Tears for fears e o grande sucesso com o álbum Songs from the big chair.

Lucas Gonçalves
Hello Band
Published in
3 min readJul 1, 2024

Considerado um lançamento atemporal, Songs from the big chair foi um marco na história do pop-rock dos anos 80.

“Welcome to your life. There’s no turning back.” Definitavemente, não tem caminho de volta depois de escutar Everybody wants to rule the world, música que toca os corações e nos leva a uma experiência mais que imersiva nas suas mais profundas melodias e composição poética.

Os anos 80 nunca mais foi o mesmo após o lançamento de Song from the big chair, segundo álbum de estúdio da dupla inglesa Curt Smith e Roland Orzabal, ou mais conhecidos por, Tears for Fears.

De maneira curiosa, o nome da banda vem de uma das experiências de vida que o Roland teve. Após o lançamento do primeiro LP da dupla, Acting my age, não obter sucesso, Roland decidiu passar a frenquentar uma terapia de um famoso psicanalista norte-americano chamado Arthur Janov que, tinha como base, um método conhecido por Grito Primal, se baseando na experiência do paciente reviver e exprimir os sentimentos que podem ter sido oprimidos no passado, dando então a inspiração do nome da banda “Trocar medos por lágrimas”.

Em 1983, a dupla que, até então, ja contava com a presença de um baterista, Manny Elias, e um tecladista, Ian Stanley, decalarava o nascimento do que viria a ser uma das bandas mais conhecidas de todos os tempos. No mesmo ano, a banda lançava o primeiro disco, conhecido por “The Hurting”, com singles que alcançaram holofotes e marcaram presença nas paradas músicais dos Estados Unidos. “Mad World” e “Change” foram um dos títulos que trouxeram sucesso para a banda.

Depois de 2 anos, em 1985, o segundo álbum da banda, “Songs from the big chair”, finalmente ganhava vida e trazia consigo músicas simbólicas e produções extraordinárias que, até os dias atuais, são categorizadas como as melhores da banda e do século.

Com produções meticulosas e melodias avassaladoras, a presença do clássico pop-rock dos anos 80 nas músicas nos teletransporta para a magia de um universo caótico que somente Tears for fears consegue reproduzir. A presença do teclado nas diversas composições da banda faz com que suas produções sejam muito marcantes e reconhecidas logo na primeira melodia.

“Everybody wants to rule the world”, “Head over Heels” e “Shout” representam esse clássico instrumental mais do que presente na história da banda.

Com o grande sucesso de dois ábuns, a banda lança o seu terceiro álbum oficial, Seeds of Love (1989), levando a dupla Curt e Roland ao seu primeiro hiato após a pressão dos holofotes e da fama.

“Depois de muitos anos, nós estamos tipo: ‘Está ficando um pouco entediante agora.’ Eu não consigo colocar meu coração nisso a menos que tenhamos algo fresco para dizer, fazer ou tocar.” Smith conta em uma entrevista para a Pitchfork.

Em 2000, Smith retorna aos trabalhos com Orzabal, lançando o disco “Everybody loves a happy ending.”

Tears for Fears tem títulos apaixonantes, inspiradores e avassaladores. De maneira cruel e poética, suas produções conseguem encantar e induzir o ouvinte a uma dimensão única e experimental.

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