos todos os dias pode ser tão misteriosa e tão desconhecida para todo mundo. E mais impressionante ainda é que quase ninguém se interessa por explorar isso.

Nos sonhos você se sintoniza diferentes frequências. É como se você se deitasse e ligasse seu som no modo aleatório (random). Enquanto você dorme vão tocar músicas diferentes que você não escolheu.

Algumas dessas frequências existem para trabalhar diretamente no nosso cérebro, como uma limpeza automática de pensamentos que não nos servem mais. Outras frequências são como professores que tentam nos dar uma lição para aprendermos com o que fizemos nos dias anteriores. E algumas frequências estão conectadas aos sonhos que temos.

Quando dormimos acessamos esses sonhos que queremos viver acordados. São aqueles desejos e vontades. Acordamos e carregamos ele dentro de nós. É como se fosse uma missão que recebemos dormindo para cumprir acordados.

Viver por um sonho não é um ato de egoísmo. Muito menos de alucinação. O sonho é uma missão que você recebeu para realizar aqui. Não apenas para você, mas para o mundo.

Os aborígenes dizem que os sonhos são a forma que o mundo encontra para te transmitir o que precisa ser feito para melhorá-lo.

Vamos voltar à nova frequência.

Nesse novo mundo as pessoas entendem bem isso. Elas conseguiram desvendar os mistérios dos sonhos.

As crianças são estimuladas desde cedo a fazerem duas coisas:

1- Contar o que sonharam à noite.

2- Materializar o sonho durante o dia

Eles sabem que quanto mais jovens, mais puros os sonhos. E quanto mais jovens, menos distância existe entre o que se sonha a noite e o que se sonha de dia.

E assim fica mais fácil de materializar.

Os adultos têm mais dificuldade porque não têm a mesma clareza.

E justamente por entenderem que os sonhos são missões solicitadas pelo planeta para que sejam realizadas, esse povo sabe da importância das crianças nesse processo.

Hoje no nosso mundo, as crianças são vistas como seres que ainda não aprenderam, frágeis e incapazes. Mas nessa nova frequência, as crianças são vistas como os seres mais importantes. Pois são elas que conseguem traduzir melhor as frequências mais elevadas. São elas que carregam com mais clareza os sonhos do mundo.

Assim, a relação de poder é completamente invertida. Aqui as crianças não são ouvidas. Lá elas são a referência. É a partir dos sonhos das crianças que as decisões são tomadas. É a partir do que elas sonham que as lideranças atuam.

Isso muda tudo, não é mesmo?

Toda essa loucura que criamos provavelmente não existiria se deixássemos as crianças nos guiarem.

O mundo seria muito mais simples. Menos complexidade. Menos burocracia. Menos desconfiança. Mais alegria. Mais brincadeiras. Mais arte. Mais amor.

Toda a educação nesse mundo é voltada para que cada um consiga se conectar com seus sonhos e aprender formas de torná-lo realidade.

Uma criança não aprende o que os outros acham que ela deve aprender. Ela aprende aquilo que vai ajudá-la a realizar seus sonhos.

Um exemplo: Nessa nova frequência existe uma garotinha chamada Mel. Logo que começou a aprender a se expressar, ela se interessa por alimentos e sempre quis ajudar sua família na cozinha. Ela disse que seu sonho é criar as receitas mais incríveis que já existiram.

Mel então é direcionada para que possa estudar e desenvolver as habilidades que a permitam realizar esse sonho. Ela vai aprender biologia para conhecer os alimentos, química para entender como combinações podem ser realizadas e potencializar o sabor e o efeito no corpo humano, anatomia para compreender o que cada ingrediente causa no corpo e obviamente técnicas de cozinha e preparo.

Ela vai fazer isso para sempre?

Não. Ela vai fazer isso pelo período em que ela quiser fazer. Talvez esse não seja um sonho para a vida toda. Talvez seja um sonho para que a Mel possa criar um prato específico ou desenvolver uma única receita que pode mudar a relação da sua sociedade com a comida. Pode abrir um novo leque de possibilidades a partir da utilização de um novo ingrediente.

E quando ela conseguir isso, um novo sonho será dado a ela.

E sua vida será direcionada para esse novo sonho. Que ela saberá qual é. E ela buscará as atividades que possam ajudá-la a desenvolver essas novas habilidades.

Essa é a educação baseada em sonhos.

Vamos sair dessa frequência agora e voltar à nossa.

Pense nas crianças que você conhece hoje. Tente pensar o que elas sonham. Qual seria a missão que elas receberam? Se não souber, pergunte. Ela provavelmente sabe.

O que você pode fazer para facilitar esse processo? O que pode fazer para ajudar esses sonhos se materializarem?

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