Taylor Swift traz todas as suas emoções e seu romantismo em Lover

Bárbara Benini
Hello Band
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17 min readDec 5, 2019

Cantora lança álbum inspirado no amor e prova que a velha Taylor não morreu, só estava adormecida

Lançado oficialmente no dia 23 de agosto de 2019, o novo álbum de Taylor Swift a trouxe de volta a muitos momentos de sua carreira. Depois de “Reputation”, o qual trouxe uma grande mudança sonora e até uma personalidade mais desafiadora por parte de Taylor, a cantora retornou com alguns elementos do pop romântico da sua era “Fearless” e também com uma pegada mais vintage lembrando muitas vezes a sonoridade de “1989”. “Lover” pode ser considerado um retorno a muitos momentos da carreira da cantora como também o ponto alto dela ter encontrado em seu namorado, Joe Alwyn, um amor que se estabeleceu e se fortificou ao contrário de suas experiências anteriores.

Créditos de imagem: Portal Popline

Em entrevista a Revista Vogue, Taylor definiu o álbum como “Uma carta de amor ao amor, em toda sua glória enlouquecedora, apaixonante, emocionante, encantadora, trágica e maravilhosa”.

As músicas apresentadas como singles antes do lançamento do álbum foram “Me!” e “You Need to Calm Down”. No clipe da primeira e na capa do single da segunda vemos a transição de uma cobra para uma borboleta, marcando definitivamente o fim da era “Reputation” e o início da era “Lover”.

Antes de começar a analisar o álbum por suas faixas, devemos começar a destacar algo importante nele: a referência à cor azul. Isto acontece em cinco músicas diferentes ao longo do disco e são elas:

- Em Cruel Summer “Its blue, the feeling I’ve got” (É azul o sentimento que eu tenho);

- Em Lover “My heart’s been borrowed and yours has been blue” (Meu coração foi emprestado e o seu tem sido azul);

- Em Miss Americana & The Heartbreak Prince “We’re so sad, we paint the town blue” (Nós estamos tão tristes, pintamos a cidade de azul);

- Em Paper Rings “I’m with you even if it makes me blue which takes me back to the color that we painted your brother’s wall” (Estou com você, mesmo que me deixe azul o que me faz lembrar da cor que pintamos a parede do seu irmão) e

-Em Afterglow “I blew things out of proportion, now you’re blue” (Eu reagi exageradamente, agora você está azul).

Traduzimos a cor literalmente para conseguir chegar ao seu significado. Apesar de Blue ser azul em inglês, também pode ser traduzida como uma expressão que remete a um sentimento muito forte de tristeza. Porém, Taylor também pode ter feito uma referência a uma tradição americana bem antiga na qual se acredita que para ter sorte no casamento a noiva deve levar com ela algo velho, algo novo, algo emprestado (referência em “Lover”) e algo azul. Em “Miss Americana & The Heartbreak Prince” o verso “we paint the town blue” também se refere ao momento citado em “Paper Rings”. São quatro momentos e quatro citações da cor, podendo representar uma possível união matrimonial entre a cantora e o ator num futuro próximo.

Em “I Forgot That you Existed” Taylor exorciza sentimentos passados. Saindo de uma era mais obscura para dar o tom do álbum, a faixa muito provavelmente refere-se às polêmicas de Taylor com Kanye West no verso And I couldn’t get away from ya, in my feelings more than Drake” (E eu não conseguia me afastar de você, nos meus sentimentos mais que o Drake), já que ela também cita Drake um dos maiores desafetos de Kanye nela. Entretando muitos fãs também entendem que algumas partes se referem a seu ex-namorado Calvin Harris “Would’ve been right there, front row, even if nobody came to your show” (Teria ficado logo ali, na primeira fila, mesmo que ninguém fosse ao seu show). Ela fecha o capítulo “Reputation” no verso “Got out some popcorn as soon as my rep started going down, down, down(Pegou uma pipoca assim que a minha reputação começou a cair, cair, cair) e supera seus desafetos em “then one magical night I forgot that you existed and I thought that it would kill me, but it didn’t(Mas você mostrou quem você é, e então, em uma noite mágica eu esqueci que você existia e eu pensei que isso iria me matar, mas não matou).

