E se pudéssemos falar abertamente?

Ou como começou a Hikari Health

Marisa Viegas
Hikari Mag

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A Hikari está empenhada em atender diferentes pessoas, com as suas diversas experiências, e quer pensar a melhor forma de servir as suas necessidades.

Consideramos que é importante termos mais noções/conhecimento sobre como viver bem e durante mais tempo. Mas para isso é importante sabermos perguntar, ouvir e refletir sobre os nossos hábitos, sobre o sentido que procuramos para a nossa vida, e sobre o que fazemos atualmente ou desejamos fazer no nosso dia-a-dia para o atingir.

“Viver bem”, “ter mais saúde”, são temas que facilmente encontramos em estantes de livrarias, em revistas, em sites de internet, em anúncios de televisão e em publicidade quando vamos na rua. Se assim o é, à partida seríamos uma sociedade repleta de gente saudável. Porque é que isto não acontece? E porque é que quem procura dicas nos tais livros ou revistas nem sempre consegue melhores resultados? Será que é por culpa dos hospitais, dos centros de saúde, dos médicos? Ou será que temos crenças muito fortes, crenças de que não estamos vulneráveis até ao dia em que acontece alguma coisa? Ou serão outras crenças que nos limitam na hora de ir a uma consulta ou fazer um exame de rotina?

Ou será ainda que o nosso comportamento no dia-a-dia está isento de responsabilidade (como deitar tarde, preparar um prato com boas cores para o almoço, preferir as escadas rolantes, telefonar a um amigo, chorar sozinho)?

A forma como fazemos as coisas (comportamento), como pensamos (crenças), e aquilo que efetivamente sabemos (conhecimento), são muitas vezes incoerentes. Por exemplo: uma pessoa que fuma e sabe que lhe faz mal; uma pessoa que adia continuamente uma caminhada na rua, vivendo de forma sedentária quando sabe que o exercício faz bem e até se sente bem depois disso.

Tal como na saúde, na doença acontece o mesmo. E porque o cancro é a doença à qual o serviço da Hikari Health se dedica, pensamos também nas representações que as pessoas têm desta doença (morte, sofrimento), pensamos nas emoções que desencadeia (medo, tensão, nervosismo), que muitas vezes nos fazem evitar fazer um exame, adiar uma ida a um médico, isolarmo-nos dos outros com vergonha. Mas surpreendentemente, por vezes lá aparece um Manuel Forjaz que nos deixa incrédulos de como é possível fazer tanta coisa e continuar otimista tendo cancro. Porque é possível!

E essa é a missão da Hikari: despertar a nossa consciência e aconselhar a vivermos bem, porque cada vez vamos viver mais anos. Felizmente as tecnologias para diagnosticar e tratar o cancro têm evoluído, e as pessoas conseguem viver mais tempo, mesmo com doenças. E é importante tomarmos bem conta de nós para tirar bom proveito da vida, e sentirmo-nos capazes e úteis enquanto vivermos (seja lá quantos anos forem).

É objetivo do serviço Hikari Health, equipar com boas ferramentas os que ficam doentes (informação, apoio emocional, esclarecer dúvidas), para que continuem o seu dia-a-dia, lidando com tratamentos, com dúvidas e medos, com eventuais alterações da sua imagem, alterações físicas e/ou de algumas rotinas. E estas novas rotinas podem ser uma oportunidade para conhecermos outras pessoas, para contarmos a nossa história, para partilharmos as nossas ideias, e para aprendermos coisas novas.

Porque o cancro é também esperança, reconciliação, aproximação, carinho, apoio, são flores, frases bonitas, gargalhadas, beijos, força, coragem!

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