Investindo para a felicidade.

Helder Gurgel
Helder Gurgel
Published in
6 min readAug 29, 2020

Por quais sensações e experiências eu seria capaz de abrir mão de todo o dinheiro que tenho?

Arcuri, Nathalia. Me Poupe!: 10 passos para nunca mais faltar dinheiro no seu bolso . Sextante. Edição do Kindle.

Este é o primeiro artigo sobre como estamos pensando em estruturar a nossa vida financeira para garantir a realização de nosso sonho: atingir a independência financeira para realizar mais viagens.

Espero que goste e conto demais com suas considerações. Tenho certeza que temos muito a conversar.

Agora sem mais delongas, vamos que vamos :)

Amadurecendo nossos objetivos

Dinheiro não traz felicidade. Este dito popular é sempre repetido, principalmente pelos mais velhos, mas não é fácil de ser compreendido (principalmente por quem ainda não tem dinheiro :).

Sempre que pensava sobre, vinham em minha mente piadas do tipo:

"Se dinheiro não trás felicidade então dê o seu para mim" ou

"Dinheiro não trás felicidade, mas paga a fatura do cartão de crédito, que é quase a mesma coisa"

O que agora entendo é que: dinheiro por dinheiro não traz felicidade.

Não foi sugerido que não tivéssemos dinheiro.

Em sua essência, parece ser um alerta sobre para que o dinheiro realmente serve: para viabilizar a felicidade (não ser o motivo da felicidade em si).

Enquanto pensava, por sugestão de Nathalia Arcuri, sobre que tipo de experiências estaria eu perseguindo ao cuidar de minha vida financeira, vi que estava à deriva. Não sabia o que queria e nem qual era a definição de riqueza a qual buscava.

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Identificar o que você "gostaria tanto que abandonaria tudo o que construiu" é o primeiro passo para definir o quanto vale a pena investir hoje para garantir estas experiencias amanhã.

Se você anda:

  • Questionando-se de vez em quando se vale a pena investir dinheiro para um amanhã que talvez nunca chegue ou;
  • Entra em seu banco/corretora constantemente para analisar a rentabilidade de sua carteira ou;
  • Fica em dúvida se está fazendo os investimentos corretos ou;
  • Compara-se com outros, principalmente amigos, sobre quem está fazendo o melhor investimento (o que causa mais sensações ruins porque a grama do vizinho sempre parece mais verde)…

… talvez seja hora de parar e buscar saber sobre o que é riqueza para você e sobre como você pode perseguí-la.

O que realmente almejo?

Este simples exercício vai ajudar na busca de inspiração:

  1. Procure um canto silencioso onde possa passar 15 minutos;
  2. Sente-se confortavelmente e tente imaginar: "o que eu gostaria de estar fazendo agora, que experiência me deixaria realmente feliz neste momento que eu não estaria pensando em dinheiro." (atenção, não pense em dinheiro, pense em experiência).
  3. Anote e tente simplificar, extraindo de que forma o capitalismo poderia te ajudar nisto.

Conseguiu pensar em algo?

Trocando experiências fica mais divertido.

Lembranças felizes

Recordações de viagens que fiz me vieram a cabeça quando me deixei levar por sentimentos bons.

Montanhas russas, passeios de barco, restaurantes, coisas deste tipo. Realmente estava feliz em poder usufruir a vida de turista, onde tudo o que deve fazer é se divertir.

Eu sabia que não queria morar nos locais que visitei, mas gostaria da possibilidade de visitá-los mais vezes. Eu gostava da viagem. Era como curtir experiências sem a preocupação com a próxima segunda-feira, sabe?

Não era uma questão morar em cidades turísticas ou viver comendo em restaurantes caros, mas buscar a possibilidade de garantir que estas experiências se repetiriam muitas e muitas vezes.

Algumas fotos de nossa última viagem

Guardando esta lembrança, tentei simplificá-la.

Definindo O objetivo (o primeiro de muitos)

Ter um fundo para viagens era algo que me empolgava (e já era uma grande realização que, quando atingida, viabilizaria aguardar a independência financeira com muito mais calma).

Já pensou na possibilidade de ter os recursos para sua próxima viagem antes mesmo de começar a curtir as fotos da primeira? É como viver de alegria em alegria, sempre traçando novos planos, curtindo desde a preparação da viagem quanto a escalação de quem vai junto.

Felicidade é encher a vida de tantas alegrias que é sempre prazeroso curtir um novo dia.

Ao concluir o exercício proposto de imaginar experiências, tinha meu objetivo financeiro bem definido. Sabia o por quê fazer pequenos sacrifícios: estou preparando o meu fundo de viagens.