Sobre “Cruel Summer”, em entrevista para o Spotify Taylor disse: “Eu queria que essa música fosse como um amor de verão desesperado que poderia já estar condenado desde o começo”, remetendo a “Getaway Car” do álbum anterior, “Reputation”, onde Taylor fala sobre a noite em que conheceu Tom Hiddleston no MET Gala de 2016 e traiu Calvin Harris “I wanted to leave him, I needed a reason(Eu queria deixá-lo, eu precisava de um motivo), também falando “Nothing good starts in a getaway car(Nada de bom começa em um carro de fuga) traçando um paralelo direto a sua declaração. Ela reforça essa ideia em alguns versos de “Cruel Summer”, como “Devils roll the dice, angels roll their eyes, what doesn’t kill me makes me want you more(Demônios jogam os dados, anjos reviram os olhos o que não me mata me faz te querer mais). Notamos que Taylor faz um esforço para esse relacionamento dar certo, porém, ao mesmo tempo ela parece estar interessada em outra pessoa que vem a ser seu atual namorado Joe Alwyn que ela conheceu no mesmo período em que estava com Tom Hiddleston e notamos isso no verso “I dont wanna keep secrets just to keep you” (Eu não quero guardar segredos apenas para manter você).

Créditos de Imagem: Revista Rolling Stone e Instagram de Taylor Swift @taylorswift onde a cantora postou a imagem com a legenda “It’s blue the feeling I’ve got”.

Já na música título “Lover” podemos notar que a letra é totalmente direcionada a seu relacionamento com Joe Alwyn. Logo no início da canção, a cantora demonstra ter uma grande intimidade com o parceiro “Have I known 20 seconds or 20 years” (Eu te conheço há 20 segundos ou 20 anos?). Também apresenta uma Taylor ciumenta, quase possessiva “And I’m highly suspicious that everyone who sees you wants you” (E eu suspeito profundamente que todo mundo que te vê te deseja). O relacionamento de Taylor e Joe se manteve secreto por alguns meses e não comentado pela mídia diferentemente de seus relacionamentos anteriores e isso fica claro no verso “I’ve loved you three summers now, honey, but I want ’em all” (Eu já te amo há três verões, querido, mas eu quero todos eles). Tanto que ela já havia feito menções a seu amado nas músicas “Gorgeous” e “Delicate” do álbum “Reputation”.

O clipe da música remete a um cenário diferente para cada trabalho anterior da cantora. Tal informação foi praticamente confirmada pela cantora após ela ter retweetado uma imagem de um fã no twitter, confirmando assim essa teoria.

Créditos de Imagem: Twitter @selendaxo

A faixa “The Man” refere-se a sociedade machista na qual uma mulher necessita o dobro de esforço para conquistar suas realizações, pois para um homem tudo vem mais fácil “I’m so sick of running as fast as I can, wondering if I’d get there quicker if I was a man” (Eu estou tão cansada de correr o mais rápido que consigo, imaginando se eu chegaria lá mais rápido se eu fosse um homem). Também fala sobre como não seria chamada de vadia por ter tido vários namorados caso fosse um homem “I would be complex, I would be cool, they’d say I played the field before I found someone to commit to, and that would be okay for me to do” (Eu seria complexo, seria descolado, eles diriam que eu peguei todas antes de achar alguém para me comprometer, e não teria problema nenhum em eu fazer isso). Também faz uma referência a “Shake It Off” do álbum “1989” em “And they would toast to me, oh, let the players play” (E eles brindariam a mim, oh, deixem os jogadores jogar).

