Geração Perdida: crise, desemprego e desindustrialização no Brasil

Felipe Carvalho Brisola
Heterodoxos
Published in
12 min readAug 10, 2020
Imagens: Rehs Galleries, Rogério Cavalheiro/Futura Press/Estadão Conteúdo e fonte desconhecida

Depois da Belle Époque

O filme Meia Noite em Paris descreve com perfeição a estória de Gil Owen, um ex-roteirista que decide abandonar sua carreira no cinema para se dedicar à vida de escritor após se mudar para Paris com sua esposa com o intuito de mergulhar no universo literário da cidade. Como cereja do bolo o filme promove um encontro (após uma viagenzinha no tempo para o período da Belle Époque (1871–1914)) entre Owen e os grandes escritores da chamada Geração Perdida (Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald e Zelda Fitzgerald). Ao adquirir inspiração para seu livro por meio do contato com grandes nomes que escreveram verdadeiras obras primas da literatura mundial como O Grande Gatsby (1925) e Por quem os sinos dobram (1940), o nosso protagonista adquire uma fonte de conhecimento infinita e inigualável.

No entanto, conforme a estória se desenvolve é possível perceber que, na prática, esses grandes escritores carregam consigo grandes frustrações em suas vidas pessoais. Olhando sob a perspectiva histórica faz todo sentido pois é importante lembrar que Scott Fitzgerald teve uma relação extremamente conturbada com sua esposa Zelda Fitzgerald, e Hemingway que cometeu suicídio em Cuba aos 62 anos. Essas vidas conturbadas se devem muito ao contexto da época, mais especificamente às consequências da Primeira Guerra Mundial (1914–1918) que frustraram os ideais de futuro que o avanço da ciência e da tecnologia prometia nos anos que precederam a primeira grande catástrofe global do século XX. Um mundo que supostamente seria guiado pela razão se defronta com uma guerra que usa o potencial da ciência, não para o bem, mas para a morte de milhões de pessoas, seja no front de batalha como soldados ou nas cidades como civis.

Scott Fitzgerald (esquerda) e Hemingway (direita) — Imagens: BETTMANN / GETTY e fonte desconhecida

Logo após a guerra, em 1929 temos o Crash da bolsa de valores de Nova York que joga o mundo (com exceção do Japão e da recém-criada União das repúblicas socialistas soviéticas (URSS)) em uma depressão econômica profunda. A esperança no mundo e na civilização foi frustrado por completo na primeira metade do século passado que enfrentaria em menos de 30 anos uma outra grande guerra.

No campo político destaca-se um aumento das organizações sindicais e operárias, o desprezo ao liberalismo econômico (considerado por diversos autores como sendo a principal causa da crise de 1929) e a partir dessa crítica começa a nascer a ideal do “planejamento econômico”, ou seja, a necessidade da intervenção estatal para equilibrar a economia e o emprego. O economista francês Bernand Gazier descreve como um modismo o uso do termo para retratar propostas que iriam desde o New Deal (1933) de Roosevelt nos EUA até os Planos Quinquenais (1928–1932) de Stálin na URSS. Tais tentativas não conseguiram reverter a crise no curto prazo, nos EUA por exemplo, a recuperação econômica de fato só aconteceria após o início da Segunda Guerra Mundial (1939–1945).

Hemingway e Fitzgerald utilizam os sentimentos dessa geração entristecida e traumatizada como inspiração para muitas de suas obras.

Guardada as devidas proporções, diante da crise pandêmica causada pela Covid-19, é possível traçar uma comparação entre a Geração Perdida proveniente do pós-primeira guerra e da crise de 29 e a atual geração brasileira (podemos considerar todos os países da América Latina em uma perspectiva mais ampla) que sairá ainda mais pobre da atual situação, que vem na esteira de uma série de crises econômicas anteriores.

A análise da economia brasileira a seguir, com ecos no sentimento do pós-primeira guerra se guiará por meio de três aspectos para o futuro: PIB, desindustrialização e relação entre crescimento da economia e da população.

