Vem cá, gostosa!

Ana Paula Zandoná
Histórias para se contar
13 min readMar 4, 2016

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Ela era loira, tinha cabelos lisos e usava óculos de grau. Uma das meninas mais bonitas que estava na festa, eu notei a sua presença assim que adentrou a porta do clube no sábado passado. A maioria dos caras também notou- até demais. Mas isso não parecia um problema pra ela, que se mostrava tão confiante.

A menina dançou todas as músicas sem se preocupar que estavam a olhando, bebeu algumas doses de tequila e dividiu várias latas de cerveja com sua amiga. A agitação fez com que ela começasse a suar e a alça da sua blusa cair o tempo todo do ombro. Ia oferecer uma joaninha para que ela se sentisse mais confortável, mas um cara chegou perto antes que eu pudesse tirar o objeto da bolsa. Ele apalpou o corpo dela, e eu pensei: “Deve ser o namorado”. Não. Não era. Ela deu um tapa na cara do garoto, que, em vez de parar, chamou os amigos para intimidá-la e provocá-la. Ela saiu correndo, chorando. Toda aquela autoconfiança que eu notei minutos antes havia sumido e deu lugar a uma garota indefesa — que achou que um tapa na cara iria lhe dar mais segurança. Não. Não deu.

Ela era morena, tinha cabelos curtos e olhos verdes. Estava no início da faculdade e foi chamada para uma entrevista de emprego — a primeira da sua vida. Num local majoritariamente masculino, a menina precisava atravessar um corredor para chegar à sala do gestor onde aconteceria a conversa. Claramente nervosa — não sei se pela entrevista ou pela situação -, a estudante dava passos largos como se o caminho fosse mais longo do que realmente era. Entre “elogios” como gostosa e “convites” como vem me beijar, a menina entrou na sala do coordenador.

Mas, ali, ela percebeu que o “futuro chefe” também fazia parte desse grupo. Elogiou seu desempenho, mas, mais do que isso, sua aparência. Ainda frisou o quanto seria estimulante para os garotos trabalharem com a presença dela ali. Agradeceu a oportunidade da entrevista, levantou-se da cadeira e fechou a porta daquela sala. Mas a sua tristeza não ficou ali. Foi junto com ela.

Ela era negra, tinha cabelos cacheados e baixa estatura. Saiu de casa, trabalhou, foi à aula e, quando chegou, ligou o computador. No seu Facebook, havia 10 notificações de comentários em uma foto que vestia uma blusa decotada. Na imagem, mensagens de “amigos” dizendo coisas como “gostosa”, “essa não é para casar” e “com uma roupa dessas, tá pedindo”.

A garota ficou inicialmente chateada e chegou a pensar em deletar todos aqueles meninos. Mas não o fez porque se sentiu culpada. Afinal, a foto estava realmente muito ousada e parecia se portar como uma garota fácil. Ela achou que merecia ler todas aquelas coisas. Apagou a foto e, desde então, não usa mais decote.

São três garotas com histórias diferentes, vivências diferentes, mas em situações tão comuns. Eu não sei o nome de nenhuma delas, não sei quem são, quais suas memórias e seus traumas. Poderia ter sido eu, poderia ter sido a minha melhor amiga ou até mesmo você. Poderia ser qualquer uma de nós que enfrenta, diariamente, pequenas violências que destroem nossa segurança e causam danos irreparáveis. Ainda não sei o que aconteceu com essas meninas, mas alguma coisa nelas deve ter mudado.

Estamos em 2015 e nunca tivemos tanto acesso à informação, dados e pesquisas quanto hoje. Contudo, ainda assim, há quem acredite que feminismo é besteira — e que mulher que reclama de assédio é “mal comida”.