As faixas de número 5 sempre são canções mais pessoais e íntimas para Taylor e em “The Archer” não é diferente. A cantora faz uma viagem por todas as suas experiências amorosas nessa faixa “I’ve been the archer, I’ve been the prey, who could ever leave me, darling? But who could stay?” (Eu fui a arqueira, eu fui a presa, quem poderia me deixar, querido? Mas quem poderia ficar?). E apresenta certa vulnerabilidade quanto ao temor em ter mais decepções amorosas como em “All the king’s horses, all the king’s men, couldn’t put me together again, ’cause all of my enemies started out friends, help me hold on to you” (Todos os cavalos do rei, todos os homens do rei, não poderiam juntar meus pedaços novamente, porque todos os meus inimigos começaram amigos, me ajude a contar com você).

“I Think He Knows” marca o início de paquera entre Taylor e Joe. Tal momento do relacionamento geralmente é marcado por esse jogo de gato e rato, em outras palavras, quero ou não quero, e isso fica bem claro quando ela expressa o verso “I think he knows, he better lock it down, or I won’t stick around, ’cause good ones never wait” (Eu acho que ele sabe, é melhor ele se decidir, ou eu não vou ficar por perto, porque os bons nunca esperam) e em contraponto mostra o quão envolvida na situação ela já está “I am an architect, I’m drawing up the plans(Eu sou uma arquiteta, estou desenhando os planos).

“Miss Americana & The Heartbreak Prince” é uma metáfora do ensino médio para o mundo político atual vivido pelos Estados Unidos com o governo Trump “The whole school is rolling fake dice, you play stupid games, you win stupid prizes” (A escola inteira está jogando dados viciados, você joga jogos estúpidos, você ganha prêmios estúpidos). Também fala sobre encontrar uma pessoa que te ama e se importa com você por mais confuso e pútrido que o mundo esteja, provando que o amor pode superar qualquer barreira. “My team is losing, battered and bruising, I see the high fives between the bad guys, leave with my head hung, you are the only one, who seems to care” (Meu time está perdendo, espancado e machucado, eu vejo os cumprimentos entre os caras ruins, me deixando de cabeça baixa, você é o único que parece se importar). Também lembra o fato dela ter sido chamada de calculista e cobra nesse período assim como Hilary Clinton (They whisper in the hallway “she’s a bad, bad girl”) (Eles sussurram no corredor “ela é má, uma garota má”).

No início de “Paper Rings” Taylor volta ao momento comentado em “I Think He Knows”: “Cat and mouse for a month, or two, or three, now I wake up in the night and watch you breathe” (Gato e rato por um mês, ou dois, ou três, agora eu acordo no meio da noite e vejo você respirar). A música fala sobre como o amor importa mais que qualquer coisa no mundo, incluindo as materiais. A cantora diz não precisar de joias, pois o sentimento é o mais importante. Sendo assim, sugere um casamento com anéis de papel para demonstrar que a coisa mais brilhante em seu relacionamento é o amor. “I like shiny things, but I’d marry you with paper rings” (Eu gosto de coisas brilhantes, mas eu me casaria com você com anéis de papel).

“Cornelia Street” é uma rua em Nova York onde Taylor alugou uma casa no bairro Greenwhich Village/West Village. Logo no início do relacionamento, ela e Joe viveram neste lugar por um período “I rent a place on Cornelia Street, I said casually in the car” (Eu aluguei uma casa na Rua Cornelia, eu disse casualmente no carro). Taylor menciona “And baby, I get mystified by how this city screams your name” (E, querido, eu fico perplexa com a forma como esta cidade grita seu nome), pois apesar de Joe ser britânico, Nova York já faz ela lembrar dele. Fala também sobre ela não conseguir mais passar por esse lugar caso um dia o relacionamento chegue ao fim “I hope I never lose you, hope it never ends, I’d never walk Cornelia Street again, that’s the kinda heartbreak time could never mend” (Espero nunca te perder, espero que isso nunca acabe, eu nunca mais andaria na Rua Cornelia, esse é o tipo de decepção amorosa que o tempo nunca poderia consertar). Também cita uma briga que tiveram logo no início dessa epóca seguida de uma rápida reconciliação “I thought you were leading me on, I packed my bags, left Cornelia Street before you even knew I was gone, but then you called, showed your hand, I turned around before I hit the tunnel, sat on the roof, you and I” (Eu pensei que você estava me enganando, eu arrumei minhas malas, saí da Rua Cornelia antes mesmo de você saber que eu tinha ido embora, mas então você ligou, mostrou sua mão, eu me virei antes de chegar no túnel, sentados no telhado, você e eu).

