Evangélicos criam torcidas organizadas e adotam três mandamentos: não beber, não brigar e não xingar

Hanrrikson de Andrade
hcortesandrade
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2 min readMar 2, 2016
Reprodução/Facebook Torcida Fogospel

Grupos evangélicos estão se organizando e vestindo a camisa de seu time de futebol do coração para torcer nos estádios. A diferença em relação às torcidas organizadas tradicionais é que os religiosos devem seguir três mandamentos básicos: não consumir bebidas alcoólicas antes, durante ou depois das partidas; não provocar ou se envolver em brigas e/ou confusões com outros grupos de torcedores; e não proferir palavrões ou qualquer tipo de xingamento no decorrer dos jogos.

O fenômeno das torcidas organizadas evangélicas surgiu em 2005, com a “Torcida Evangélica do Coritiba”, no Paraná. Hoje, esse tipo de organização se espalhou pelo país. No Rio, por exemplo, os dois principais representantes desse segmento são a “Fogospel”, formada por torcedores do Botafogo, e a “Flagospel”, que reúne flamenguistas evangélicos.

Questionado sobre a eficiência da proibição a palavrões e xingamentos, hábito popular do torcedor brasileiro, o presidente da Flagospel, Henrique Reinaldo da Silva, afirmou à reportagem do UOL que todos os integrantes das torcidas evangélicas acabam passando por um processo de reeducação e conscientização.

“Você realmente não escuta palavrão porque essa é uma das poucas regras que nós colocamos. Não brigamos, não bebemos e não falamos palavrão. É claro que existem pessoas que não são evangélicas e se juntam a nós por conta do clima mais tranquilo, elas acabam cedendo ao ímpeto de xingar um determinado jogador, por exemplo. Mas para quem é efetivamente integrante da torcida evangélica, isso é mais do que uma regra, é uma questão de bom exemplo”, explica.

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Rio de Janeiro, 13/07/2012

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