Open science com queijo e doce de leite!
O que rolou do LEQ no Congresso de Ecologia lá em Viçosa
Eu queria que este texto começasse com um “estou aqui escrevendo no aeroporto, enquanto aguardo meu retorno para Maceió…”, mas não rolou. Acho super chique quem consegue fazer isso, mas a volta foi corrida e cansativa… :P Então começo o texto com um “acabo de voltar de viagem, e a cabeça está amil para contar um pouco como foi a minha rápida participação no XIII Congresso de Ecologia do Brasil”, que rolou lá na minha saudosa UFV (e na verdade está rolando enquanto começo a escrever este texto).
O Congresso de Ecologia em si já é um evento importante pra mim: foi o primeiro grande evento acadêmico do qual eu participei (o meu primeiro foi láááá em Porto Alegre, quando eu era criancinha e estava fazendo graduação). Ser em Viçosa, minha cidade natal, fez ficar ainda mais legal. E ser na UFV, que — pra usar um termo super chique — é a minha Alma Mater, é ainda mais legal da conta, sô! Ah, sim, pra quem não sabe, sou mineirin, então posso escrever um pouquin assim, certin? ;)
Então vou falar um pouco do “meu” congresso. Pois é, eu digo que é meu, porque eu sei que cada um vai ter uma experiência diferente por lá. E o meu congresso foi muito, muito bacana mesmo! Começou no domingo, dia 08–10, com um mini curso que eu ministrei: “ O R também fala: usando RMarkdown para comunicar sua pesquisa”. O curso foi um barato: falei um cadin sobre como usar este pacote fantástico que é o RMarkdown para se criar notebooks de análises: um documento que mescla os scripts de R, os resultados das análises, os seus comentários, interpretações, divagações e, sei lá, o que mais você quiser incluir, como memes engraçados, por exemplo! XD
O curso, no fundo, faz parte de um panorama maior, o da reprodutibilidade de análises estatísticas no nosso mundo científico, o que se amarrou direitin com a mesa redonda do dia seguinte! Já falo mais a respeito. ;)
Ah sim, antes que eu me esqueça: eu e a turma do LEQ estamos preparando o material relevante (tipo scripts usados no curso, slides usados na mesa redonda e o que mais pensarmos) e vamos deixar tudinho disponível. Por enquanto vou publicar o texto assim mesmo, mas depois confiram lá embaixo, pois vou editar e adicionar links para download de material assim que ele estiver disponível.
E como era de se esperar de um bom congresso da sua área, na sua cidade e na sua universidade de origem, foi uma oportunidade legal demais da conta para rever amigos, colegas, professores, conhecer mais gente (tipo os alunos dos seus coleguinhas, que hoje viraram gente grande) e ainda mostrar a universidade para os alunos da UFAL que pintaram por lá! :D
Mas bora falar da tal mesa redonda!
Então, eu e a Gracielle Higino tivemos a oportunidade de falar numa mesa redonda: “Open Science: mudando a forma como produzimos Ciência” (a mesa também iria contar com a participação do Richard Ladle, mas ele não pode ir para Viçosa participar). Bom, falar sobre Open Science é uma coisa que estou fazendo de montão, e ter a oportunidade de fazer isso para um auditório lotado, com umas 250 pessoas, foi o maior barato! Para quem não tem a menor ideia do que se trata a coisa, estamos falando de uma abordagem de se fazer Ciência que preza pela transparência, acesso livre e reprodutibilidade dos trabalhos científicos e do conhecimento de uma forma geral. É um bocado de coisa pra explicar num parágrafo, mas tem um monte de coisas legais para se ler sobre o assunto, como este texto aqui.
Na mesa, rolaram três momentos:
- Eu falando até não poder mais sobre o que é Open Science e como podemos começar a trabalhar na prática com esta abordagem;
- A Gracielle com uma palestra absolutamente fodástica e sensacional sobre divulgação científica;
- E eu de novo, falando rapidinho sobre um pouco do que rolou no mini curso, sobre a questão da reprodutibilidade das nossas análises estatísticas, e como podemos usar o nosso bom e velho amiguinho de todas as horas, o R, para lidar com isso.
E bora falar de DC!
A Gracielle Higino fica morrendo de sem graça, mas o fato é que a palestra dela foi totalmente inspiradora! Como ela mesmo falou, era uma “palestra de guerrilha”: neste nosso mundo acadêmico tão ligado aos elementos de produtividade, “perder” tempo em comunicar ciência para um público amplo é um ato de resistência, de lutar por um ideal. Acredito totalmente nisso, e fiquei feliz demais de ver tanta gente que saiu empolgada da palestra dela. Depois vamos colocar o link da apresentação dela (que ficou um barato, por sinal) lá embaixo, e estamos vendo se conseguimos gravar uma re-apresentação dela para em breve colocar pra todo mundo no youtube! :D
Ah, e em homenagem à própria Gracielle, uma coisa importante sobre DC tá aqui na imagem do lado esquerdo!
E o que mais que teve por lá?
Vi pôsteres legais, assisti coisas legais, conheci pessoas legais… mas no fim foi tudo muito corrido pra mim, e não pude ficar no evento todo… :(
Mas mesmo assim, valeu muito a pena, foi uma ótima experiência depois de vários anos longe dos Congressos de Ecologia, e um ótimo retorno relâmpago à UFV. Eu até pensei em falar um pouco mais, mas fica pra outra hora, belezinha? Mas aí, antes de terminar, queria fechar com uma deixa: como foi o seu congresso?
Links com os slides e outras coisas (atualizado em 17–10–2017).
Prontin, tá tudo disponível aqui! :D
A apresentação da Gracielle tá aqui. Inclui os slides e um pedaço da apresentação que foi gravada em vídeo pela Daisy! :D
A minha apresentação inicial, sobre Open Science, tá aqui.
E a minha apresentação final, sobre reprodutibilidade em análises, tá aqui.
Yeah! :)