Casa de Taylor Swift na Cornelia Street. Créditos de Imagem: Capricho

“Death By a Thousand Cuts” é a única música do álbum que fala sobre término. Destoa dessa forma, pois Taylor a escreveu após se emocionar com o filme da Netflix “Alguém Especial”. Após chorar por semanas com o enredo, ela resolveu escrever uma música sobre a mensagem do mesmo “Saying goodbye is death by a thousand cuts, flashbacks waking me up, I get drunk, but it’s not enough, ’cause the morning comes and you’re not my baby” (Dizer adeus é uma morte por mil cortes, recordações me acordam, eu fico bêbada, mas não é o suficiente, porque a manhã vem e você não é meu amor). A cantora compõe esse tipo de música como ninguém e enumera sentimentos aos quais se aproxima dos fãs, pois atire a primeira pedra quem nunca passou por uma situação assim “I ask the traffic lights if it’ll be alright They say: I don’t know” (Eu pergunto ao semáforos se vai ficar tudo bem, eles dizem: Eu não sei).

“London Boy” é uma referência a Joe Alwyn ser londrino. Sobre como uma americana logo se apaixonou por seu sotaque e pelas coisas que aprendeu a amar acerca de Londres por causa de seu amado. “You know I love a London boy, I enjoy nights in Brixton, Shoreditch in the afternoon” (Você sabe que eu amo um londrino, eu gosto de noites em Brixton, Shoreditch à tarde) são apenas algumas das diversas referências a cidade. Podemos notar também uma referência a música de seu trabalho anterior, “Reputation”, “King Of My Heart” Salute to me, I’m your American Queen, and you move to me like I’m a Motown beat” (Saúde-me, sou sua Rainha Americana, e você dança pra mim como se eu fosse uma batida de Motown) e cita em “London Boy” “I love my hometown as much as Motown, I love SoCal and you know I love Springsteen, faded blue jeans, Tennessee whiskey” (Eu amo minha cidade natal tanto quanto Motown, eu amo o sul da Califórnia, e você sabe que eu amo Bruce Springsteen, calça jeans desbotada, uísque do Tennessee) lembrando que apesar de ter começado a amar as coisas sobre Londres, ela ainda é uma típica garota americana.

“Soon You’ll Get Better” em parceria com as Dixie Chicks foi escrita por Taylor em referência ao câncer de sua mãe. Após vencer a doença uma vez, ela foi rediagnosticada em março desse ano. A cantora disse que foi muito difícil escrever essa canção e que foi uma decisão de família a colocar no álbum. Ela fala sobre o momento em que esteve lá quando sua mãe foi diagnosticada “The buttons of my coat were tangled in my hair, in doctor’s office lighting, I didn’t tell you I was scared” (Os botões do meu casaco estavam emaranhados no meu cabelo, na iluminação do consultório médico, eu não te contei que estava com medo). Também mostra como sua mãe está enfrentando a situação como uma verdadeira lutadora “You like the nicer nurses, you make the best of a bad deal” (Você gosta das enfermeiras mais legais, você tira o melhor de algo ruim) e como ela sente um medo arrebatador de perder a sua mãe “And I hate to make this all about me, but who am I supposed to talk to? What am I supposed to do if there’s no you?” (E eu odeio fazer tudo girar em torno de mim, mas com quem devo falar? O que eu devo fazer se não houver você?) e ao mesmo tempo tenta tirar isso da cabeça dizendo para si mesma que tudo vai ficar bem.