PIB, desindustrialização e a crise brasileira

O primeiro aspecto mais evidente diz respeito à contração do PIB, que devido à pandemia pode ter segundo dados do FMI uma retração de 9,1% do PIB em 2020. O segundo aspecto que podemos destacar é o grave (e complexo) problema da desindustrialização que trataremos a seguir.

Desindustrialização é um fenômeno que afeta gravemente um país e sua juventude e que pode ser descrito de diversas formas. Os professores José Luis Oreiro e Carmem Aparecida Feijó (2010) destacam duas definições, tendo uma delas como base os estudos de Rowthorn e Ramaswany, a desindustrialização seria ”uma redução persistente da participação do emprego industrial no total de um país ou região” (dito de outra forma observa-se que o emprego industrial perde espaço para o setor primário e terciário) ou pela definição de Tregenna como “uma situação na qual tanto o emprego industrial como o valor adicionado da indústria se reduz como proporção do emprego total e do PIB”, ou seja, de tudo aquilo que é produzido de novo na economia de um país (valor adicionado), tem-se uma redução da participação da indústria nesse valor. Ao analisar uma economia e para perceber certo grau de desindustrialização não basta avaliar somente se a produção industrial está ou não em queda, mas deve-se avaliar a importância dessa indústria como fonte geradora de empregos.

Tendo em vista a descrição do fenômeno, podemos investigar suas causas e consequências que podem ser diversas. Se valendo novamente de Rowthorn e Ramaswany, Oreiro e Carmem (2010) destacam causas tanto internas quanto externas, sendo as internas:

“Uma mudança na relação entre a elasticidade renda da demanda por produtos manufaturados e serviços e o crescimento mais rápido da produtividade na indústria do que no setor de serviços ”

Olhando sob essa perspectiva, desindustrializar não parece algo problemático, mas algo natural no desenvolvimento econômico, pois conforme um país cresce, sua população tende a gastar mais com serviços (mudança na relação entre a elasticidade-renda da demanda por produtos manufaturados e por serviços) e a indústria tende a se automatizar gerando menos empregos (crescimento mais rápido da produtividade na indústria).

No entanto, esse tipo de desindustrialização tem como causa fatores internos e típicos de países desenvolvidos, como nos EUA e em países europeus. Oreiro e Carmem (2010) explicam que ainda é possível fazer uma nova divisão nesses países desenvolvidos entre aqueles que tendem a se especializar na produção de produtos manufaturados (China e Alemanha)¹ e os que se especializam na produção de serviços (EUA e Reino Unido). No entanto devemos sempre lembrar que o Brasil não é a China, não é os EUA e muito menos a Alemanha, o que torna imperativo o entendimento do processo específico de desindustrialização brasileiro.

1.Vale ainda destacar uma divisão interna nesses países entre especialistas em produtos de trabalho intensivo qualificado e trabalho não qualificado.

As causas da desindustrialização no Brasil

Podemos encontrar diversos fatores que explicam a nossa desindustrialização. O professor Antônio Manoel Mendonça de Araújo (2009) aponta as reformas políticas dos anos 90 como outra causa possível:

“Apesar da alta inflação inercial ter sido controlada em 1994, com a viabilização do Plano Real, depois de mais de uma década de superinflação, por outro lado, a capacidade da indústria nacional de competir, foi restringida brutalmente, devido à alta taxas de juros e a prevalência da valorização cambial, essa quase estagnação continuou por todos os anos da década de 1990.”

O processo teria início nos anos 90 por meio do aumento da taxa de juros (que tira o incentivo do investimento produtivo pois torna mais atrativo os investimentos atrelados a ganhos com juros) e também pela apreciação do câmbio (valorização da moeda nacional), que acaba por encarecer os produtos nacionais no mercado estrangeiro, retirando a competitividade da indústria no exterior.

