o Impacto do Hackvision na vida de uma estudante de Engenharia apaixonada por saúde

Luana Desiree
Hackvision 2020
Published in
4 min readApr 15, 2020

Crédito: VectorStory

Me chamo Luana Desiree, tenho 21 anos, sou estudante de Engenharia e sempre quis criar algo, consertar algo, fazer algo funcionar ou tentar impactar de alguma forma, quando se é muito jovem há um mundo de possibilidades e é comum pensar depois de um tempo fazendo uma graduação, e agora? O que eu gostaria de fazer? Eu gosto muito de robôs, tratores e máquinas industriais e logo pensei que seria nisso que eu gostaria de trabalhar, mas não… comecei a observar depois de um período complicado que passei na minha vida, o quanto a saúde é realmente, muito, muito preciosa e que proporcionar de alguma forma saúde para pessoas seria algo extremamente impactante, principalmente dentro de mim, pois não adianta tentarmos mudar o mundo, se não mudarmos primeiramente nós mesmos. Comecei a buscar e buscar mais como eu futura Engenheira poderia ajudar as pessoas trabalhando com isso e aos poucos começou a se tornar o sonho da minha vida, algo que realmente me fazia continuar em frente, levantar de manhã, estudar para as provas, pensar que eu poderia estar proporcionando mais saúde para alguém com algum processo ou dispositivo me inspirava cada dia mais.

Eu estava sempre atenta a qualquer evento de saúde que eu pudesse participar e assim tive a oportunidade de conhecer o projeto Hackvision e foi amor à primeira vista (hehheheh piadinha). Eu e minha equipe então fomos um dos ganhadores do Hackvision no tema “acesso”, um dos temas que me chamou muita atenção na inscrição, pois eu sabia que com ele eu poderia tentar algo que proporcionaria saúde de alguma forma para as pessoas. Da competição nasceu o “Argos”, um dispositivo desenvolvido para facilitar o acesso das pessoas ao primeiros exames focados na promoção da saúde ocular, e hoje eu e minha equipe equipe estamos o desenvolvendo.

Nesses últimos meses aprendi muito sobre o mundo por trás de um hospital, o que foi muito enriquecedor para mim que almejo permanecer próxima desse ambiente de alguma forma. Pude observar o quão complexo é para que todos os pacientes sejam bem atendidos, que além dos médicos há uma infinidade maior de profissionais que fazem toda essa engrenagem engrenar. Além disso, conheci vários ensinamentos de como pensar em tecnologia para a saúde como, por exemplo, nem sempre o projeto mais cheio de tecnologia será o melhor para o paciente, mas sim o que irá resolver, o que foi um impacto muito grande na vida de uma estudante de engenharia, que chegou animadíssima para tentar criar algo mais elaborado o possível. Na prática entendi mais ainda o que eu já sabia, tudo tem que gerar valor para as pessoas e tudo isso é exatamente para o bem estar delas, e é sobre as pessoas e o quanto isso irá impactar nelas.

Atualmente posso dizer que participar da competição me deu mais certeza ainda do que com quero trabalhar, além do mais, estou tendo experiências incríveis com todos os mentores e profissionais envolvidos, estou aprendendo muito e muito rápido como profissional e como pessoa.

Um conselho que eu daria para estudantes que tem um sonho assim como o meu, mas às vezes se sentem inseguros de dar o primeiro passo, deem o primeiro o passo, como diz Platão “ Tente mover o mundo — o primeiro passo será mover a si mesmo “

Curiosidade sobre o Argos

Uma outra paixão minha é a Grécia antiga, principalmente a mitologia Grega. Eu comentei com minha equipe na competição que eu gostaria que o nome do nosso projeto fosse Argos e eles gostaram da ideia. O nome “Argos” foi em homenagem ao Argus ou Argos Panoptes que era um gigante que tinha 100 olhos. “Panoptes” significa “aquele que tudo vê”. Era um monstro de cem olhos, fiel servo de Hera (deusa grega). Argos nunca dormia, pelo menos não por inteiro. Quando 50 olhos se fechavam para dormir, os outros 50 permaneciam abertos. Por isso mesmo era um excelente vigia. O meu desejo era que saísse daquela competição um dispositivo que proporcionasse acesso a saúde oftalmológica, que pudesse ser como 50 olhos que sempre irão ficar atentos a saúde das pessoas e também pudesse agir como o Argos Panoptes que tudo vê, assim identificando qualquer sinal de doenças oftalmológicas nas pessoas

Fonte: http://medievallegends.blogspot.com/2012/07/argus.html

Fonte: http://medievallegends.blogspot.com/2012/07/argus.html

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