Um estupro a cada 4 minutos não é bobagem. 53 mil denúncias de violência contra mulher no ano de 2014 não é pouco. 48 mil mulheres assassinadas entre 2001 e 2011 não é um número irrisório. Os dados levantados pelo Mapa da Violência de 2013 e pelo Balanço dos Atendimentos de 2014 da Central de Atendimento à Mulher revelam que a população brasileira precisa se conscientizar — de vez! — sobre a seriedade do assunto.

O número de assédios verbais e sexuais que acontecem no país, ou seja, as pequenas violências diárias também alcançam patamares preocupantes. Sabe as cantadas inapropriadas, os olhares indiscretos, as apalpadas indevidas, os puxões pelo braço e cintura? Uma pesquisa realizada pelo site Think Olga, através da campanha “Chega de Fiu Fiu”, apontou que 99,6% de 7.762 mulheres já sofreram algum tipo de assédio durante sua vida. Entre os locais mais comuns estão a rua, balada e transporte público. As cantadas vão de “linda” e “gostosa” a “te pegava toda”. Se elas respondem reagem aos elogios grotescos? 73% dizem que não porque têm medo.

Thays Lucas, uma gaúcha de 22 anos, é uma das inúmeras mulheres que já enfrentaram violências marcantes em sua vida. Desde seus 14 anos, tem experimentado sensações muito desagradáveis pelo simples fato de ser mulher. Um homem mais velho já passou por ela e beliscou sua bunda, um garoto já a chamou de linda na rua, um cara já encostou nela dentro do ônibus e a garota já quase sofreu um estupro coletivo. Em alguns casos, ela respondeu para mostrar que “não nos calarão”. Mas, de modo geral, ficou sem ação. O resultado disso tudo? Evita vestir roupas que chamem atenção e pretende pintar seu cabelo para que não a chamem mais de “ruivinha” por onde passa.

Vivi Lemes, de 24 anos, sempre se sente um “lixo” quando recebe alguma cantada, ouve assovios e passam a mão no seu corpo. Ela jamais veste roupas curtas ou decotadas devido ao medo do assédio. “Tenho vergonha e medo todas as vezes em que saio na rua, a qualquer hora. É como se um alarme estivesse soando na minha cabeça”, conta. Mas ela não está sozinha.

Com a garota de 17 anos, Laís Andriotti, não é diferente. Diariamente, ela escuta abusos na rua. Sentindo-se impotente e vulnerável, acha um absurdo a forma que deve mudar sua rotina, trajeto e roupas por causa do medo de ouvir “gracinhas”. “Quando sofro algum assédio, xingo, chamo de machista e faço um escândalo se for preciso!”, relata. Uma vez, esteve frente a um homem que acelerou o passo para encostar em sua bunda. Ela ficou em estado de choque. E ele causou um grande trauma.

As violências perpassam todas as idades. Lygia Frei, de 55 anos, sente medo de andar na rua até hoje por causa de um assédio que sofreu aos 9 anos. No cinema, com suas primas, um homem passou a mão por trás da cadeira e foi em direção a seus seios. Ela fugiu da “mão nojenta”, mas ficou petrificada. “Só saio quando for realmente necessário”, conclui.

A verdade é que assédios podem acontecer em qualquer lugar. Na rua, no transporte público, na escola ou faculdade, no trabalho, entre vários outros. Infelizmente, mulheres têm tido cada vez mais medo de se expor e mudado suas rotinas. Ainda de acordo com a pesquisa do “Chega de Fiu Fiu”, 81% das mulheres já evitaram fazer alguma coisa com medo do assédio.

A estudante de Sistema de Informações, Ingrid Manfrim, conta: “Antigamente, eu achava que estupro era um cara desconhecido, esquisito, que te machucaria no meio da rua. Hoje, eu sei que homens do trabalho ou faculdade também podem fazer isso. O estupro começa aí. Eu diria que o buraco está muito mais embaixo”, constata.

A psicanalista Eliane Triska acredita que grande parte dos casos de assédio pode gerar traumas e cicatrizes profundas às mulheres. No entanto, é difícil relatar quais são as reações de cada uma, que podem sentir-se tristes, evitar relações sexuais ou até mesmo cometer suicídio.