Explicação sobre o funcionamento do câmbio — Imagem própria

No entanto, olhar apenas para as reformas da década de 90 não explica o fenômeno por completo. Precisamos ir além dessa questão, e para tanto é importante entendermos um outro fenômeno conhecido como doença holandesa.

O professor Carlos Bresser-Pereira (2012) define o fenômeno da doença holandesa como:

‘’A sobreapreciação permanente da taxa de câmbio de um país resultante da existência de recursos naturais abundantes e baratos (ou de mão-de-obra barata combinada com um diferencial de salários elevado) que garantem rendas ricardianas aos países que os possuem e exportam as commodities com eles produzidos. Essa sobreapreciação decorre do fato que sua exportação dessas commodities é compatível com uma taxa de câmbio mais valorizada do que seria necessário para tornar competitivas empresas de outros setores de bens comercializáveis mesmo que elas utilizem tecnologia no estado da arte mundial.“

Em outras palavras, a doença holandesa ocorre quando um país em desenvolvimento encontra um bem que pode ser exportado com abundância, ocasionando assim um aumento nas exportações e um aumento na entrada de dólares no país. Com a oferta abundante da moeda americana, o câmbio se aprecia e os produtos industrializados desse país ficam mais caros no exterior, perdendo assim sua competitividade. Essa perda de competitividade prejudica a indústria nacional (queda nas vendas) gerando o processo de desindustrialização. Explicando novamente para reforçar, um país que encontra um bem precioso, começa a vende-lo no exterior atraindo dólares que apreciam o câmbio e enfraquecem as exportações, prejudicando por tabela a indústria nacional. O processo de doença holandesa é considerado uma falha de mercado que afeta países em desenvolvimento que navegam por características próprias e peculiares, ao contrário do encontrado em países desenvolvidos do hemisfério norte. Tendo isso em mente cabe pensar: Quais são as consequências de todo esse processo?

A questão é que a indústria, segundo Antony Thirlwall, é o “motor de crescimento de longo prazo das economias capitalistas” porque a maior parte das mudanças tecnológicas ocorrem na indústria e tem-se ainda que a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados importados é maior do que das commodities (conforme um país aumenta sua renda, mais ele demanda produtos industrializados em relação a produtos primários). Dito de outra forma, a indústria é fundamental para o desenvolvimento econômico por promover desenvolvimento tecnológico e por não sofrer o efeito da deterioração dos termos de troca (perda de poder de compra no mercado internacional).

Tendo em vista o papel da indústria em nações subdesenvolvidas, é importante nos questionarmos se o Brasil realmente passa por um processo de desindustrialização.

As evidências da desindustrialização

Existem diversas evidências de um processo de desindustrialização no Brasil. Aldemir Marquetti mostra que sofremos esse processo no período de 1980 e 1990. Para Marquetti, a porcentagem da participação relativa da indústria de transformação no valor adicionado (o quanto a indústria adiciona na produção de um país) era de 31,3% no período enquanto que na população ocupada (pessoas ocupadas na indústria) esse valor era de 15,5%. No decorrer dos anos 90 essas porcentagens se reduzem para 25,7% e 13,9%, respectivamente.

Outra evidência é o estudo de Régis Boneli que mostra que de 1985 até 1995 houve uma redução de 42,3% para 31,4% da participação da indústria no PIB. Além disso segundo o IPEA/DATA o valor adicionado da economia brasileira possui uma porcentagem cada vez menor da indústria, entre 1996 e 2008 o PIB brasileiro cresceu mais do que o chamado Valor Adicionado pela indústria como mostrado no gráfico abaixo:

Gráfico que mostra o PIB cresceu mais do que valor adicionado pela indústria entre 1996 e 2008, com exceção de três anos — Disponível originalmente publicada na revista de economia política no artigo de José Luis Oreiro e Carmem Feijó

E mais do que isso, os dados do IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) mostram que:

“No período 2004–2009 o saldo comercial da indústria (acumulado de janeiro a setembro) passou de 17,09 bilhões de dólares em 2004 para -4,83 bilhões de dólares em 2009. Ao desagregar esse saldo por intensidade tecnológica verificamos que os setores de média-alta e alta intensidade tecnológica não só são deficitários, como ainda presenciaram um crescimento expressivo do déficit comercial no período em consideração.”

