Civichub: primeiro capítulo!

Julio Holon
Holocasa
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5 min readNov 18, 2018
Partindo para uma aventura!

Super empolgado, cheguei no aeroporto de Guarulhos sem muita pressa, mas não contava com a multidão de brasileiros viajando por causa do feriadaço (5 dias de feriados emendados). Pelo jeito até a crise estava de férias! :D

Embarquei no dia 15 de novembro, o voo decolou quase meia-noite, quando já era quase 3 da madrugada no meu destino!

Almoço em Madrid

Cheguei em Madrid na sexta-feira, dia 16, meio dia, depois de viajar mais de 10 horas num voo da LATAM. No intervalo 3h de espera, até o voo para Barcelona, aproveitei para comer meu primeiro almoço na Espanha!

Uma coisa que chamou a atenção quando cheguei for a coloração da vegetação. Eu tinha essa lembrança que a coloração era muito diferente, desde a outra vez que vim para a Europa, mas essa memória voltou com tudo!

Vegetação

Depois de um voo de mais 1h cheguei em Barcelona por volta de 16h, onde tomei um trem para a estação Granollers Centre onde encontrei meu amigo Pepo Ospina, que me deu carona até Olot, uma cidade muito charmosa onde estava sendo este sprint do Civichub.

Chegamos um pouco atrasados e perdemos uma sessão de networking para as pessoas se apresentarem e se conectarem, os quase 20 participantes já tinham terminado a sessão do dia e estavam tomando uma cervejinha num bar animado ali perto.

Primeiro networking!

Fui para lá com o Pepo e foi minha primeira experiência de tentar me comunicar para conhecer as pessoas, um pouco envergonhado, tentei falar em inglês. Fui recebido muito bem, mas logo percebi que o inglês não ia ser a língua mais aceita ali!

Depois da cerveja com horários todos trocados, fui dormir na casa do Juan, com Óric e Diana, da organização do evento.

Sprint 4: Governança Aberta

Acordamos bem cedo para poder trabalhar chegar no evento 9h no sábado (seriam 6 da manhã no Brasil!) Então, depois de um breve café e instruções sobre como seria o dia, começamos palestras interessantes e dinâmicas onde várias das pessoas convidadas falaram sobre Governança aberta, tecnologias cívicas e governança regenerativa!

Começo do sprint 5!

Nas apresentações no começo eu tive a oportunidade de me apresentar, e estava querendo fazer e inglês, e notei o desconforto, pois alguém pediu para a Diana traduzir. Então alguém falou que eu poderia fazer em português mesmo, pois eles adoram ouvir essa língua! Então me apresentei em português, falando bem lentamente, foi muito estranho, nem parecia que estava falando meu idioma. Mas foi incrível!

Civicwise inovation!

Então tivemos uma brilhante introdução à Governo aberto, como se definem as políticas de governança aberta e como isso funciona nos governos locais, então teve uma outra palestra falando sobre as novas formas Geolocais (Glocais) de governar e interagir com comunidades conectadas em redes, aproveitando as sinergias e a inteligência coletiva situada e outras ferramentas de colaboração.

Em seguida tivemos uma dinâmica muito interessante para montar Mapas Conceituais e ampliar o que aprendemos nas duas primeiras palestras. Era necessário conectar conceitos com palavras conectivas para criar histórias que explicavam o que entendemos sobre governança aberta.

Foi muito bacana contribuir com o grupo, e fui lentamente me soltando no português e portunhol, confundindo um pouco com francês e inglês de vez em quando, e fomos nos entendendo.

Depois fomos almoçar num restaurante típico de Olot, pedi um Xurrasco, que não era nada do que eu esperava, veio duro e seco, mas a sobremesa, um tipo de pudim, foi animal!

Na cidade chovia sem parar desde o dia anterior… (até fiz a piada sem graça: “It Rains Olot”)

Deu para ver como a cidade é bonita, cheia de prédios muito antigos, e, de acordo com a Diana, tem um ar de Bruxas e Vampiros!

Na parte da tarde, aprendemos também sobre algumas tecnologias usadas em urnas eletrônicas para eleições municipais e participação cidadã, coisa que é muito comum na Catatonia, pelo que soube.

No final do dia, tivemos uma dinâmica interessante sobre Governança Regenerativa, onde aprendemos a criar um diagrama para refletir sobre a capacidade reativa ou reflexiva de governo que temos desde si mesmo até o escopo do próprio país. Infelizmente o nível de consciência do meu país acabou ficando bem baixo, próximo ao dos governos déspotas, e recebi solidariedade dos meus amigos.

Depois de um dia de muito aprendizado, fomos celebrar novamente num outro barzinho, que tinha até bilhar!

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Julio Holon
Holocasa

Arquiteto de soluções distribuídas, gamificadas, criptográficas e inteligentes, buscando construir uma sociedade mais orgânica, peer-to-peer, descentralizada e