Você não é um impostor

Hellen Pinto
Hipótese Nula
Published in
3 min readMay 25, 2016
Fonte: meusonhar.com.br/sonhar-com-impostor/

Qual o seu status atual?

PIBIC, TCC, estágio, psicólogo, vida social, em-anda-mento (vulgo quase parando).

Como vai seu estado mental? Sua saúde? Suas feridas? Seu bolso? Suas escolhas? Quanto vale seu conhecimento? Quanto custa? Quanto…

momentos na graduação acadêmica (lê-se também: da vida) em que nos sentimos perdidos e pequenos, que procuramos por um chão e queremos mesmo sem forças ser útil, produzir. É comum na academia alunos em formação entrarem em desespero quando seu ritmo de trabalho está desacelerado, quando o tempo flui entre os dedos feito água e quando estes não conseguem se organizar a ponto de manterem, ou mesmo, realizarem suas atividades em dia. Isso, sem mencionar ainda os problemas não ligados de forma direta à academia (pessoais, familiares, financeiros, psicológicos…).

Quando o desespero bate é frequente acreditar que não se está ao nível dos que o circundam e que todos os outros estão avançando, que sua presença diante dos demais é uma farsa e que o não avanço mascara suas ações. A esse “sentimento” é dado o nome de Síndrome do Impostor. O “impostor” acredita que o seu atraso é um fracasso e que é preciso produzir (produzir, produzir…), mas o mesmo não sabe ao certo por onde começar ou não tem o mínimo de ânimo/disposição para fazê-lo.

PRODUÇÃO, (isso) é realmente importante?

A vida acadêmica por incrível que pareça é um elo na vida de qualquer pessoa, É O MOMENTO! Poucas pessoas percebem isso e quando o fazem têm dificuldade de lidar com as responsabilidades, que estão o tempo todo sob pressão de dentro e de fora do meio.

Acredito que uma coisa é importante: NÃO DEIXAR que o medo te derrube. Frustrações infelizmente são comuns principalmente quando a cobrança é intensa e, quando só se produz uns trocados de ciência. E o que nos resta é a PACIÊNCIA que, aliás, é a arte mais nobre e cara. Requer muit$$, principalmente a longo prazo, mas te “produz” bons frutos (quando se persevera).

Outra coisa que vale lembrar é que a vida pode e deve ser mais que uma publicação, a vida é sentir-se bem e promover o bem. Produzir pode até ser uma necessidade da pesquisa, mas deve ser feita buscando um retorno para a sociedade que a financia e para si, cujas possibilidades estão depositadas.

ENTÃO, lá vai algumas dicas:

  • Não se sinta um impostor. Não conseguir estar no ritmo não te faz uma pessoa com desvio de caráter;
  • Estabeleça 2 ou 3 metas diárias (e sinta-se feliz quando pelo menos uma for concretizada);
  • Organizar seus dados é um bom começo para o trabalho (praticar a escrita e um outro idioma também);
  • Não se precipite, mas publique sem muita demora;
  • Se os problemas da academia e para além dela estão atrapalhando, dê-lhes diferentes prioridades:
Fonte: The Decision Book (Mikael Krogerus e Roman Tschäppeler)
  • Deixe de preocupar-se com o que pensam de você e de sua capacidade como acadêmico (mas aceite conselhos de acadêmicos experientes);
  • Siga seus instintos e aprenda a dizer não;
  • Seja autocrítico (e olhe para trás com maturidade);
  • A VIDA VAI ALÉM DA ACADEMIA, priorize-a também :)

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