Unindo gerações através da música
As mídias sociais impactam as novas gerações através da releitura de músicas e gêneros consagrados.
Não é de hoje que percebemos o quanto as mídias sociais possuem um grande alcance, e que o público alvo têm as mais diversas faixas etárias e se encontram nos mais variados tipos de nichos. Desse modo, o nicho de muitos perfis, nas redes sociais, tem como base a música para captação e apresentação de todo o seu conteúdo.
Não é estranho encontramos e descobrirmos diariamente novos gêneros musicais sendo criados. Um exemplo disso é o samba rock (mistura de samba com rock), o forrónejo (mistura de forró com sertanejo), piseiro, forró eletrônico e muitos outros.
Assim como acontece com o Youtube, entretanto, por ser usada como uma extensão para vídeos mais longos, o youtube perde um pouco do favoritismo quando se trata da comparação de alcance entre as duas plataformas.
Por ter se tornado uma estrutura cada vez mais inovadora, o TikTok concentra hoje um dos maiores públicos para os nichos musicais no brasil. É através dessa plataforma que muitos dos maiores sucessos musicais dos últimos dois anos foram lançados com “aprovação popular”, seja pela criação de dancinhas/coreografias; a criação de trends; ou divulgação em massa que gera um grande engajamento com outras pessoas, tornando a música do conhecimento de todos.
Apesar do mesmo ocorrer com as rádios, Tv’s e etc., é fato que as redes sociais ajudam a propagar informações na velocidade da luz, tornando o consumo do conteúdo muito mais abrangente e rápido.
Outro fato é que essa plataforma (TikTok) ajuda não apenas na divulgação e alcance, mas também serve hoje como um “medidor” de popularidade para as músicas lançadas no mercado.
Um exemplo de sucesso que mistura música e estratégias nas redes sociais pode ser visto com o casal Zé Felipe e a influenciadora Virgínia Fonseca. Todas as músicas lançadas por Zé Felipe estouram pelo brasil a fora, e podemos perceber que isso se deve não apenas ao talento do cantor, mas sobretudo, pelas estratégias de divulgação em massa, que são desenvolvidas pela sua esposa, que é também uma influenciadora digital.
Tudo isso remete a uma dúvida que posteriormente é respondida: as mídias impactam diretamente no que as antigas e novas gerações consomem de conteúdo em todas as áreas? Isso tem algum impacto no mercado musical? A resposta é um sonoro sim.
Quem nunca ouviu o clássico do forró de Luiz Gonzaga, rei do baião, “Carolina”? Segue abaixo um trecho da canção:
“[…] Eu quisera estar por lá (Carolina), pra dançar contigo um cote (Carolina), pra eu também dá um cheirinho (Carolina), e fungar no teu cangote (Carolina). Hum, hum, hum, Carolina, Hum, hum, hum, Carolina […]”
Essa música foi escrita e lançada em 1956. E supondo que as novas gerações, sobretudo as que não possuem raízes nordestinas, não conhecessem a música no ritmo do forró pé de serra, através das redes sociais, em 2022, se depararam com uma releitura ainda mais animada, que mistura forró com eletrônico e que virou trend dentro da plataforma do TikTok.
Sendo assim, é imprescindível dizer que, assim como a moda “vai e volta” com tendências, a música também pode fazer esse mesmo trajeto de ascensão e reinserção à medida em que os anos passam, afinal de contas, músicas também podem ser atemporais e unir gerações através delas.
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