Muitas garotas podem não chegar a situações extremas, mas os traumas trouxeram mudanças significativas em suas vidas: entraram em depressão, trocaram de escola ou se mudaram por causa de assédios sofridos.

Uma prima da entrevistada Bárbara Nedel enfrentou algo parecido. Ela escapou de um estupro às 10h da manhã em um grande parque de Porto Alegre. “A garota estava sendo abraçada e levada a força por um homem no meio do parque com uma faca no pescoço. Ficou passando a mão no corpo dela”. Felizmente, a menina conseguiu fugir após implorar, mas a cicatriz foi tão profunda que, à época, interrompeu os estudos na faculdade. Bárbara afirma que muita gente viu o que estava acontecendo, mas ninguém fez nada. E a vida seguiu. E a vida segue todos os dias.

Até que surge a Valentina.

Para você entender, a menina é participante do programa MasterChef Junior, transmitido pela Band. Linda, dona de olhos claros e dedicada à cozinha, Valentina começou a ser alvo de predadores sexuais desde a primeira aparição na atração, no dia 20 de outubro.

Dezenas de pedófilos lotaram o Twitter de frases insinuantes, e o Facebook, de páginas destinadas à garota — todas de caráter sexual. (resolvi não reproduzir outros tweets em respeito à menina, já que são de embrulhar o estômago).

Você deve estar pensando: mas ela é só uma criança! Foi exatamente o que eu, você e milhares de pessoas pensamos. Como pode haver tantos homens que sentem atração sexual por meninas? Para você ter uma ideia, dois dos termos mais procurados no Google do Brasil, em relação a sexo, são novinha e teen. Isso quer dizer que existem mais predadores do que imaginamos.

Pensando nisso, a mesma ONG responsável pela pesquisa “Chega de Fiu Fiu” propôs uma hashtag para os usuários do Twitter. A #PrimeiroAssédio pretendia contar as histórias de garotas que sofreram algum tipo de assédio, seja ele qual for. Em dois dias, a hashtag já havia levantado cerca de 2,5 mil tweets.

O canal de televisão BBC notou a movimentação em torno da #PrimeiroAssédio e começou a noticiar o caso para a imprensa. Isso incentivou que mulheres do Reino Unido, Estados Unidos, Dinamarca, Chile, Portugal e Holanda a contar suas histórias. A hashtag #FirstHarassment atingiu os Trending Topics do Twitter em pouco tempo.

Porém, houve pessoas que não aprovaram o movimento da hashtag. Eliane Triska acredita que o uso da #PrimeiroAssédio não é, de todo, positivo: “Há uma banalização do assunto e apenas ‘jogar’ as experiências não ajuda umas as outras”.

Para ela, outras alternativas deveriam ser buscadas: “Por que, em vez de apenas relatar os acontecimentos, elas não contam como lidaram com isso? Como se sentiram? Como podem mudar o cenário e o trauma?”, conclui.

O fato é que a hashtag conseguiu mostrar ao mundo que esse assunto é muito sério — e que deve ser debatido e discutido em mesas de bar, em salas de aula de colégios e faculdades e durante um almoço no trabalho.

Muitos homens leram relatos de garotas que são suas amigas e que enfrentam situações extremas e doloridas diariamente. Eles também se solidarizaram com o movimento e o transformaram em algo positivo. O universitário Lucas Lima afirma: “Não sabia que as mulheres se sentiam tão desconfortáveis com essas atitudes. Está na hora de pararmos de perpetuar tais atos grotescos e evitarmos machucá-las de qualquer maneira”, conclui. É isso que todas nós esperamos.

