Prazer, Dubai!
As luzes se apagaram no meio do deserto; mas no lugar do silêncio surgiram várias vozes, conversas paralelas nas mais diversas línguas; e assim terminou meu primeiro dia em Dubai — ao lado de chineses, espanhóis, russos e poloneses. Mais de 80% das pessoas que vivem aqui nos Emirados Árabes atualmente são expatriados. O país conhecido pelo petróleo agora busca ser visto como uma ponte entre o Oriente e o Ocidente — uma ponte de ouro, diga-se de passagem.
Nossas atividades por aqui começaram na segunda, no evento da Oracle — Oracle Open World Middle East —spin off do evento que ocorre no Vale para apresentar ao público os lançamentos da empresa com aplicações no varejo, indústrias e no setor público.
Entre palestras, keynotes, stands e hands-on workshops, circulavam homens com seus turbantes e túnicas e mulheres com suas burcas e hijabs. O evento foi bastante focado em aplicações de internet das coisas (IoT), Blockchain e inteligência artificial (AI) todas integradas em diferentes setores — desde cases em distribuição de energia, supply chain até vacinas. (Aliás, pra quem fica receoso de apresentar protótipo feito de lego nos w/shops de design na weme, saiba que a Oracle estava mais que feliz em exibir sua smart city toda feita de blocos coloridos de lego, rs). Por falar nisso, nos keynotes ouvimos muito sobre principios de design — não com esse título bonito, porém espalhados pelos slides dos telões: errar rápido e barato, human centered solutions, empatia, UX.. Os keynotes transitaram entre explicações científicas para inovação (com @Petar Stojanov), como salvar o mundo aplicando sustentabilidades em grandes empresas (com @Karl Feilder), espiritualidade na Nasa (com Nader Sabry), finalizando com um comediante youtuber famoso na região (@Wonho Chung).
Os VPs das diferentes áreas da Oracle assumiram posicionamento agressivo de venda da mágica “nuvem” — que junto das tecnologias emergentes seria a solução dos problemas de todos os setores ali representados. E a tal Cloud ia convencendo um a um, entre cartões trocados, apertos de mãos e algumas cervejas — que aliás aqui custam 50 reais a long neck :0. Depois de algumas conversas, comecei a entender um pouco mais dessa cidade que, de uma vila de pescadores, foi transformada em um centro de finanças, comércio e turismo da região e agora corre em sua evolução tecnológica — trazendo grandes empresas de tech, como Microsoft, IBM, Google e Oracle para suas recém criadadas zonas livres, buscando fazer nascer da areia seus camelocórnios — mas isso eu conto amanhã. أراك غدا!