Como a Moda Digital está Impactando o Mercado
O mercado atual
Assim como em todo o mercado em desenvolvimento, as mudanças e avaliações dão um norte para quem está na linha de frente, executando operações para o crescimento de suas empresas.
As empresas de moda digital têm se chamado de digital fashion house, e são responsáveis pelas coleções 3D de algumas das grandes marcas que estão apresentando devagarinho seus resultados. Algumas delas são: Prada, Gucci, Adidas e Puma.
Como já comentamos, essa evolução tecnológica traz ao mercado alguns benefícios, e principalmente, o tempo. Mas o que esse mercado está movimentando e como ele pode afetar a moda a partir de agora é o que estaremos tratando aqui. Como podemos observar, o movimento de aplicação de tecnologias na moda é liderado pela Europa e Ásia.
Ásia
A Ásia é focada em crescimento, sua tecnologia faz com que eles produzam mais, com velocidade e com ajustes mais rápidos. O modelo padrão que imaginamos é o chines do sul e do sudeste asiático, com grandes fábricas e muitas pessoas trabalhando em linhas de produção gigantescas. Isso é um ótimo exemplo de fast-fashion.
Europa
Já quando falamos da Europa, a questão é justamente como poder manter uma indústria mais sustentável, pensando em crescimento sem afetar o meio ambiente e podendo encontrar modelos de negócios inovadores. Liderados pela Holanda e a indústria criativa de Barcelona e Paris, o continente europeu é o centro de atenções para inovações em modelos de negócio inovadores e em tecnologias. Isso se deve pelo fato de sua geografia não ajudar a criar e manter uma população tão grande. Aqui temos um exemplo de slow-fashion.
O que os dois têm em comum?
Agora, quando se trata de um denominador comum entre os dois modelos temos justamente a moda digital e 3D, um ambiente totalmente digital que abre espaço para fazer uma moda mais rápida e ambiental, reduzindo o tempo de fabricação uma peça física que já poderá ser ajustada sem a necessidade de novos cortes ou costuras, o que automaticamente facilita e muito a produção das peças pilotos.
Um exemplo prático…
A Zara é uma empresa espanhola, já muito criticada por seus famosos escândalos de casos de funcionários escravos e más condições de trabalho. Agora a situação é totalmente diferente dos casos vistos anteriormente. A marca se tornou referência em investimentos em tecnologia, já trabalhando com dados filtrados para recomendação de coleções e moda digital, o que facilita a produção dos produtos, nas etapas de prototipação e desenvolvimento das atividades da empresa.
O mais interessante é ver as fábricas da China desesperadas para aumentar sua produção, já trabalhando com softwares de visualização 3D e, já fazendo uso dessa tecnologia para as pré-vendas das suas coleções, antes de pilotar a peça.
Projeto viável de aplicação no Brasil
Modelos de negócio baseados em pré-venda vão ser destaques das produções de moda, mas agora o desafio é como trazer essas tecnologias e implementá-las no Brasil. O processo, a cabeça e os desafios mudam, mas com certeza, a moda digital vai dominar e atualizar o mercado brasileiro.
Um caso já citado da empresa Movin, do Rio de Janeiro, em que o tempo de pilotagem da peça que durava cerca de 30 dias, com o uso do processo digital cai para de 1 a 2 dias, enquanto a sua assertividade (índice de acerto em vendas da coleção) sobe de 15% para 55%.
Como você sai na frente
Para se atualizar, deve-se buscar uma casa de moda digital ou uma digital fashion house, que te dará acesso a prototipagem e desenvolvimento digital. Os custos da implementação dessa tecnologia ainda são altos, mas depois de implementado, você não irá se arrepender.
Referências: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/17543266.2021.1931476 https://www.mckinsey.com/industries/retail/our-insights/state-of-fashion https://www.forbes.com/sites/brookerobertsislam/2021/01/27/zara-meets-netflix-the-fashion-house-where-ai-replaces-designers-eliminating-overstock/?sh=68a5a70133ed https://reporterbrasil.org.br/2011/08/roupas-da-zara-sao-fabricadas-com-mao-de-obra-escrava/