“False God” representa os altos e baixos da sua relação à distância com Joe no início de namoro deles. “We were stupid to jump in the ocean separating us, remember how I’d fly to you?” (Nós fomos estúpidos em pular no oceano que nos separava, lembra como eu voava até você?) O verso “They all warned us about times like this, they say the road gets hard and you get lost when you’re led by blind faith, blind faith” (Todos nos alertaram sobre momentos assim, nos disseram que a estrada fica difícil e você se perde quando você está sendo guiado por uma fé cega, fé cega) reforça a ideia dessa dificuldade devido a distância junto ao preconceito que as pessoas costumam ter com relacionamentos do tipo. Taylor comenta sobre brigas com Joe as quais ela o desafiava a deixá-la “And you can’t talk to me when I’m like this, daring you to leave me just so I can try and scare you, you’re the West Village, you still do it for me, babe” (E você não consegue falar comigo quando estou assim, te desafiando a me deixar só pra poder te assustar, você é o West Village, você ainda serve para mim, querido), entretanto no refrão Taylor deixa bem claro que eles podem trabalhar juntos para o relacionamento de certo “But we might just get away with it, religion’s in your lips, even if it’s a false god we’d still worship” (Mas talvez possamos nos safar disso, a religião está em seus lábios, mesmo que seja um falso deus, nós ainda adoraríamos).

Em “You Need to Calm Down” Taylor fala sobre como não deixou se abalar por ser chamada de cobra “And obsessin’ ‘bout somebody else is no fun, and snakes and stones never broke my bones” (E ficar obcecado por outra pessoa não é divertido, e cobras e pedras nunca quebraram meus ossos). A cantora faz importantes críticas nessa canção como, por exemplo, a todo tipo de ódio existente entre os seres humanos “You are somebody that we don’t know, but you’re comin’ at my friends like a missile, why are you mad when you could be glad?” (Você é alguém que não conhecemos, mas você parte pra cima dos meus amigos como um míssil, por que você está bravo, quando você poderia estar contente?). Também repudia o ódio gratuito tanto para com as mulheres quanto em relação a comunidade LGBTQ+ “Sunshine on the street at the parade, but you would rather be in the dark ages” (O Sol brilhando na rua durante a parada gay, mas você preferiria estar na idade das trevas). E, finaliza criticando a mídia que coloca diversas mulheres empoderadas umas contras as outras, onde há espaço para todas brilharem “And we see you over there on the internet, comparing all the girls who are killing it, but we figured you out, we all know now,we all got crowns” (E nós vemos você lá na internet, comparando todas as garotas que estão arrasando, mas nós já te sacamos, todas nós sabemos agora, que todas nós temos coroas), mostrando uma Taylor mais madura em relação a mesma que escreveu “Better Than Revenge”, do álbum “Speak Now”, na qual direcionava palavras pesadas a uma atriz que estava namorando seu ex. “You Need to Calm Down” é uma música necessária nos dias atuais e agradecemos Taylor por isso.

Capa do single “You Need To Calm Down”. Créditos de Imagem: Twitter @updateswiftbr

Em “Afterglow” a cantora pede desculpas pelas brigas com o seu namorado, demonstrando que às vezes seus ciúmes é exagerado. “I pinned your hands behind your back, oh, thought I had reason to attack, but no” (Eu prendi suas mãos atrás de suas costas, oh, pensei que eu tinha motivo pra atacar, mas não). Ela admite seus erros e é honesta ao pedir desculpas por eles. “Hey, it’s all me, in my head, I’m the one who burned us down, but it’s not what I meant, sorry that I hurt you” (Ei, é tudo culpa minha, na minha cabeça, fui eu quem nos queimou, mas não era o que eu queria, me desculpe por ter te machucado).

