Feministas lideram a parada do orgulho gay de Auckland

Parem de dar hormônios sexuais às crianças. Protejam a juventude lésbica.

HNEB
Hormônio não é brinquedo
3 min readFeb 20, 2018

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Foto: Arthur Francisco

Por Renne JG

Este comunicado de imprensa foi enviado para os principais meios de comunicação da Nova Zelândia em 17 de janeiro (2018) mas não foi publicado por nenhum. Veja um vídeo da nossa ação aqui.

Nesta tarde, as ativistas feministas Charlie Montague e Renée Gerlich lideraram o Pride Parade (Parada do Orgulho Gay) em Auckland (Nova Zelândia) com uma faixa que dizia:

PAREM DE DAR HORMÔNIOS SEXUAIS ÀS CRIANÇAS. PROTEJAM A JUVENTUDE LÉSBICA

“Organizações como RainbowYouth e InsideOut, bem como o Pride Parade, devem parar de apoiar a experimentação médica, o abuso infantil, estereótipos sexistas e a destruição de espaços exclusivamente femininos e lésbicos”, diz Gerlich, que escreveu uma carta aberta às organizações anteriormente citadas em 2016.

Montague acrescenta que “as lésbicas em todo o mundo tentaram chamar a atenção para o dano da identidade de gênero para as lésbicas e foram silenciadas”.

Entre 2009 e 2006, o número de mulheres e meninas em Wellington que foram encaminhadas para endocrinologistas para realização da transição médica de gênero foi multiplicado por doze: passou de três para quarenta e uma referências. A previsão é de que as prescrições de hormônios sexuais continuarão a aumentar, e não estão levando a uma diminuição nas estatísticas de suicídio ou ao aumento do bem-estar. Estudos também mostram que, em todo o mundo, um número desproporcional de mulheres jovens que estão sendo medicadas são lésbicas.

Em todo o Ocidente, crianças de apenas três anos são encorajadas a fazerem a transição de gênero. Prescrever bloqueadores de puberdade para crianças tão pequenas quanto de dez anos de idade, e em seguida prescrever hormônios sexuais na adolescência, significa esterilizar crianças. Crianças de apenas seis anos recebem órgãos genitais de silicone e dildos, e a RainbowYouth na Nova Zelândia distribuiu faixas para amarrar seios [binder] gratuitamente nas escolas. Estas faixas fazem pressão nos seios das mulheres e danificam o tecido além de inibir seu crescimento, causando também danos aos pulmões.

“O jornal New Zealand Herald relatou os impactos de um tratamento de testosterona em uma adolescente lésbica de Northland em 2017”, disse Gerlich. “Agora ela reconhece que é uma mulher. A testosterona, prescrita para colocá-la no caminho da transição de gênero, a deixou potencialmente infértil e com uma voz permanentemente rouca, aumentou seus pelos corporais e piorou sua depressão, o que a levou à tentativas de suicídio. Estamos aqui no Orgulho protestando contra a promoção deste tipo de abuso medicamentoso”.

Através da distribuição de faixas para comprimir os seios [binder] nas escolas, a RainbowYouth promove a disforia e a mutilação dos corpos femininos. “É contraditório que eles façam isso em nome do ‘Orgulho Gay’.”

A médica que lidera o programa de transição de gênero na junta de Saúde do Distrito de Auckland, Jeannie Oliphant, diz que não sabe o que é gênero. “O que torna as pessoas transgênero?”, ela diz, “Eu não acho que saibamos mais do que sabemos sobre porque eu nasci canhota e minha irmã destra”. Os jovens neozelandeses não podem tomar decisões sobre a transição de gênero baseadas em informações vindas de especialistas que estão no escuro, isso é experimentação médica e violação da ética médica.

Montague diz que “o gênero é um sistema de estereótipos ‘rosas e azuis’ baseados no sexo. Sem esses estereótipos de gênero, não há crianças “trans”, queremos romper com os estereótipos para que os jovens possam ser quem eles são, sem a necessidade de serem medicalizados para isso”.

Texto original: https://reneejg.net/2018/02/17/radfems-open-akl-pride/

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