É inegável que as mulheres sofreram discriminação ao longo dos anos e, por isso, vivem em uma eterna luta por igualdade de direitos. Mesmo a ONU, que constatou que 70% das mulheres já sofreram algum tipo de violência na vida, afirma que a violência contra as mulheres não é exclusiva de uma cultura: “As raízes da violência contra as mulheres decorrem da discriminação persistente contra as mulheres”, relata, em seu site oficial.

Já passou da hora de reconhecer que o machismo existe — e está mais perto e forte do que gostaríamos. A inferiorização das garotas é favorecida pelo “gostosa é um elogio”, “mas ela estava bêbada”, “tinha que ser mulher” e “estava pedindo para ser estuprada com essa roupa”.

Quem nunca assistiu a um filme em que a mulher é retratada de forma submissa, a um comercial que exibe a mulher como objeto e a um seriado que diminui a posição feminina na sociedade? Eu já. E muitos.

Isso tudo se chama cultura do estupro. Você sabe o que é isso? Exemplos de Mariana Fusco Varella, publicados no site de Dráuzio Varella, explicam. Foram contabilizados 50.380 estupros no Brasil em 2013, ou seja, 25 casos para cada 100 mil habitantes. Na Suécia, foram 63 casos para cada 100 mil habitantes. Isso significa que no país com a melhor educação do mundo houve mais assédios do que em um país que ocupa o 79º lugar no ranking de desenvolvimento? Não. Significa que lá as mulheres denunciam mais porque elas sabem a importância de se defender e compreendem que isso não é culpa delas.

Mas no Brasil não é assim. Acredita-se que só são reportados 7% a 8% dos casos de estupro devido à culpabilização da vítima. Muitas delas alegam que já ouviram policiais tirando sarro e homens as chamando de “mal comida”.

Uma pesquisa da Thomson Reuters Foundation, feita em parceria com a Rockefeller Foundation, apontou que um terço das mulheres entrevistadas, residentes de países pertencentes ao G20, já sofreram assédio no trabalho, por exemplo. No entanto, 40% delas não denunciariam o crime e, no Brasil, apenas 10% reclamariam. Sabe por quê? Medo de demissão e de manchar a sua reputação no mercado de trabalho.

O colunista do blog Papo de Homem e escritor do livro Outrofobia, Alex Castro, é um dos homens que implora pela redução do machismo e da cultura do estupro: “Para os homens, não basta simplesmente não estuprar: é preciso não alimentar a cultura do estupro. A violência contra a mulher não acontece num vácuo: ela é possibilitada por todo um contexto de piadas machistas, de objetificação feminina, de controle do corpo da mulher. Quem cria esse contexto somos todos nós, os homens. Somos todos cúmplices”, diz.

A mídia é, de fato, uma grande aliada desse tipo de comportamento. O contexto de propagandas televisivas, por exemplo, é majoritariamente machista e opressor. Um estudo sobre representatividade de gênero e raça, feito pela agência Heads, mostrou como as mulheres são representadas pela propaganda. A base para análise foram comerciais vinculados na TV Globo e no canal Megapix. A pesquisa concluiu que menos de 20% da publicidade televisiva não reforça estereótipos de gênero e raça.

Vamos relembrar a propaganda da Itaipava em que os homens gritavam “Vai, verão”.

A militante do Coletivo de Mulheres Ana Montenegro, Carol Lopes, opina sobre a exibição exacerbada da mulher: “Vivemos em um desejo compulsivo pelo corpo da mulher. Somos expostas como propriedade privada ou como objeto de consumo descartável na mídia brasileira”, afirma. Se você acha que isso não existe, veja o exemplo da página Testosterona, em que reforça valores machistas.

Tentando fazer algo para abandonar a cultura machista e não criar seus filhos de forma a incitar a violência às mulheres, o psicólogo Alexandre Coimbra escreveu uma carta a seus três filhos. No texto, a Liga dos Homens que Não Querem Ser Lobos Maus sai em defesa das garotas e demoniza o assédio sexual. Ainda, cita Gepeto, Homem-Aranha e Harry Potter para ilustrar o conto.

