Crypta e a potência do Death Metal brasileiro/holandês
A banda que começou em 2019 como um projeto paralelo das agora ex-integrantes do Nervosa, Fernanda Lira e Luana Dametto, com uma ideia de tocar algo diferente de sua banda principal, agora aparece com força total para o mundo.
Quando aparentavam estar no melhor momento de suas carreiras, houve uma virada que poderia provocar um recomeço do zero. Mas, por conta dessa saída repentina para os fãs, o que seria paralelo se tornou principal, dando um pouco de alívio no meio do caos. Com a missão de trazerem de volta um death metal old school, mostram aquela agressividade característica tão amada.
“Mas no final, quando tudo aconteceu e eu tive que sair do Nervosa, foi muito reconfortante que o Crypta estivesse lá, porque quando eu deixei a banda eu estava emocionalmente muito mal.”
Embora inicialmente a ideia tenha sido trazer a tona um som com características mais clássicas, seu álbum de estreia, ‘Echoes of the Soul’, carrega muitas influências pessoais, trazendo um misto de gêneros que deu super certo. Como cada integrante tinha como principal influência diferentes vertentes do metal, é possível notar que há um pouco de cada uma no álbum.
O processo de produção durou bastante tempo, o que Fernanda considera positivo, pois foi possível fazê-lo ficar exatamente como queriam. A falta de shows durante a pandemia tirou um pouco da urgência de lançar um material imediatamente, fato que provocou uma diminuição da pressão e deu tempo o suficiente para analisarem todas as etapas necessárias para alcançar a maior qualidade possível.
“(…) Pelo menos tivemos o tempo adequado para garantir que entregamos a melhor qualidade possível.”
Cada etapa foi mostrada pela banda através de vídeos em suas redes sociais, o que trouxe ainda mais ansiedade e expectativa por parte dos fãs. Com o lançamento, em junho deste ano, todas elas foram alcançadas com altas doses de técnica e agressividade. Algumas letras tem total relação com o momento de renovação que ocorreu na transição de uma banda para outra.
O fato de assinarem contrato com a Napalm Records, gravadora de bandas como Powerwolf e Jinjer, antes mesmo de um lançamento serviu como incentivo, pois ficou claro que todos acreditavam que a banda teria potencial para ser grande. Seu crescimento, desde esse início promissor, já é nítido.
“No geral, a banda está muito animada e se sentindo tão sortuda por ter tido a chance de um grande começo!”
Os primeiros passos para um segundo álbum já começaram. Ainda que da mesma forma que o primeiro, a passos lentos, a vocalista se mostra inspirada e com várias ideias. Ela enxerga que toda a experiência que teve no Nervosa, sendo boa ou ruim, vai servir como bagagem para seguir com a Crypta por muitos anos, que já estão sendo planejados.
“E eu realmente quero trazer toda a experiência, tanto boa quanto ruim, que tive no Nervosa para realmente fazer isso acontecer por anos e anos.”
