Uma pediatra fala sobre crianças trans

HNEB
Hormônio não é brinquedo
4 min readMar 29, 2018

Dra. Michelle Cretella

“Parabéns, é um menino!” ou “Parabéns, é uma menina!”. Como pediatra há quase 20 anos, esse é o modo como começo a relação com meus pacientes.

Nossos corpos indicam nosso sexo. Sexo biológico não é atribuído, sexo é determinado durante a concepção por nosso DNA. Está estampado em cada célula do nosso corpo. A sexualidade humana é binária. Ou você tem cromossomo normal Y, e se desenvolva como homem, ou você não tem, e se desenvolverá como mulher.

Existem ao menos 6.500 diferenças genéticas entre homens e mulheres. Hormônios e cirurgias, não são capazes de mudar isso. Entendam, a identidade não é biológica, é psicológica.

Identidade tem a ver com pensamentos e sentimentos. Pensamentos e sentimentos não são biologicamente construídos. Nossos pensamentos e sentimentos podem estar factualmente corretos ou factualmente incorretos. Por exemplo, se eu procurar meu médico hoje e disser “Oi, eu sou a Margaret Thatcher”, ele dirá que eu estou iludida e me receitará anti psicóticos. Entretanto, se eu disser a ele, “Oi, eu sou um homem”, ele dirá “Parabéns, você é transgênero.”

Se eu disser “Doutor, eu tenho pensamentos suicidas, sou uma amputada presa num corpo “normal”, por favor, remova a minha perna”, eu serei diagnosticada com Transtorno de Integridade Corporal. Mas se eu for ao mesmo médico e disser “Eu sou um homem, preciso de um laudo para realizar dupla mastectomia”, meu médico me dará um.

De acordo com as organizações médicas mainstream se você quer amputar um braço saudável ou perna saudável, você tem problemas psicológicos. Mas se você deseja cortar seus seios ou pênis saudáveis, você é transgênero.

Vamos ser claros: ninguém nasce transgênero. Se identidade de gênero fosse construída no cérebro, depois do nascimento, gêmeos idênticos teriam a mesma identidade de gênero, em 100% dos casos. Eles não têm.

Eu tenho um pequeno paciente, vou chama-lo de Andy. Entre seus 3 e 5 anos, cada vez mais ele brincava com as meninas e brinquedos típicos de meninas, e começou a dizer que era uma menina. Eu disse aos pais que levassem Andy a um terapeuta. As vezes, os problemas psicológicos dos pais ou abusos sofridos podem ser as causas. Mas comumente, as crianças entendem mal as dinâmicas familiares e internalizam falsas crenças.

No meio de uma sessão, Andy jogou longe um caminhão e agarrou uma Barbie, e disse “Mamãe e papai, vocês não me amam quando eu sou um menino”. O que o terapeuta descobriu foi que quando Andy tinha 3 anos, sua irmã com necessidades especiais nasceu. Ela demandava muitos cuidados e atenção dos pais. Andy interpretou isso como: “Papai e mamãe amam meninas. Se eu quiser que eles me amem outra vez tenho que ser uma menina.”

Com a terapia familiar, Andy superou isso. Nos dias de hoje, os pais de Andy teriam ouvido algo bem diferente. Eles escutariam “Esse é o verdadeiro Andy. Vocês precisam mudar seu nome, assegurar que todos o tratem no feminino, ou então Andy poderá cometer suicídio.”

Conforme a puberdade se aproximasse, os expertos receitariam bloqueadores de puberdade ao Andy para que ele pudesse continuar a personificar uma garota. Os especialistas diriam, “Não importa se nós nunca testamos os bloqueadores de puberdade em crianças biologicamente normais.”

Não importa se quando bloqueadores são usados para tratar câncer de próstata em homens e problemas ginecológicos em mulheres, eles causam problemas de memoria. Nós não precisamos fazer testes. Não, o que precisamos é adiar seu desenvolvimento natural agora, ou ele cometerá suicídio.

Mas isso não é verdade. De fato, quando recebem apoio para aceitar seus corpos através do processo natural da puberdade, a maioria das crianças que estão confusas com seu gênero, superam essa condição.

No entanto, nós estamos castrando quimicamente essas crianças confusas com bloqueadores de puberdade. Muitas delas estão sendo permanentemente esterilizadas com a inclusão do uso dos hormônios “do outro sexo”. Os hormônios “do outro sexo” são o estrogênio e a testosterona. Que aumentam os riscos de doenças cardíacas, problemas vasculares, diabetes, câncer, e ainda vários problemas emocionais que os especialistas dizem prevenir.

Se uma garota que insiste ser um garoto faz uso de testosterona por ao menos um ano, ela consequentemente estará autorizada a fazer dupla mastectomia aos 16 . Lembremos que a Academia Americana de Pediatria recentemente pediu que pediatras fossem cautelosos sobre adolescentes que querem fazer tatuagens, porque elas são essencialmente permanentes e deixam cicatrizes. Mas a mesma AAP está apoiando 110% que garotas de 16 anos realizem dupla mastectomia, inclusive sem consentimento dos pais, desde que a garota insista que é um homem e tenha feito uso de testosterona por ao menos um ano.

Vamos ser sinceros. Ensinar todas as crianças, desde a pré-escola em diante, a mentira de que elas podem estar presas nos corpos errados, perturba a própria realidade que a criança está experimentando. Se uma criança não pode confiar na realidade de seu corpo físico, em quem ou em que ela poderá confiar?

A ideologia transgênero nas escolas é psicologicamente abusiva e leva muitas vezes á castração química, esterilização e mutilação cirúrgica. Se isso não é abuso infantil, senhoras e senhores. O que é?

Vídeo de onde foi retirado o texto:

Michelle Cretella, M.D., é presidente do Colégio Americano de Pediatras, uma organização nacional de pediatras e outros profissionais de saúde dedicados à saúde e ao bem-estar das crianças.

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