“NEW ROMANTICS”: o movimento musical pós-punk que causou magnetismo à Grã-Bretanha dos anos 80

Pop e sintetizadores, maquiagens atrativamente coloridas, vestes especiais e boas doses de modernismo. Esse é um conjunto de fortes características que fazia os novos românticos ultrapassarem o conceito da normalidade da década de 80 — isso após um momento turbulento na história da Grã-Bretanha. Antecipadamente aconteceu a crise econômica de 1970, que se deu por conta de atitudes tomadas depois da Segunda Guerra Mundial desenvolvendo alta inflação, conflitos políticos e enfraquecimento das indústrias pela falta de modernização. Como consequência, houve uma brusca mudança na vida da população local e os mais novos também foram pegos pelo desastre: muitos estudantes precisaram abandonar a escola e a conquista de emprego parecia raridade. Ainda em meio ao colapso, porém, procederam notáveis transições relacionadas à cultura. Os clubes de música ganharam seu momento de brilhantina, assim como o nascimento da famosa MTV. Dessa maneira, pela ocasião, as mentes jovens encontraram uma oportunidade de usar essa parte do período ao seu favor e inovaram de tal jeito que o comum acabou sendo totalmente ofuscado.

Clubes e bares de Londres inicialmente foram o ponto de encontro de inúmeras pessoas e suas bandas. Meninos e meninas se inspiravam na imagem de David Bowie e não poupavam criatividade na hora de se produzirem para subir ao palco ou apenas dançar com a plateia, o que muitas vezes ia desde o penteado de cabelo até os calçados. O convencional entorno do “certo ou errado” não os assustava. Na realidade, romper ideias e chamar atenção com a extravagância e estilo de vida fazia parte da história.

O brilho da noite tornou-se o mais amado e lucrativo: conforme o disco rodava, mais consideravam isso uma chance de gerar dinheiro. A imprensa enxergou o sucesso e as notícias sobre tecnologia, DJ’s e música eram cada vez mais corriqueiras, o que abrangia os novos gêneros musicais populares e trazia novidades acerca de seus artistas. O visual também ficou evidente nos videoclipes lançados, assim como batidas eletrônicas constantemente possuírem utilidade nas canções. Os new romantics fizeram-se uma febre espalhada facilmente pelo mundo, a todo instante impressionando e gerando animação para os fãs de pop. Diversas revistas também decidiram abandonar os conteúdos genéricos voltados aos jovens para falarem sobre a nova mania e tudo que estaria associado a ela. Embora a fase não tenha sido tão duradoura quanto outras, a sua existência foi de grande impacto caso consideremos a desordem anterior – uma mudança econômica, mesmo que finita, esteve visível devido à vaidade noturna.

Ouça algumas das bandas:

Referência: The New Romantics, Museum of Youth Culture.