Posso dizer não para gastos desnecessários porque sei o que estou construindo e a felicidade que me trará quando estiver tudo pronto.

Devo então procurar uma carteira de investimentos que me traga uma renda passiva suficiente para patrocinar viagens curtas e longas, para sempre.

Como? Quanto? Não demorará demais?

Tirando o sonho do papel e colocando-o em ação

Sabendo do objetivo real, está na hora de começar a meter a mão na massa e buscar o que eu realmente quero (fazer viagens com minha família de forma regular, aproveitando experiências).

Comecei a catalogar então perguntas que deveria responder e a buscar quem poderia me ajudar a trilhar a conquista deste objetivo. Não sou um especialista em investimentos, mas posso contar com a sabedoria de quem o é. Afinal, ninguém nasce sabendo, certo?

O primeiro passo que tive que entender foi como deveria estruturar minha carteira de investimentos. Se estou buscando uma maneira de pagar minhas viagens sem que eu tenha que trabalhar para isto, estou procurando ter sempre dinheiro disponível na conta, certo? Algo que fique me dando dinheiro para eu ir pagando as parcelas das viagens (como hotel, passagens aéreas, passeios etc). Seria mais ou menos como uma aposentadoria (mas com um montante de dinheiro menor).

O nome desta característica de pinga-pinga de dinheiro em sua conta corrente sem que você tenha que trabalhar é renda passiva e, pelo que pude notar, existem milhares de possibilidades de se montar uma carteira deste tipo (basta procurar no YouTube "carteira previdenciária").

De três coisas eu tinha certeza: primeiro que gostaria de montar a minha carteira providenciaria, segundo que gostaria de fazer isso sem ter que passar uma vida inteira lendo relatórios para saber o que seria uma boa empresa para investir e terceiro, não queria pagar uma fortuna em taxas para fundos e investimento.

A melhor alternativa que encontrei foi assinar algum relatório de uma casa de análises pelos primeiros anos para ir aprendendo como este pessoal que investe profissionalmente pensa no dia a dia. Aprender executando uma estratégia vencedora é a maneira mais fácil de aprender (pelo menos para mim).

Das muitas casas de análise e profissionais competentes, fui atraído pelas publicações de uma da Empiricus e do Felipe Miranda, chamada Double Income.

A ideia da carteira é simples: garantir renda passiva por meio do recebimento de cupons de Títulos do Tesouro (super seguros), rendimentos de aluguéis de Fundos de investimentos Imobiliários e dividendos de ações de empresas super consolidadas no mercado.

Sobre o que pesquisei, estes tipos de investimentos são super conceituados (desde que saibamos escolher no que estaremos investindo) e esta combinação de investimentos é usado por grandes investidores, principalmente na montagem de carteiras previdenciárias.

É entrar, acompanhar as publicações (que vão desde justificativas do porquê investir até o acompanhamento diário do mercado e no que estes movimentos podem influenciar as alocações da carteira). Simples e direto.

Meu trabalho então passa a ser acompanhar a evolução e garantir que estou seguindo as dicas sugeridas na proposta. Algo simples de fazer e que pretendo fazê-lo uma vez por mês (no momento de novos aportes).

Parece sensato não?

Quanto será investido? A lógica do 20–30–50

Neste artigo da Infomoney de maio do ano passado (2019) foi-me apresentada a seguinte proposta para separação da renda mensal.

20% para projetos financeiros (no meu caso, a construção do fundo para viagens e aposentadoria).

30% para gastos variáveis (garantir pequenas horas de lazer com minha família em viagens mais curtas enquanto não consigo montar um montante de renda passiva para garantir a execução automática da renda) e

50% para gastos fixos, ou qualidade de vida. (aqui é a parte mais difícil, porque tenho que reduzir bastante a qualidade de vida — carro, apartamento, financiamento, vestimentas — a fim de garantir o que é mais importante para mim e minha família, as viagens).

Impossível sei que não é, mas com certeza é um aprendizado que tentarei catalogar dia a dia nesta série de pequenos artigos (este está um pouquinho maior :).

Outras considerações

A ideia desta sequência de publicações será comentar sobre viagens e mostrar a evolução do quanto estes investimentos podem nos proporcionar (e, quando o objetivo for atingido, pensar em outros).

Assim acredito que possamos aprender juntos, um com o outro, sobre como proporcionar melhores experiências e financiá-las, eu com minhas considerações e você com seus comentários.

Vai ser um prazer dividir aprendizados. Eu desejo de coração que nossa amizade possa ser proveitosa.

Consegue compartilhar comigo o que mais te motiva para investir?

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