“O jornalismo que me escolheu”: Eric Raupp relembra suas experiências na faculdade

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3 min readOct 25, 2018

Eric Raupp ingressou na ESPM-Sul no início de 2013. Contudo, o jornalismo não foi sua primeira escolha. Ao fazer o vestibular, preferiu Relações Internacionais — por mais que desde criança ficasse encantado pelos repórteres na televisão, cresceu ouvindo que a área da comunicação não era fácil. Antes do primeiro dia de aula, tinha a sensação de que não era a carreira de internacionalista que queria seguir. Tinha a impressão de não estar seguindo seu sonho de criança. Assim, após pensar muito sobre a troca de cursos, Eric transferiu-se para o jornalismo e garante que é feliz com sua escolha. “Não fui eu que escolhi o jornalismo, foi o jornalismo que me escolheu”.

A primeira experiência profissional começou no segundo semestre do curso, quando entrou no Portal do Jornalismo, hoje Hub, agência experimental de jornalismo da ESPM. Depois, participou de um projeto de iniciação científica dentro da faculdade chamado “A opinião ilustrada do jornalismo gaúcho: Uma análise das charges do jornal Zero Hora”, que falava sobre as manifestações de 2013. Em 2014, trabalhou na “Rádio Fanática”, um projeto bilíngue (inglês e espanhol) organizado pelo Grupo RBS que visava atender as demandas dos turistas que vinham para o Brasil durante a Copa do Mundo.

Ainda naquele ano, tornou-se estagiário do Grêmio Náutico União, colaborando na assessoria de imprensa do clube. Após 4 meses, ingressou no Correio do Povo também como estagiário, desta vez na editoria de cultura. Permaneceu lá até janeiro de 2016, quando fez intercâmbio para Portugal. Estava voltando de viagem no momento em que recebeu o convite do Correio do Povo para trabalhar como assistente de redação na mesma editoria. Após sua graduação no segundo semestre de 2017, Eric passou a trabalhar como produtor de conteúdo para o Destemperados, multiplataforma gastronômica.

Uma das experiências mais significativas de Eric durante a faculdade foi o intercâmbio para Portugal, onde ficou por seis meses estudando na Universidade de Coimbra. “Eu fiquei realizado porque muitos intelectuais e escritores famosos também estudaram lá ”. Visando expandir seu currículo, escolheu cursar disciplinas do curso de Estudo Europeu.

Outra vivência que o marcou muito foi um material especial sobre imigração e refúgio no Rio Grande do Sul que foi feito para as disciplinas de produção audiovisual e telejornalismo II. Conta que se emocionou ao entrevistar um haitiano que havia se mudado para Porto Alegre. O homem narrou toda sua travessia pelo Brasil, iniciada em Roraima, depois no Acre até chegar no Sul. O pouco dinheiro que lhe sobrava mandava para a família. Ao comentar que cantava, Eric pediu para que ele cantasse um pouco. Tendo aprendido que era necessário se manter imparcial ao atuar como repórter, tentou ao máximo não se emocionar. Entretanto, acabou por deixar as lágrimas escorrerem e compreendeu o que para ele significava o jornalismo. “Isso de imparcialidade não é exatamente verdade. O papel do jornalismo é estar sempre do lado dos direitos humanos e defender a democracia.”

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HUB ESPM-Sul — Agência Experimental de Jornalismo