Máfia de ingresso na Rio-2016 é maior que da Copa e lucraria até R$ 10 mi

Hanrrikson de Andrade
hcortesandrade
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2 min readSep 27, 2016
Vídeo registra momento no qual a polícia encontra ingressos da Rio-2016 no cofre de Kevin James Mallon (Reprodução)

O esquema internacional de venda de ingressos da Olimpíada divulgado nesta segunda-feira (8) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro é maior do que o descoberto na Copa do Mundo de 2014.

A afirmação é do delegado coordenador do Nage (Núcleo de Apoio aos Grandes Eventos da Polícia Civil), Ricardo Barbosa. Segundo ele, a quadrilha lucraria até R$ 10 milhões com o cambismo na Olimpíada.

De acordo com investigações, a empresa britânica THG liderava o esquema no Rio. Na sexta-feira (05), um dos diretores da empresa, Kevin James Mallon, foi preso em flagrante em um hotel da Barra da Tijuca com 813 entradas de alto valor para eventos olímpicos. Durante a Copa do Mundo, James Sinton, outro diretor da companhia, já havia sido preso no Rio por cambismo.

Barbosa afirmou que essas entradas estavam sendo vendidas por valores bem acima do oficial, o que configura o crime de cambismo. O delegado informou que um ingresso para a abertura da Olimpíada, que oficialmente custava R$ 1.400, estava sendo revendido por até US$ 8.000, ou seja, mais de R$ 24 mil.

“Estamos falando de uma quadrilha internacional, com várias ramificações e com vários operadores”, explicou Barbosa. “Os ingressos apreendidos, juntos, custariam R$ 626 mil reais.”

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Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2016

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