Ajude-nos a manter as crianças seguras

Por Eugenia Rodrigues

HNEB
Hormônio não é brinquedo
4 min readMay 3, 2018

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No final de 2017, uma matéria do site UOL foi compartilhada com entusiasmo por alguns internautas. Trata-se do depoimento de Anderson de Almeida, pai de Murilo, que atualmente usa o nome de “Carol”. Anderson confessa que agredia psicológica e até fisicamente a criança. O motivo?

“eu morria de vergonha por achar que eu tinha um filho gay, que gostava de coisa de menina”

Anderson de Almeida, pai de Murilo.

Murilo queria ter cabelos longos, não queria brincar de carrinho e se encantava com as bonecas e tiaras da prima. Levado a médicos com apenas quatro anos, hoje o garoto é tratado pela família como uma “menina trans” e agora utiliza o nome de “Carol”. Quando alcançar a puberdade, é possível que seja mais uma das crianças hormonizadas pelo Hospital das Clínicas de São Paulo através de bloqueadores de puberdade.

Se Murilo se transformaria ou não num adulto gay não temos como prever, mas é comum que gays desafiem os estereótipos de vestimenta e comportamento (é só lembrar quem são a maioria das drag queens) e é comum que suas infâncias sejam marcadas pela violência familiar e escolar. Então estamos presenciando uma nova e sofisticada forma de “cura gay”, referendada pela esquerda, pelo movimento LGBT e pela mídia, que transforma meninos “afeminados” em “meninas trans”. Além de comprovar que a homofobia também está internalizada por pessoas supostamente progressistas, isso comprova o poderio da indústria farmacêutica: os pais (ou o hospital público) terão que comprometer uma quantia significativa.

Imagem de preços do medicamento Lupron (Fonte: Consulta Remédios)

A gravidade de se submeter menores de idade a esse tipo de “tratamento” não está sendo levada em conta pelas pessoas — em sua maioria, bem-intencionadas e progressistas — que exaltam matérias jornalísticas como essa. Hormônios artificiais têm consequências sérias sobre nosso organismo.

Nesse contexto, qual deveria ser nossa postura diante do Projeto de Lei João Nery?

De autoria dos deputados Jean Wyllis (PSOL-RJ) e Erika Kokay (PT-DF), ele dá carta branca para que pais homofóbicos possam “transicionar” os garotos:

Artigo 5º — Com relação às pessoas que ainda não tenham dezoito (18) anos de idade, a solicitação do trâmite a que se refere o artigo 4º deverá ser efetuada através de seus representantes legais e com a expressa conformidade de vontade da criança ou adolescente, levando em consideração os princípios de capacidade progressiva e interesse superior da criança, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.

O projeto permite até mesmo que a “transição” seja feita à revelia dos responsáveis, o que é temerário considerando que crianças são suscetíveis à influência da internet, da propaganda midiática em torno da “criança trans”, à influência de médicos e, finalmente, são facilmente acessáveis por estranhos na internet:

§1° — Quando, por qualquer razão, seja negado ou não seja possível obter o consentimento de algum(a) dos(as) representante(s) do Adolescente, ele poderá recorrer a assistência da Defensoria Pública para autorização judicial, mediante procedimento sumaríssimo que deve levar em consideração os princípios de capacidade progressiva e interesse superior da criança.

Como podemos ajudar estes meninos de forma ética?

* Garantindo uma criação sem homofobia, amorosa e aberta aos comportamentos destoantes

* Assumindo uma postura crítica em relação aos casos de “transição” infantil e adolescente

* Informando-nos sobre os efeitos prejudiciais dos hormônios no organismo, sobre as ligações da classe médica com a indústria farmacêutica.

* Pressionando os dois partidos responsáveis pelo PL João Nery para que o retirem e o debatam com a sociedade. Favor enviar este texto para:

* Pressionando os membros da Comissão de Direitos Humanos e Minorias — CDHM. Você pode ver seus e-mails aqui: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/conheca-a-comissao/membros

Ajude-nos a manter as crianças seguras!

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