A faixa “Me!” conta com a participação especial do cantor Brendon Urie do Panic At the Disco! e também toca na tecla dos ciúmes dentro de uma relação “I know that I went psycho on the phone, I never leave well enough alone” (Eu sei que fiquei louca no telefone, eu nunca lido bem o suficiente quanto estou sozinha). Em paralelo, mostra a reação de seu parceiro a seus ciúmes “And then we had that fight out in the rain, you went after me and called my name, I never wanna see you walk away” (E então nós tivemos aquela briga na chuva, você foi atrás de mim e chamou meu nome, eu nunca quero te ver ir embora). Ao mesmo tempo, Taylor fala que apesar dessas coisas acontecerem ela compensa no romantismo “Baby doll, when it comes to a lover, I promise that you’ll never find another like me” (Amorzinho, quando se trata de uma amante, eu prometo que você nunca encontrará outra como eu).

Em “It’s Nice To Have a Friend” a cantora fala sobre estágios de uma relação construída com base em uma amizade. “Wanna hang out? Yeah, sounds like fun, video games, you pass me a note, sleeping in tents, it’s nice to have a friend” (Quer dar uma volta? Sim, parece divertido, videogames, você me passa um bilhete, dormindo em tendas, é bom ter um amigo). A seguir, podemos perceber como a relação começa a evoluir no verso “Something gave you the nerve to touch my hand” (Algo te deu a coragem de tocar na minha mão) e como vai começando a nascer algo a mais do que uma amizade em “Church bells ring, carry me home, rice on the ground looks like snow, call my bluff, call you babe, have my back, yeah, every day, feels like home, stay in bed, the whole weekend”. (O sino da igreja toca, me leve para casa, o arroz no chão parece neve, pague para ver, te chamo de amor, me apoie, sim, todos os dias, parece como um lar, fique na cama, o fim de semana inteiro).

Créditos de Imagem: Revista Rolling Stone e Instagram de Taylor Switf @taylorswift onde a cantora postou a imagem com a legenda “I once believed love would be burning red”.

A última faixa intitulada “Daylight” quase foi título do álbum antes de Taylor compor “Lover”. Tal canção reconhece os erros e os sofrimentos pelos quais ela já passou em sua vida amorosa “I wounded the good and I trusted the wicked, clearing the air, I breathed in the smoke” (Eu machuquei os bons e confiei nos perversos, esclarecendo as coisas, eu respirei a fumaça). A cantora mostra que isso não a define e que as vivências são para aprendermos e nos tornarmos pessoas melhores nos próximos relacionamentos. E, assim demonstra o quão bem se sente na relação em que está vivendo agora “I don’t wanna look at anything else now that I saw you, I don’t wanna think of anything else now that I thought of you, I’ve been sleeping so long in a 20-year dark night, and now I see daylight, I only see daylight” (Eu não quero olhar para mais nada agora que te vi, eu não quero pensar em mais nada agora que pensei em você, eu dormi por tanto tempo em uma noite escura de 20 anos, e agora, eu vejo a luz do dia, eu só vejo a luz do dia). A música também tem uma referência a canção “Red” “I once believed love would be (burning red), but it’s golden, like daylight” “Uma vez, eu acreditei que o amor seria (Vermelho ardente), mas é dourado, como a luz do dia” mostrando um amadurecimento da cantora a um amor que ela já vinha procurando naquela época quando escreveu no prólogo do álbum “Red” “Amor verdadeiro brilha dourado como a luz das estrelas e não desaparece ou entra em combustão espontânea. Talvez eu escreva um álbum inteiro sobre este tipo de amor se eu acha-lo algum dia”.

E, assim, Taylor finalmente escreveu um álbum inteiro sobre o amor com o qual sonhara há sete anos atrás.

Créditos de Imagem: Revista Rolling Stone e Instagram de Taylor Switf @taylorswift onde a cantora postou a imagem com a legenda “It’s golden, like daylight”.

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