Você só pode escolher um

Ou não existe coisa de menina e coisa de menino, ou crianças podem ser cis/trans

HNEB
Hormônio não é brinquedo
3 min readJun 22, 2018

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Por HNEB

De acordo com Sociedade Brasileira de Pediatria, é necessário que as crianças apresentem pelo menos 6, dos 8 sintomas citados na lista acima, para serem “diagnosticadas” com “disforia de gênero”. Como 5 deles se referem explicitamente a estereótipos, seria impossível identificar uma “criança trans” caso não houvessem as divisões sociais entre os sexos.

Ou partimos do princípio que não existem coisas de menino e coisas de menina, ou aceitamos que um menino ter preferência por bonecas/vestidos e uma menina preferir cabelo curto/carrinhos, pode ser indício de que eles nasceram no “corpo errado”.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2017/02/1859932-de-olivia-para-oliver-a-historia-de-uma-crianca-transgenero.shtml

É inegável que pode existir grande desconforto e sofrimento para crianças que desejam pertencer ao sexo oposto de forma insistente e persistente, e para seus familiares. Mas é também inegável a contradição que existe entre a luta contra os estereótipos e imposições de gênero, e a interpretação de que a causa desse fenômeno está na “incongruência” entre os comportamentos/preferências dessas crianças e seus corpos.

Fonte: https://www.portalodia.com/noticias/piaui/quero-que-deixem-minha-filha-ter-seu%C2%A0lugar,-diz-mae-de-crianca-trans-248468.html

Modificações físicas através de hormônios não são a solução para crianças que não se encaixam nas “regras de gênero” e sofrem com isso. Ninguém pode mudar de sexo, dizer a um menino que ele será transformado em uma menina ou dizer a uma menina que ela será um menino, não é verdade e reforça a ideia de que seus corpos estão errados. Ninguém nasce no corpo errado, crianças devem ser incentivadas a amar seus corpos e entender que eles são perfeitos do jeitinho que são. Disforia de gênero se trata com terapia, amor e aceitação.

“A verdade é que não temos uma definição significativa do termo [identidade de gênero]. Quando pessoas que se identificam como trans são perguntadas sobre como elas sabem que são transgêneras, elas geralmente não conseguem responder sem fazer referência a papéis sexuais estereotipados. Por exemplo, um médico que prescreveu hormônios ‘do sexo oposto’ para uma criança de 12 anos do sexo feminino, declarou que ela ‘nunca usou um vestido’. Isso foi oferecido como prova de que a criança era ‘verdadeiramente trans’ e que, portanto, precisava desses hormônios.

Lisa Marchiano

A tabela que aparece na primeira imagem mostra a lista de critérios diagnósticos para transtorno de identidade de gênero em crianças do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM V), que foi adotada pela Sociedade Brasileira de Pediatria e está publicada em sua página:

http://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/criterios-para-diagnosticar-e-tratar-o-transtorno-de-identidade-de-genero-sao-abordados-em-documento-da-sbp/

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