ESTUDO DE CASO
Como parte das atualizações contínuas no setor hídrico no Brasil, um medidor de vazão de perfil completo (FPI) foi instalado próximo à Estação de Tratamento de Água Castelo Branco para fornecer informações detalhadas sobre uma variação de fluxo. Durante o teste, nem mesmo um aumento de tensão afetou a funcionalidade da tecnologia.
O aumento na população aliado à demanda industrial e agropecuária levou à falta de água em muitas regiões do Brasil. Esse fator, junto de uma infraestrutura deteriorada, que leva a grandes perdas de água pelo vazamento em tubulações antigas, essa situação desafiadora apenas enfatiza o fato de que a vazão na rede precisa ser monitorada de perto para garantir que a água tratada chegue ao seu destino.
COMPESA é a empresa de utilidade pública estadual de água do estado de Pernambuco e fornece serviços de água e esgoto. Nos últimos anos, a empresa foi premiada com vários contratos de canalização, como parte de um programa de melhoria contínua de infraestrutura.
Um projeto marcante foi o investimento que rendeu vários milhões de dólares ao sistema de fornecimento de água na região agreste do estado. O objetivo é fornecer água para aproximadamente dois milhões de pessoas e evitar o racionamento de água nas próximas três décadas.
Um desafio subsequente no Brasil é a cobertura da rede de esgoto do país: dos 27 estados brasileiros, 22 possuem menos de 40% de tratamento de esgoto. Abordando esse enorme desafio, a COMPESA participou do que é considerada a maior parceria público-privada (PPP) no setor de saneamento do Brasil. Uma parceria junto com a empresa brasileira Foz percebeu o início de uma operação de tratamento de esgoto em 14 municípios da região metropolitana do Recife e na cidade de Goiânia.
A COMPESA também está trabalhando para melhorar a precisão dos dados coletados dentro da rede de água.
Outro projeto envolveu a instalação de um medidor de vazão de Inserção de Perfil Completo (FPI) na saída principal da Estação de Tratamento de Água Castelo Branco (Tapacurá), a segunda mais importante do estado. O fluxo por hora variou enormemente nesse ponto em razão das operações realizadas nos subsistemas posteriores — consequentemente, a necessidade de melhoria na mensuração.
Anteriormente, havia apenas um ponto de inserção do sensor no local. O FPI foi colocada em série, para análise da repetibilidade do perfil completo. Para uma melhor comparação dos dados, um medidor de vazão ultrassônico intrusivo também foi instalado ao mesmo tempo que a FPI.
O sensor de vazão de água com multieletrodos fornecido não possui partes móveis. Por não conter nada que desgaste ou quebre, ele é imune à obstrução por areia, pedras e outros fragmentos. O corpo do sensor é feito de aço inoxidável 316 durável para fornecer integridade estrutural máxima e ser hermeticamente vedado por revestimento de epóxi colado por fusão 3M certificado pela NSF.
Durante o teste, houve um pico de tensão que alcançou a rede elétrica do medidor ultrassônico intrusivo e do FPI. Entretanto, isso não apresentou nenhum impedimento à funcionalidade da tecnologia FPI. Um dos benefícios da FPI é a instalação rápida. Como o local da COMPESA tem uma válvula esférica de 2” instalada, isso permitiu um curto período de instalação, apesar da pressão de operação.
Alesson Thiago, técnico operacional do Gerenciamento de Hidrometria que estava envolvido na instalação, considera esse evento “positivo”. Ele disse: “Mostrou eficiência e forneceu a precisão esperada da tecnologia”.
Thiago acrescentou que: “Uma condição adicional de atualização seria o incremento de configuração que permitiria a escolha do uso das quantidades específicas de eletrodo, o que daria maior versatilidade na aplicação da medição de vazão em diferentes diâmetros”.