O saldo comercial da indústria no Brasil se tornou deficitário (importamos mais do que exportamos) em 2004 e os setores de alta tecnologia também aumentaram seu déficit, caracterizado pelo crescimento expressivo das importações de máquinas com alto valor agregado. Em paralelo, quando avaliamos o período entre 2004 até 2009 tem-se uma redução da participação da indústria no PIB e como explicado anteriormente, esse fenômeno de aumento de importações e redução do valor da indústria (aliado ao câmbio apreciado, fruto da exportação de bens primários) é caracterizado como o efeito da doença holandesa.

Gráfico que mostra a tendência de queda da participação da indústria no PIB. A linha mais escura é calculada com base nos preços de 1995 e a linha mais clara refere-se aos preços correntes ou seja, calculados no ano em que os produtos foram comercializados. Percebe-se ainda que o período de 2004 até 2008 em que segundo IEDI houve um aumento do déficit de produtos do setor de alta tecnologia houve, simultaneamente , uma redução da participação da indústria no PIB — Disponível originalmente publicada na revista de economia política no artigo de José Luis Oreiro e Carmem Feijó

Atualmente esse processo se mantém como é possível observar no gráfico abaixo com duas quedas na participação da indústria no PIB, uma a partir de 1983 e outra a partir de 2004.

Gráfico que mostra como a desindustrialização se mantém mesmo nos dias atuais (Indústria de transformação) — Gráfico publicado na revista de economia política no artigo de José Luis Oreiro e Carmem Feijó

Em suma, o Brasil vem certamente passando por um processo de desindustrialização e mais que isso, os setores de alta intensidade tecnológica enfrentam há anos um aumento expressivo de seu déficit comercial.

Como o emprego caracteriza uma sociedade

Além da crise decorrente do coronavírus, o processo de desindustrialização no Brasil gera efeitos ainda mais perversos em sua economia. Para entendermos esses efeitos precisamos nos aventurar em outro conceito que a professora Rosana Soares Campos em artigo publicado na revista latino-americana POLIS (2017) descreve como a chamada sociedade salarial (conceito original do sociólogo francês Robert Castel).

Sociedade salarial é um formato de sociedade que se estabeleceu nos anos de 1970, e para compreendermos o conceito temos que partir do pressuposto de que os sujeitos sociais possuem sua inserção social relacionada ao local em que ocupa no espaço de trabalho, ou seja, o modo pelo qual o indivíduo se insere na sociedade está relacionado com o seu local de atuação no trabalho, que decorre de fatores como renda, status, proteção social e etc. Nesse sentido, a sociedade salarial pode ser entendido quando o trabalho assalariado é a base de formação da sociedade que coloca o indivíduo protegido através de um conjunto de regras e proteções contra acidentes e cenários de desemprego. Pense em como é uma sociedade em que a maior parte da população está ligada a uma indústria, regida sob a proteção da CLT, com salários e direitos resguardados pelo Estado. Essa sociedade ainda pode possuir uma série de problemas e contradições, claramente, contudo é inegável que o indivíduo nessa sociedade está mais seguro com relação ao futuro e está mais disposto a se arriscar em um possível empreendimento do que um indivíduo em uma sociedade com o mercado de trabalho precarizado e sem proteção social.

