Beyoncé: o impacto cultural sobre o lançamento de Lemonade
O álbum conceitual Lemonade, lançado em 23 de abril de 2016, da cantora norte-americana Beyoncé, colocou mais de 12 músicas, simultaneamente, na Billboard Hot 100, dando título à artista como a primeira a fazer esse feito. É uma obra aclamado pela crítica, ganhando nota 92 no Metacritic, além de incluir gêneros musicais distintos dentro de um álbum só. Gêneros como: r&b, rock, reggae, country, entre outros.
O álbum tem uma importância cultural e política muito grande, pois faz críticas a violência policial contra a população negra, que vem acontecendo durante os anos. Beyoncé quis ressaltar a força da população negra, ganhando destaques nas músicas e videoclipes como "Formation", "Freedom" e "Forward".
Essa era, definitivamente, não deu foco no público geral e/ou majoritariamente comercial, tendo em vista a celebração das origens africanas, além dos temas como: feminismo, força e vulnerabilidade da mulher preta.
Beyoncé vem se consagrando como uma artista que usa sua voz para lutar por causas raciais, trazendo representatividade e empoderamento negro.
Com esse impacto cultural, Beyoncé e suas obras também começaram a ser objetos de estudo ao redor do mundo. Temas como: raça, feminismo, impacto cultural, gênero e controle de carreira, foram usados em Universidades como Copenhague (Dinamarca), Harvard (Massachusetts), Rutgers (Nova Jersey), entre outras. O Brasil não ficou de fora, o instituto SESC Carmo (São Paulo), criou o curso chamado "Politizando Beyoncé: raça, gênero e sexualidade", provando que a artista chegou em um nível elevado, mostrando sua influência e relevância mundial.
Com tamanha aclamação, Lemonade ganhou seu reconhecimento, sendo o álbum feminino solo mais premiado de todos os tempos, com mais de 100 prêmios, incluindo 2 Grammys, 8 VMAs e o raro Peabody Awards.