Graças à repercussão, a carta vai se tornar um livro infantil ilustrado. Leia na íntegra aqui.

Mas todo esse alvoroço que tem sido feito em torno de propagandas, hashtags e campanhas tem surtido um efeito bacana. O senador Romário reapresentou o Projeto de Lei n°64/2015 que criminaliza o ato de “constranger alguém mediante contato físico com fim libidinoso” e de divulgar fotografias, vídeos ou qualquer outro material da prática. A pena é de três meses a um ano e multa. Em sua fan page, Romário escreveu: “Mulheres merecem respeito e dignidade e é nosso papel buscar alternativas pra evitar que agressões como essas aconteçam. Se aproveitar de um espaço apertado no transporte público para assediar mulheres é sem dúvida um ato criminoso.”

Além disso, outra iniciativa que pretende trazer um pouco de conforto às mulheres é o recém-lançado aplicativo Sai Pra Lá. A criadora, Catharina Doria, acaba de completar 17 anos e decidiu lançar o app devido a um assédio que sofreu há um ano. Após ser chamada de “gostosa” enquanto voltava da escola, sentiu-se revoltada e começou a planejar uma ferramenta para denunciar assédios e mapear ocorrências. A poucos cliques, você pode registrar o que aconteceu e também descobrir locais onde há maior número de denúncias.

Em menos de dois dias, o Sai Pra Lá já alcançou mais de 12 mil fãs na página do Facebook e 2126 registros. “No primeiro momento, queremos chocar. Todas sofrem assédio na rua, mas a maioria tem medo de denunciar. Com o aplicativo, queremos fazer barulho, mostrar a todos que isso acontece”, relata Catharina. Atualmente, o app já atingiu mais de 4200 denúncias e, inclusive, chegou a ficar fora do ar devido a tantos acessos simultâneos, com um pico de 250 pessoas online.

Porém, o objetivo não é apenas denunciar, mas notar onde há o maior número de assédios. “Observamos que os locais com mais denúncias são escolas e hospitais. Então, por que não colar cartazes nesses espaços, fazer palestras, mostrar para os assediadoras que eles estão sendo observados?”, propôs a criadora.

As fan pages Chega de Fiu Fiu, Think Olga, Vamos Juntas e Meu Amigo Secreto já motivaram milhares de mulheres a denunciar o estupro. Após as campanhas deste ano, o número de denúncias de violência contra a mulher (no disque 180) chegou a 63 mil, 40% a mais do que no ano passado. Os dados foram divulgados pela Central de Atendimento à Mulher. Será que devemos comemorar?

Por fim, eu devo dizer que, após dois meses de apuração, eu recolhi mais de quinze entrevistas sobre pequenos assédios na rua. Todas as garotas com quem eu falei foram muito solícitas, mas, infelizmente, enfrentaram situações horríveis.

Mas a verdade é que uma resposta comum a todas elas me surpreendeu. Quando questionei sobre o que acham sobre pequenos assédios, muitas me responderam que “a maioria passa por isso” e que é “normal”. Não sei se utilizar essa palavra é força do hábito, mas é bom começarmos a mudar, nâo é normal, cara. Cantadas, abusos, assédios não são normais, não são elogios e não são cavalheirismo.

O que deve ser normal é a liberdade de sair às ruas, vestir o que quiser e beijar quem desejam. Deve ser a coragem de retrucar, de fazer escândalo e de reagir a esse tipo de comportamento. Coragem. É disso que precisamos. Mais mulheres corajosas e menos homens covardes. Mais feminismo e menos cultura do estupro.

Hoje deve ser prioridade lutar pelo direito. Será que o mundo não enxerga isso? Enquanto ainda existir quem rotule machismo como algo normal e acredite que uma roupa define caráter, os pequenos assédios nunca vão acabar. Então, está na hora de fazer um escândalo, de gritar bem alto e exigir respeito. Homens não nos calarão. Ninguém nos calará.

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