Pense você, caro leitor, onde sua vida seria melhor? Em um país com salário garantido todo mês e um conjunto de regras que garantem sua aposentadoria ou em uma sociedade em que você é “senhor de si” e precisa supostamente se “reinventar” cotidianamente como mandam os coaches em seus mundos imaginários e meritocráticos? Bom, na primeira sociedade os indivíduos possuem uma condição de vida muito superior do que o modelo em que vivemos hoje, caracterizado por trabalhadores precarizados inseridos numa concorrência enorme por salários baixos, sintoma existente também em uma sociedade rumo à desindustrialização. É importante lembrar também que esse processo vem sendo acompanhado por reformas trabalhistas que fragilizam ainda mais o colchão protetivo dos trabalhadores.

Pelo terceiro aspecto da relação entre crescimento da economia e da população, o que ocorre no Brasil (e na maior parte dos países latino americano) é que de um lado ainda sofremos as consequências da recessão de anos atrás, o país não anda crescendo como deveria e do outro existe a chamada taxa de crescimento da força de trabalho (a taxa que mede o crescimento de pessoas que podem trabalhar). Se a taxa de crescimento da economia é menor do que a taxa de crescimento populacional, observamos o fenômeno do desemprego já que o aumento da produção não é capaz de absorver a nova força de trabalho de jovens recém-saídos da universidade por exemplo. Um número cada vez maior de adolescentes aptos ao trabalho acaba esbarrando no crescimento econômico que não consegue acompanhar as demandas sociais.

E o que resta para o futuro?

É nesse momento em que voltamos ao começo do texto e para a Geração Perdida de Fitzgerald e Hemingway. O caso brasileiro lembra muito o vivido pelos dois escritores na década de 30, pois apesar de não termos passado por uma grande guerra, tal como eles, não possuímos nenhuma perspectiva de melhora ou de que tais problemas tão profundos em nossa economia serão resolvidos nos próximos 10 ou 20 anos. Esses problemas são mais profundos que uma recessão, que por sua vez se desenha regularmente no imaginário brasileiro (e latino-americano).

A partir dos três aspectos (PIB, desindustrialização e na relação entre crescimento da economia e da população) concluímos que há uma geração perdida no Brasil que presencia o fim da sociedade salarial, das certezas acerca da manutenção de salários fixos e da inexistência de legislações adequadas. Uma geração que poderia estar com carteira assinada se vê obrigada a realizar trabalhos sem nenhuma garantia de segurança a longo prazo, sendo impossibilitada de planejar uma aposentadoria decente para o futuro. Possíveis grandes físicos, engenheiros e médicos acabam se vendo obrigados a trabalhar de forma precarizada e sem direitos sociais.

Estamos diante de um nó górdio na economia brasileira, desindustrializada, estagnada e com aumento da pobreza que deixa como legado um país sem futuro e com poucas esperanças e perspectivas.

Referências

GAZIER, B, A crise de 29 — A inquietação dos anos 30, 1938.

GAZIER, B, A crise de 29 — Tentativas de solucionar a crise, 1938.

OREIRO, J. L. OREIRO; CARMEM, F. , Desindustrialização: Conceituação,causa,efeitos e o caso Brasileiro, 2010.

PEREIRA, J. B, MARCONI, N, OREIRO J. L, Doença Holandesa, 2012.

CAMPOS, R. S, O impacto das reformas econômicas neoliberais na América Latina, 2017.

MIGUEL, R, As reflexões de Robert Castel sobre os conceitos de “risco” e “vulnerabilidade social”, 2015.

América Latina sairá da crise ainda mais pobre, diz BID:

www.sunoresearch.com.br/noticias/america-latina-saira-crise-mais-pobre/

Brasil caminha para maior crise econômica de sua história:

https://www.dw.com/pt-br/brasil-caminha-para-maior-crise-econ%C3%B4mica-de-sua-hist%C3%B3ria/a-53488177

Processo de desindustrialização:

https://www.brasildefatomg.com.br/2019/09/17/artigo-or-o-processo-de-desindustrializacao-do-brasil

--

--

Felipe Carvalho Brisola
Heterodoxos

Leitor de quadrinhos do Batman e no tempo livre estudante de economia