Diamante e seu futuro promissor na música

Bruna Dias
Hello Band

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Diamante certamente é uma artista que muitas pessoas ainda não conhecem no Brasil, mas com certeza ainda vão ouvir falar. A talentosa cantora americana de hard rock, que mescla um estilo clássico com um toque alternativo e moderno, só mostra que tem potencial para crescer.

Um dos principais objetivos dela é trazer o rock de volta para as grandes massas, já que ultimamente ele perdeu um enorme espaço para o pop entre as gerações mais jovens.

Com pouco tempo de carreira, evidentemente um dos pontos mais altos foi uma parceria com Benjamin Burnley, vocalista da banda Breaking Benjamin, banda que ela fez uma grande turnê antes da pandemia. O clipe se inicia falando justamente sobre esse processo e dando força para todos que estão enfrentando esse novo normal. Um incrível cover de Iris do Goo Goo Dolls.

Você deve se perguntar se esse é mesmo o nome dela e sim, é. Com esse nome e o sobrenome Azzura, que tem como significado azul em italiano, construiu uma identidade visual baseada nisso. Em sua juventude era loira, mas em um momento de transição da adolescência para a vida adulta, decidiu mudar para o azul, porque, segundo ela, poderia funcionar como uma marca.

“Acho que funciona, porque meu nome é Diamante. (…) Para mim, diamantes são azuis e para fins de branding funciona e eu gosto disso.”

Seu primeiro álbum intitulado ‘Coming in Hot’ apresenta músicas incríveis com uma pegada bem rock and roll anos 80 e fala sobre como ter atitude e ser uma mulher forte que está sempre pronta para encarar qualquer coisa. ‘Fight Like a Girl (F.L.A.G.)’ é um exemplo de música que serve para exaltar o poder feminino e dá um recado direto sobre enfrentar o mundo como uma garota.

Mesmo com toques de um rock mais clássico, Diamante deixa bem claro que não quer simplesmente repetir algo que já foi criado, mas sim crescer a partir disso. Ela acredita que suas experiências fazem com que ela se torne diferente e evolua, o que traz uma consciência e vontade de ir para frente e crescer.

“Só sei o que está em mim e acredito em evoluir organicamente. A cada seis meses, sinto que me torno uma pessoa totalmente diferente e passo por todas essas experiências diferentes.”

Com o lançamento de ‘American Dream’, seu segundo álbum, a cantora foi capaz de mostrar um amadurecimento tanto na autenticidade das composições quanto na sonoridade. O fato de ter se lançado como uma artista independente sem dúvida teve grande papel nisso.

Ela considera que existem desafios tanto quanto numa gravadora, mas ocorre um tipo diferente de pressão, pois quando se trabalha por conta própria não é necessário se moldar de acordo com o que outras pessoas querem, mas no caso de um erro, a culpa é somente dela. Porém a cantora não sentiu tanta dificuldade nesse sentido, afirmando que se divertiu na criação do álbum.

Diamante destaca que ganhou liberdade para escrever sobre sua vida, como em um diário. Fala não só de pontos positivos, mas de absolutamente tudo que realmente passou para chegar em quem é hoje. Soa diferente do primeiro álbum, que apenas transparecia força e nunca um lado ruim. Esse serve para mostrar que ela também tem fragilidades.

“Cada palavra neste álbum é meu diário pessoal gritando na sua cara. Este álbum não tem limitações, restrições ou filtros, na verdade”

Nele há uma narrativa que conta uma história, partindo de um momento de dor, passando por um conflito interno, que é representado em ‘Ghost Myself’, até chegar a uma recuperação de autoestima com um fim positivo. A artista acredita que escrever sobre isso a ajudou a superar e quer, através de suas composições, tornar melhor quem passou por essas mesmas situações.

Ouça American Dream — DIAMANTE

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